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Greve Geral

Cartilha sobre a Reforma da Previdência é lançada em Minas Gerais

Cartilha sobre a Reforma da Previdência

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A deputada Marília Campos está lançando uma cartilha com um estudo completo e didático sobre a reforma da previdência social. Diz ela: “Fizemos esta cartilha com a preocupação de tratar, de forma aprofundada, a reforma da Previdência Social e de abordar a situação de todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras que poderão ser prejudicados(as). Para facilitar a leitura tratamos de forma separada, em função das diferenciações existentes, da situação dos segurados do INSS e dos servidores públicos, bem como fundamentamos em um capítulo nossas opiniões sobre previdência social e a igualdade social no Brasil. Não esquecemos ninguém: trabalhadores do setor privado, servidores públicos, homens, mulheres, trabalhadores rurais e de áreas insalubres, pessoas com deficiência, professores, policiais, agentes penitenciários, pessoas mais pobres e de classe média, aposentados e pensionistas.

A cartilha, por se tratar de um assunto muito complexo, é bastante grande, mas a pesquisa é simples: basta o leitor consultar o índice e escolher os temas que pretende se informar.(…) Agradeço ao José Prata Araújo, economista mineiro, e um dos maiores especialistas mineiros e brasileiros na temática previdenciária, pela redação desta cartilha, em tempo recorde, que, generosamente e gratuitamente, cedeu ao nosso mandato parlamentar. José Prata, como o leitor poderá ver, é não somente estudioso da previdência, mas também um conhecedor prático do assunto, devido ao contato permanente com os trabalhadores do setor privado e servidores públicos em centenas de palestras, seminários e conversas nos últimos 30 anos”.

REFORMA DESTRÓI DIREITOS DOS POBRES

O governo diz que a reforma vai melhorar a vida dos pobres. Fizemos o estudo e não encontramos nenhum avanço neste sentido. Pelo contrário, só vimos destruição: a aposentadoria por idade urbana terá um tempo de contribuição aumentado de 15 para 20 anos e a mulher terá um acréscimo na idade de dois anos; a pensão será reduzida pela metade e, ainda mais grave para os pobres, ela será desvinculada do salário mínimo; o BPC é também desvinculado do salário mínimo e seu valor cairá de R$ 998,00 para R$ 400,00; a aposentadoria rural, com a exigência de contribuição individual e aumento do tempo de contribuição de 15 para 20 anos, será destruída; dispositivo da Emenda 95/2016 proíbe aumento real de despesas públicas como do salário mínimo; acabaram com o reajuste anual dos aposentados pela inflação; 23 milhões de trabalhadores de baixa renda, que recebem pouco mais que o salário mínimo, perderão o Abono Salarial PIS-PASEP, uma espécie de 14º salário para os pobres; até o salário família está sendo praticamente extinto com a redução de seu alcance.

CLASSE MÉDIA PERDE MUITO, PRINCIPALMENTE, COM O FIM DA FÓRMULA 85/95 E COM AS MUDANÇAS NA PENSÃO POR MORTE

A idade mínima fixada é muito severa, de 65 anos, se homem, e 62 anos, se mulher, que será aumentada a cada quatro anos e deverá atingir, em 20 anos, 65 anos, se mulher, e 68 anos, se homem. Para a classe média é um retrocesso o fim da regra 85/95, que no INSS é, neste ano, 86/96. Ou seja, aposentadoria integral no setor privado somente com 40 anos de contribuição e no setor público com 62 anos, se mulher, e 65 anos, se homem. A idade mínima vai implicar aumentos no tempo de trabalho de 1,2,5,10 e até 15 anos. Uma violência. E as pensões serão também reduzidas a 60% da média salarial e terão regras restritivas para acumulação.

R$ 12 TRILHÕES: ESTE É CUSTO DA PRIVATIZAÇÃO / CAPITALIZAÇÃO DA PREVIDÊNCIA

Privatização da previdência é como a elite econômica gosta: todas as despesas são estatizadas e todas as receitas são privatizadas. Quem já está recebendo benefícios e quem está no mercado de trabalho ficam na previdência pública; já os novos trabalhadores, pela reforma, passam a contribuir para a previdência privada. Os custos para o governo são de R$ 12 trilhões. Uma loucura! Ou seja, o governo fica com todas as despesas e a previdência quebra os bancos e as novas receitas.
Os números de brasileiros que vão depender da previdência pública, em colapso financeiro com a privatização, são impressionantes. São aproximadamente 100 milhões de brasileiros que serão vítimas do desatino ultraliberal em nosso País. Dependerão da previdência pública nas próximas décadas: 35 milhões de aposentados e pensionistas do INSS; 52 milhões de contribuintes também do INSS; milhões de pensionistas destes aposentados e trabalhadores da ativa; 7 milhões de contribuintes para os regimes próprios (servidores estatutários); 3,5 milhões de aposentados e pensionistas do serviço público; milhares de futuros pensionistas de servidores públicos.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA: NÃO PASSARÁ!
O Estado Social é baseado nas políticas de saúde, educação, direitos trabalhistas e previdência social. O que une mais o povo brasileiro é a previdência social, que, até por ser compulsória, une muito trabalhadores urbanos e rurais; assalariados, trabalhadores por conta própria e pequenos proprietários; pessoas de grandes, médios e pequenos municípios; das diversas regiões do país; dos setores público e privado; população mais pobre e classe média. Esta foi uma das principais razões porque a reforma da previdência não foi aprovada sob Temer, já que previdência tem muita capilaridade na sociedade e precisa de quórum constitucional para mudá-la. Não vai ser fácil para Bolsonaro aprovar a reforma. Nós precisamos vencer esta luta política. A reforma da previdência não visa, essencialmente, equilibrar as contas públicas, mas reduzir o Estado Social no Brasil. Não pretende apenas adaptar a previdência às tendências demográficas, quer privatizar a previdência pública e, combinada com reforma trabalhista, acabar com o trabalho formal no Brasil. Precisamos ficar atentos, ainda, para a desconstitucionalização da previdência, pois, sem as amarras constitucionais, como se diz: vão fazer barba, cabelo e bigode. Reforma da previdência: Não passará!
Acesse a Cartilha abaixo:
https://is.gd/Zxjb

#EleNão

Sem papas na língua. Juliano Medeiros no Dialogando de hoje

Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? Tudo isso e um pouco mais, sem papas na língua, como diz o Pastor Fábio. Vem!

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Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? No Programa Dialogando desse domingo (26/07), 18h, o Pastor Fábio recebe Juliano Medeiros, presidente do PSOL para um papo sobre eleições e aprendizados da pandemia que passa por uma das fases mais críticas do momento, onde prefeituras e governos de vários Estados do país programam reabertura de mais uma parcela considerável de setores, enquanto isso, a mídia normaliza as curvas ascendentes do número de infectados pelo Coronavírus.

Outra pergunta que precisa ser respondida é qual é o sentido das eleições serem realizadas ainda neste ano? Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? Tudo isso e um pouco mais, sem papas na língua, como diz o Pastor Fábio. Vem!

Assista, compartilhe. comente e mande perguntas no Facebook.

Juliano Medeiros é um jovem dirigente político da esquerda brasileira e desde janeiro de 2018 ocupa a presidência do Partido Socialismo e Liberdade. Historiador e Mestre em História pela Universidade de Brasília, é Doutor em Ciências Políticas pela mesma instituição.

Co-autor e organizador de Um Mundo a Ganhar e Outros Ensaios (Multifoco, 2013), Um Partido Necessário – 10 anos do PSOL (Fundação Lauro Campos, 2015) e Cinco Mil Dias: o Brasil na era do lulismo (Boitempo, 2017), colabora com sites, jornais e revistas no Brasil e exterior.[2]

Em 2018 coordenou a campanha de Guilherme Boulos à Presidência da República pelo PSOL[3] e, no segundo turno, após decisão do partido, passou a integrar a coordenação da campanha de Fernando Haddad[4]. Desde a vitória de Jair Bolsonaro, participa do Fórum dos Presidentes de Partidos de Oposição[5].

Durante mais de uma década Juliano Medeiros foi dirigente da corrente interna Ação Popular Socialista – Corrente Comunista do PSOL. Em Junho de 2019, a APS-CC se fundiu com o Coletivo Rosa Zumbi e mais oito coletivos regionais para fundar a Primavera Socialista, atualmente maior tendência do PSOL, da qual Juliano também é dirigente.[6]

Fábio Bezerril Cardoso é Pastor, cientista social, ativista social e Cofundador & Coordenador da Escola Comum e atualmente apresenta o Programa Dialogando, todos os domingos, às 18h. É um dos pastores progressistas que têm lutado pela defesa dos povos periféricos e costuma não ter papas na língua para falar sobre a realidade desses lugares. A produção é de Katia Passos, com arte de Sato do Brasil.

Conheça mais sobre a atuação do Pastor Fábio https://www.facebook.com/fabio.bezerrilhttps://www.facebook.com/fabio.bezerril

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#EleNão

EDITORIAL – HOJE É DIA DE LUTO! PERDEMOS O MENINO GABRIEL

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Gabriel e Lula: aniversário no mesmo dia: 27/10

Gabriel e Lula: aniversário no mesmo dia: 27/10

Gabriel e Lula: aniversário no mesmo dia: 27/10

Perdemos um camarada valoroso, um menino negro encantador de feras, um sorriso no meio das bombas e da violência policial, um guerreiro gentil que defendeu com unhas e dentes a Democracia, a presidenta Dilma Rousseff durante todo o processo de impeachment, e o povo brasileiro negro e pobre e periférico, como ele.

Gabriel Rodrigues dos Santos era onipresente. Esteve em Brasília, na frente do Congresso durante o golpe, em São Paulo, nas manifestações dos estudantes secundaristas; em Curitiba, acampando em defesa da libertação do Lula. Na greve geral, nas passeatas, nos atos, nos encontros…

O Gabriel aparecia sempre. Forte, altivo, sorrindo. Como um anjo. Anjo Gabriel, o mensageiro de Deus

Estamos tristes porque ele se foi hoje, no Incor de São Paulo, depois de um sofrimento intenso e longo. Durante três meses Gabriel enfrentou uma infecção pulmonar que acabou levando-o à morte.

Estamos tristíssimos, mas precisamos manter em nossos corações a lembrança desse menino que esteve conosco durante pouco tempo, mas o suficiente para nos enriquecer com todos os seus dons.

Enquanto os Jornalistas Livres estiverem vivos, e cada um dos que o conheceram viver, o Gabriel não morrerá.

Porque os exemplos que ele deixou estarão em nossos atos e pensamentos.

Obrigada, querido companheiro!

Tentaremos, neste infeliz momento de Necropolítica, estar à altura do Amor à Vida que você nos deixou.

 

 

Leia mais sobre quem foi o Gabriel nesta linda reportagem do Anderson Bahia, dos Jornalistas Livres

 

Grande personagem da nossa história: Gabriel, um brasileiro

 

 

 

 

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Belo Horizonte

HOSPITAL DESMENTE INTOXICAÇÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO

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 Na última segunda-feira, 17, veio a óbito Edi Alves Guimarães, uma mulher de 53 anos, que passou mal e sofreu uma parada cardiorrespiratória a caminho do Hospital Risoleta Neves em Belo Horizonte, na manhã de sexta-feira, 14, quando foi socorrida por Policiais Militares. Segundo a assessoria do hospital, ela sofreu morte encefálica às 14h30 e o corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).

 O fato ocorreu simultaneamente a um protesto na Avenida Antônio Carlos, reprimido com bombas de gás lacrimogêneo pela polícia e que durou cerca de 10 minutos. O trânsito também foi rapidamente desviado, orientando os carros a saírem pelas ruas perpendiculares à Avenida, como a Rua Leopoldino dos Passos no bairro São José. O ato fazia parte de um grande dia de paralisação nacional em que milhares saíram às ruas em defesa da previdência social e da educação pública, contrariando a política de Reforma da Previdência e cortes de investimentos na Educação promovidas pelo governo Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas no palco, multidão, árvore, céu e atividades ao ar livre

Avenida Afonso Pena – BH 14/04 – Foto: Maxwell Vilela

 

 No primeiro momento as grandes mídias relataram que o falecimento foi causado pela inalação de fumaça tóxica dos pneus que bloquearam a via. Em entrevista à Rede Globo Minas o Tenente Cel Bruno Assunção confirma a versão que Edi foi levada ao Hospital Risoleta Tolentino Neves apresentando sinais de parada cardiorrespiratória. Ao chegar no pronto-socorro, a paciente foi levada para os procedimentos de reanimação na manhã do último dia 14 e que veio a óbito dois dias depois. O hospital comunicou a morte encefálica da paciente na tarde de segunda sem liberar detalhes clínicos relacionando a causa da morte a inalação de fumaça. Contudo, muitas reportagens ainda publicaram postagens afirmando a relação da morte com a inalação da fumaça da queima de pneus, o que foi desmentido ontem através de um comunicado oficial do Hospital Risoleta Tolentino Neves.  

 Ainda de acordo com nota divulgada pela assessoria de comunicação do hospital na tarde da terça-feira, 18, os exames realizados não evidenciam intoxicação por monóxido de carbono. O óbito está associado a doença cardíaca e neurológica como pode ser visto na nota na íntegra abaixo. A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso que segue em andamento e até o momento as investigações são conduzidas pelo delegado da 3ª Delegacia de Polícia Civil Noroeste, Weser Francisco Ferreira Neto.

Nota sobre o atendimento da paciente Edi Alves Guimarães

O Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN) informa e lamenta o falecimento da senhora Edi Alves Guimarães, esclarecendo que a paciente foi atendida do dia 14/06/2019 ao dia 17/06/2019, quando evoluiu para o óbito. Durante a internação, o Hospital realizou todos os procedimentos necessários visando à sua recuperação. O HRTN ressalta que os exames realizados não evidenciaram intoxicação por monóxido de carbono, estando o óbito associado à doença cardíaca e neurológica.

Assessoria de Comunicação do HRTN

 O que fica sobre esses episódios além da dor da família, conhecidos e do lamento dos envolvidos na necessária mobilização do 14J em todo o Brasil é a emergência da situação frágil que vivemos em relação às mobilizações vindas da classe trabalhadora e estudantil em vistas das ameaças de criminalização dos movimentos sociais. Neste contexto se faz cada vez mais precisa a luta por um jornalismo aprofundado e plural que possa trabalhar em prol da visibilização de diversas perspetivas existentes em acontecimentos políticos como os da Greve Geral.

 

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