A ascensão do ódio e o medo de um futuro à direita

Medo. Esse texto é sobre isso.
Medo: sub masc; estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa consciência.
Consciência do perigo. É sobre essa compreensão da atualidade de temores diários que ela surge. É sobre a existência de um país – e arrisco dizer de um mundo – tomado pelo ódio, pela intolerância, pela não compreensão do outro e pelo extermínio do que nos restava do princípio de alteridade.
Essa proliferação do ódio se traduz das mais diversas e cruéis formas de pensar e agir dentro da nossa sociedade; desde um cenário político misógino, um estado racista e elitista, até pichações intolerantes, preconceituosas e de um fascismo em um nível estratosférico que nos mostra a repressão traduzida de diversas formas ao menor sinal de apoio e luta pelo combate às consequências violentas geradas pelas supostas diferenças.
Peço que a melancolia seja perdoada. Estou inserida em um túnel escuro com duas saídas, e a da esquerda está cheia de pedras caindo, eu estou tentando cavar e tira-las de lá para ao menos enxergar uma luz, mas do lado de fora tem alguém colocando duas pedras onde eu tiro uma, enquanto do outro lado, a luz se acende quase que sozinha. E eles ascendem.

 

Quadro do MST no Centro Acadêmico de Pedagogia da PUC-Campinas com pichações fascistas. (Crédito: Julia Helena)
Quadro do MST no Centro Acadêmico de Pedagogia da PUC-Campinas com pichações fascistas. (Crédito: Julia Helena)

 

Texto por Julia Helena, estudante de Ciências Sociais da PUC-Campinas – um desabafo pra denunciar as pichações fascistas e intolerantes encontradas na Pontifica Universidade Católica de Campinas.

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