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Cultura

Retrospectiva 2016: as mulheres que se destacaram nesse ano

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Por Andreia Barbieri e Martha Raquel, especial para os Jornalistas Livres.

Bom, parece que apesar de todos os pesares, 2016 finalmente está chegando ao seu fim. Esse ano, que quase acabou com a gente e permanecerá eternamente na infâmia, está enfim terminando e não podia acabar sem a nossa listinha homenageando as mulheres que se destacaram no Brasil e no mundo e conquistaram um lugar especial em nossos corações.

A primeira é a presidenta Dilma Rousseff que enfrentou magnanimamente e com uma dignidade ímpar o sórdido processo de impeachment e que se firmou como um exemplo para todas as mulheres do Brasil e do mundo como um exemplo de conquista, garra, dignidade e honestidade. O primeiro lugar não podia ser de outra mulher que não tem Dilma Rousseff.

Não poderíamos deixar de lembrar também a atuação destemida das mulheres da bancada de apoio da presidenta Jandira Feghali, Maria do Rosário, Gleisi Hoffmann, Fátima Bezerra, Vanessa Grazziotin e Luiza Erundina que lutaram bravamente ao lado da presidenta durante todo o processo de impeachment e permanecem ainda hoje aguerridas combatendo o governo golpista e suas medidas impopulares que atacam diretamente os direitos trabalhistas, o SUS e a educação pública do Brasil.

E falando em educação a gente não podia esquecer das meninas secundaristas e da luta maravilhosa que elas protagonizaram durante os anos de 2015 e 2016 enfrentando toda a força do aparato policial e ocupando as escolas contra a proposta de reforma do ensino médio e a PEC 55, que congela por 20 anos os investimentos em educação.

Ilustração de Joana Brasileiro

2016 também foi o ano que o Brasil sediou pela primeira vez os jogos olímpicos e essas Olimpíadas foram das mulheres, com destaque especial para a garra da Seleção feminina de Futebol do Brasil e para a força da querida Rafaela Silva e seu discurso emocionado contra o racismo sofrido na olimpíada anterior em Londres. Rafaela Silva, negra de origem humilde e lésbica perseverou contra todos os preconceitos e todas as dificuldades que uma mulher negra e lésbica enfrenta no mundo e saiu vitoriosa. Seu choro emocionou o Brasil todo e sua vitória trouxe esperança à outras mulheres negras pobres e lésbicas que o Brasil insiste em não ver.

Ilustração de Joana Brasileiro

Luana Barbosa dos Reis e Roseli Barbosa dos Reis:Infelizmente oposto foi o destino de Luana Barbosa dos Reis, também ela uma mulher negra lésbica e humilde, mas, ao contrário de Rafaela essa nossa homenagem à Luana, nasce de um momento de dor.Luana foi cruelmente espancada pela polícia militar e morreu em consequência dos ferimentos sofridos. Sua irmã Roseli denunciou bravamente a crueldade dos policiais em depoimento à Câmara de Ribeirão Preto.

As mulheres que se manifestaram por NI UNA MENOS: Em vários países da América Latina e também na Europa, milhares de mulheres foram às ruas protestar contra o bárbaro assassinato da adolescente Lúcia Perez, de 16 anos, na Argentina. Lúcia foi drogada, estuprada e empalada, no dia 8 de outubro. Depois de abusar sexualmente e provocar a morte da adolescente, os assassinos lavaram o corpo e o levaram até um centro de saúde, dizendo que ela tinha sofrido uma overdose. Mulheres protestaram por Ni Una Menos, Nenhuma a Menos, na Argentina, Chile, Peru, México, EUA, Brasil e França. O movimento surgiu em 2015, depois da morte de uma outra adolescente, Chiara Arroyo, de 14 anos, assassina da pelo namorado.

(Crédito: Alejandro PAGNI / PRENSA SENADO)

MC Carol de Niterói mostrou ao Brasil que mulher sabe compor, entende da história do Brasil e que não é obrigada a abaixar a cabeça nem para o racismo, nem para o machismo. Em 2016 ela lançou os hits “100% Feminista” e “Delação Premiada” que retratam a vida das mulheres na nossa sociedade e como o racismo e a violência contra a mulher se manifestam, principalmente nas comunidades mais carentes.

A cantora Tati Quebra Barraco também teve um destaque muito importante no ano de 2016. Cantora de funk, negra e periférica, teve seu filho morto pela Polícia Militar do Rio de Janeiro e, com por sua popularidade, ajudou a midializar o genocídio da população negra – que a cada 23 minutos, mata um jovem negro no Brasil, segundo dados da CPI do assassinato de jovens.

Elza Soares lançou em 2016 o álbum “A Mulher do Fim do Mundo”, em que canta “Você vai se arrepender de levantar a mão pra mim” em Maria da Vila Matilde, samba contra a violência sofrida por tantas mulheres. Com 80 anos de idade, Elza marcou o ano com um disco que dá força à luta das mulheres.

Também negra e compositora, MC Soffia é uma menina de 12 anos que ganhou o Brasil com a música “Menina Pretinha”, que exalta a importância das meninas negras se reconhecerem como rainhas. “Vou me divertir enquanto sou pequena, Barbie é legal, mas eu prefiro a Makena africana. Como história de griô, sou negra e tenho orgulho da minha cor. Africana, como história de griô, sou negra e tenho orgulho da minha cor. Menina pretinha, exótica não é linda. Você não é bonitinha, você é uma rainha!”

Sônia Guajajara, de Imperatriz, MA, é uma liderança indígena de grande representatividade e legitimidade entre os povos tradicionais do Brasil. Se destacou pela forte atuação e engajamento na coordenação executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – Apib.

No plano internacional é preciso citar Theresa Kachindamoto, supervisora de um distrito em Malawi, que nos últimos 3 anos anulou mais de 850 casamentos forçados de meninas e as colocou de volta na escola. Ela encabeça a luta para abolir essa prática. Só no Malawi mais da metade das mulheres com menos de 18 anos são forçadas a iniciar a vida sexual se casando com homens que não desejam.

Carrie Fisher, a grande Princesa Leia, faleceu há menos de uma semana e gostaríamos de prestar uma homenagem póstuma à grande mulher que ela foi. Carrie Fisher declarou “Parem de discutir se eu envelheci bem ou não. Infelizmente isso fere todos os meus sentimentos. Meu corpo não envelheceu tão bem quanto eu. Dane-se. Juventude e beleza não são méritos. Eles são um alegre produto do tempo e do DNA.”.

Também numa homenagem póstuma, não podemos deixar de citar Berta Cáceres, da Comunidade Lenca, defensora das águas, do Rio Gualcarque, foi uma das fundadoras da COPINH (Conselho Civil das Organizações Populares e Indígenas de Honduras). Ela fez forte oposição à instalação de mineradoras nas terras indígenas. Financiada pelo Banco Mundial, a multinacional SinoHydro pretendia construir a Hidrelétrica água Zarca, no Rio Gualcarque. Berta organizou seu povo e decidiu defender seu território e o rio. Após muitas lutas, ameaças e mortes, sinoHydro e Banco Mundial se retiram, em um raro momento de vitória para as comunidades indígenas. Por ocasião do golpe contra o presidente de Honduras, Berta reagiu com veemência e passou a ser fortemente perseguida. Ela chegou a solicitar proteção, mas nunca foi atendida. Em 2015, Berta recebeu o Prêmio Goldman que reconhece, em âmbito internacional, defensores/as da Natureza. No dia 03 de março desse ano, Berta foi assassinada.

Mulheres da Polônia: Outro marco deste ano aconteceu em outubro na Polônia, quando milhares de mulheres se vestiram de preto e realizaram uma greve geral para protestar contra um projeto de lei que proibiria totalmente o aborto. Universidades, escolas, lojas e escritórios do governo passaram o dia com as portas fechadas. A luta pela autonomia de seus corpos uniu as mulheres do país todo.

A cantora Beyoncé bateu de frente com Lemonade. O álbum fala sobre empoderamento do povo negro, violência policial e traição, e foi escrito e co-produzido pela própria Beyoncé.  As letras sugerem “uma jornada de autoconhecimento e cura de todas as mulheres”, como anunciado pela plataforma musical Tidal.

E para fechar a nossa lista com chave de ouro, homenageamos aqui todas as mulheres revolucionárias de Rojava que não só estão combatendo (e vencendo) as milícias extremistas do Estado Islâmico, como também protagonizam uma revolução política em sua região, criando uma alternativa de esquerda chamada Confederalismo Democrático, um sistema de governo de tendência marxista sem Estado Centralizado e com ênfase na libertação das mulheres como a primeira condição para uma sociedade livre e justa.

Ilustração de Joana Brasileiro

Cultura

Dança, acessibilidade e profissionalização para artistas com deficiência

PROCENA começa nesta quarta-feira tematizando dança, acessibilidade e profissionalização para artistas com deficiência

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Desde 2016,  o PROCENA, festival de cultura que nasceu em Goiás com a leis de incentivo Fundo de Arte e Cultura de Goiás,  tem promovido a discussão sobre acessibilidade e diversos outros assuntos que atravessam as realidades dos artistas, produtores e profissionais com vocação para assistência à pessoa com deficiência. Realizado de dois em dois anos, o evento que começou envolvendo a comunidade regional, em 2020 se expande para todo o Brasil, via redes sociais.

A pandemia, que tem feito os brasileiros tentarem uma adaptação de suas vidas, na medida do que é possibilitado, frente a um governo federal negacionista que tem priorizado pouco ou quase nada salvar a vida dos cidadãos, também tem feito com que os produtores dos festivais culturais adaptem a realidade dos festivais, que costumavam ser espaços físicos não só de cultura, mas também acolhimento, troca e discussões transformadoras da nossa realidade.

Mas como bem colocado pelo coordenador do evento sobre o novo formato do PROCENA, Thiago Santana, “a realização virtual impediu o contato físico, porém ampliou o alcance do evento, gerando discussões que vão além das fronteiras”. O desafio agora é democratizar o espaço das redes sociais, para que o acesso chegue a todos e todas

De 7 a 10 de outubro, o Youtube, Facebook e Instagram serão os palcos de apresentações de danças de Goiás, grupos de outras regiões do Brasil e um de Portugal, já que este ano a dança como uma linguagem que inclui é o tema do PROCENA. Para aprofundar nas discussões, a cada dia será apresentado um webnário com um temas que envolvem política, arte e acessibilidade. Então, já assina o canal do YouTube, segue no Facebook e Instagram para garantir que não vai se esquecer desta programão super necessário.

As discussões apontaram a dança como uma linguagem que inclui e oferece mais possibilidades de acessibilidade para artistas e também para espectadores com deficiência. “Esses debates nos fizeram decidir por começar esta nova proposta com a dança, suas contribuições para a produção cênica, seus processos formativos e composições estéticas da cena inclusiva e acessível”, justifica Thiago Santana, coordenador do evento.

O coordenador também destaca a importância das leis de incentivo e mecanismos de fomento incluírem exigências e orientações para uma produção inclusiva e acessível às produções artísticas, como por exemplo, do Fundo de Arte e Cultura de Goiás. Ele lembra, contudo, que isso é fruto das metas do Plano Nacional de Cultura, aprovado em 2010 pela então presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, em diálogo com outros marcos legais como a Convenção da Pessoa com Deficiência e a Lei Brasileira da Inclusão. Instrumentos que, por sua vez, são resultados de debates e discussões da área, como esses que serão realizados nesta edição do Procena.

PROCENA 2020 – dança, acessibilidade e profissionalização para artistas com deficiência 

Datas: 7 a 10 de outubro

Transmissão: Instagram, Facebook e YouTube do Evento.

Programação completa: http://procenago.com/procena_2020/

7 de outubro: 

9h – Oficina “Dance ability”, com Ana Alonso

14h – Oficina “Corpo Zona Dissoluta”, com Alexandre Américo

17h – Webinário “Papo #PraCegoVer”, com Patrícia Braille e Luciene Gomes

19h – Espetáculo “Dez Mil Seres”, com a Cia Dançando com a Diferença (Portugal)


8 de outubro: 

8h – Websérie “Essa é a minha arte! Qual é a sua?”

9h – Oficina  de Dança Inclusiva “Estranho hoje?!!, normal amanhã?!!!”, com Marline Dorneles

14h – Oficina “Corpo Zona Dissoluta”, com Alexandre Américo

17h – Webinário “Políticas culturais e a produção de artistas com deficiência”, com Sacha Witkowski, Claudia Reinoso, Ingrid David e Eduardo Victor

19h – Espetáculo “Berorrokan – A origem do mundo Karajá”, com INAI/NAIBF – GO


9 de outubro: 

8h – Websérie “Essa é a minha arte! Qual é a sua?”

9h – Oficina  de Dança Movi(mente), com Ana Balata e Laysa Gladistone

14h – Oficina de Criação Cênica Acessível em ambiente virtual, com Thiago Santana

17h – Webinário “Formação em dança e recursos de acessibilidade”, com Marlini Dorneles (UFG), Vanessa Santana (UFG) e Marcelo Marques

19h – Espetáculo “Similitudo”, com Projeto Pés (DF)


10 de outubro: 

8h – Websérie “Essa é a minha arte! Qual é a sua?”

9h – Oficina  de Dança Movi(mente), com Ana Balata e Laysa Gladistone

14h – Oficina de Criação Cênica Acessível em ambiente virtual, com Thiago Santana

17h – Webinário “Corpos diferenciados e a cena”, com Henrique Amoedo, Mônica Gaspar e Alexandre Américo.

19h – Espetáculo  “die einen, die anderen – alguns outros”, com a Cia Gira Dança (RN)

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Cultura

Projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro #53 – Tiago Judas: Homem-Caixa

Tiago Judas apresenta o 53º ensaio do Projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro – Imagens que narram nossa história

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Tiago Judas: Homem Caixa

O Homem-Caixa, fora de sua casa-caixa, continua internalizado, privado, caminhando pelas ruas vazias de uma cidade-caixa em quarentena gerada pela pandemia do Coronavírus. É mais fácil percebê-lo em tempos de isolamento social, mas não é de agora que somos caixas dentro de caixas: empilhados, segregados, rotulados.

A princípio, o Homem-Caixa, não desperdiça espaços vazios, pois a sua capacidade de empilhamento é alta e facilita a gentrificação; mas, a propriedade descartável de seu material é, a longo prazo, entrópica.

Para realizar pela primeira vez o truque em que o mágico serra uma mulher ao meio em 1921, Percy Thomas Tibbles, teve que descobrir antes, até que ponto uma pessoa era capaz de se contorcer dentro de uma caixa apertada.

Em 2020 estamos tendo que redescobrir essa capacidade, mas as caixas desta vez, são as classes sociais; as etnias; as escolhas políticas. Uma vez encaixados, vivemos a ilusão de que podemos nos separar um do outro simplesmente serrando a caixa ao meio; mas tudo só faz parte desse antigo jogo de esconder.

O Homem-Caixa é frágil, descartável e fácil de ser armazenado.

Tiago Judas: Homem Caixa
Tiago Judas: Homem Caixa
Tiago Judas: Homem Caixa
Tiago Judas: Homem Caixa
Tiago Judas: Homem Caixa
Tiago Judas: Homem Caixa
Tiago Judas: Homem Caixa
Tiago Judas: Homem Caixa
Tiago Judas: Homem Caixa

Minibio

Tiago Judas (São Paulo, SP, Brasil, 1978) é bacharel em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP (São Paulo, SP, Brasil, 2001) e possui licenciatura plena em Arte pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (São Paulo, SP, Brasil, 2009). Sua produção artística inclui desenhos, objetos e vídeos, além de histórias em quadrinhos.
Desde 2000, Judas tem exposto em importantes instituições culturais brasileiras e também expôs trabalhos em países como Alemanha, Áustria, Espanha, EUA e Peru. Em 2007, Judas foi contemplado com o Prêmio Aquisição do 14º Salão da Bahia (Salvador, BA, Brasil).

Em seus trabalhos, Tiago Judas busca conciliar as artes plásticas e as histórias em quadrinhos, fazendo com que uma influencie a outra. Vale ressaltar ainda que, ao longo dos últimos anos, Judas também tem trabalhado como ilustrador autônomo para jornais, revistas e editoras de livros e atua também como educador, desde 2001 orientou oficinas de arte em centros culturais como no Sesc, Museu da Imagem e do Som, Paço das artes, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Fábricas de Cultura, além de outros projetos.

Para conhecer mais o trabalho do artista

https://www.instagram.com/tiago_judas/

http://portifoliotiagojudas.blogspot.com/

https://mesadeluzzz.blogspot.com/

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O projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro é um projeto dos Jornalistas Livres, a partir de uma ideia do artista e jornalista livre Sato do Brasil. Um espaço de ensaios fotográficos e imagéticos sobre esses tempos de pandemia, vividos sob o signo abissal de um governo inumanista onde começamos a vislumbrar um porvir desconhecido, isolado, estranho mas também louco e visionário. Nessa fresta de tempo, convidamos os criadores das imagens de nosso tempo, trazer seus ensaios, seus pensamentos de mundo, suas críticas, seus sonhos, sua visão da vida. Quem quiser participar, conversamos. Vamos nessa! Trazer um respiro nesse isolamento precário de abraços e encontros. Podem ser imagens revistas de um tempo de memória, documentação desses dias de novas relações, uma ideia do que teremos daqui pra frente. Uma fresta entre passado, futuro e presente.

Outros ensaios deste projeto: https://jornalistaslivres.org/?s=futuro+do+presente

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Cultura

Projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro #52 – Felipe Cretella: Procissão

Felipe Cretella apresenta o 52º ensaio do Projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro – Imagens que narram nossa história

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Procissão - Felipe Cretella

Procissão. Refotografias do Círio de Nazaré – Bélem do Pará – Brasil – 2013.

Círio é quando agradecemos pelo passado e pedimos pelo futuro. É onde estamos todos presentes e ligados numa mesma vibração de luz e fé. Um rio de gente de todas as crenças e lugares, aglomerados e misturados. Esse ano não teremos o Círio nas ruas. Não estaremos juntos fisicamente, mas estaremos presentes em energia. Unidos pela fé no futuro, no presente e no passado.

Sequência de fotografias registradas na noite da trasladação e refotografadas em TV de tubo.

A trasladação é uma procissão noturna que acontece na semana do Círio de Nazaré em Belém do Pará, e antecede o evento principal que é realizado no domingo. Reúne mais de 1 milhão de pessoas em uma onda de agradecimentos e esperança.

O processo: ensaio original registrado na noite da trasladação. Essas fotografias então são projetadas em TV de tubo e refotografadas em longa exposição e movimento.

Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella
Procissão - Felipe Cretella

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Felipe Cretella - Procissão

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Felipe Cretella nasceu em São Paulo, em 1977.

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Para conhecer mais o trabalho do artista

www.felipecretella.com.br

https://www.instagram.com/feecretella/

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O projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro é um projeto dos Jornalistas Livres, a partir de uma ideia do artista e jornalista livre Sato do Brasil. Um espaço de ensaios fotográficos e imagéticos sobre esses tempos de pandemia, vividos sob o signo abissal de um governo inumanista onde começamos a vislumbrar um porvir desconhecido, isolado, estranho mas também louco e visionário. Nessa fresta de tempo, convidamos os criadores das imagens de nosso tempo, trazer seus ensaios, seus pensamentos de mundo, suas críticas, seus sonhos, sua visão da vida. Quem quiser participar, conversamos. Vamos nessa! Trazer um respiro nesse isolamento precário de abraços e encontros. Podem ser imagens revistas de um tempo de memória, documentação desses dias de novas relações, uma ideia do que teremos daqui pra frente. Uma fresta entre passado, futuro e presente.

Outros ensaios deste projeto: https://jornalistaslivres.org/?s=futuro+do+presente

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