Na era digital, cartas escritas à mão tornaram-se a principal forma dos brasileiros se comunicarem com o presidente Lula. São cartas curtas e objetivas em que pessoas de todo País expressam um sentimento de abraço, de um carinho ou simplesmente um gesto de solidariedade ao maior líder, e agora preso político, da história do Brasil.
Na cidade de Belo Horizonte, uma nova experiência construída pelo Coletivo Alvorada, Frente Brasil Popular e diversos movimentos e militantes da cultura garantem este diálogo de Lula com o povo. Todos os dias no centro de Belo Horizonte os movimentos se revesam disponibilizando papel e caneta para a população escrever as cartas.
“Querido Lula, não se sinta só, também estou triste, estamos com você e sentimos saudades do seu governo. Não te conheço pessoalmente, mas lembre que estaremos sempre te apoiando, você melhorou minha vida …” Trecho de uma das cartas transcrita a pedido de uma senhora que passava pela tenda.
As cartas que chegam à Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, são de pessoas comuns, crianças, pedreiros, comerciantes, agricultores, cozinheiras, jornalistas, ativistas, atores e até de governadores que registram suas indignações. Em essência, a História repete o que já aconteceu com outros líderes pacifistas dos direitos humanos como Mandela e Martin Luther King, entre outros.
Lula não é mais um sujeito, mas uma “ideia”, como ele mesmo já falou. Tornou-se também um mito quando, por meio de políticas sociais, tirou mais de 30 milhões de brasileiros da pobreza. Por esses motivos, o “mito, ‘o cara’ ou a ideia” comove pessoas de todo Planeta e ainda instiga a velha forma de se comunicar, mesmo em um mundo totalmente globalizado.
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Por: Franci Brito e Leonardo Koury | Jornalistas Livres
Fotografia: Vanessa Reis, Andrea Castello Branco e Helder de Paula
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