Ao vivo JL entrevista Miguel Nicolelis 2

Em seu boletim semanal, realizado com os Jornalistas Livres, no último dia dez o pesquisador Miguel Nicolelis conversou com a repórter Kátia Passos sobre a situação nos estados do nordeste, no país e no mundo. Também  contou como tem sido realizado o trabalho do comitê científico do Consórcio Nordeste.

Nicolelis apontou os avanços realizado pelo comitê em seus primeiros dias de atuação. Ao mesmo tempo em que foi lançada a articulação que envolve cientistas dos nove estados da região já “pegou o avião voando”, como definiu. Para ele foi importante ressaltar que o isolamento social é uma das medidas mais essenciais no combate ao coronavírus e que se não houver uma ação séria para garantir seu funcionamento haverá um desastre, uma vez que esse isolamento é “a única grande arma que nós temos neste momento global, para evitar uma catástrofe que evite um número de casos que o sistema de saúde brasileiro não daria conta”.

A situação vivida por Manaus, que neste momento já conta com 1.295 e o Amazonas com 1.484 casos confirmados e 90 mortes no estado, e tem seu sistema de saúde colapsado. Sem EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), respiradores insuficientes para o número de casos e com quase lotação de leitos de UTIs. 

Outro ponto importante que foi discutido pelo comitê, apontado por Nicolelis, foi sobre o uso de máscaras caseiras como forma complementar de prevenção. A discussão sobre as máscaras foi principalmente sobre os materiais que podem ajudar na montagem da máscara e na a forma de usá-la corretamente, que terá um artigo publicado no site do comitê abrangendo a conclusão da discussão nos próximos dias. 

Ainda contou sobre a necessidade que o consórcio tem de profissionais da mais diversas áreas, desde medicina até comunicação, para auxiliar nos trabalhos de pesquisa, divulgação de estudos e checagem de fatos e como o subcomitê de comunicação tem realizado esta busca.

Nicolelis também se posicionou sobre o uso da hidroxicloroquina “não existe evidência clínica ou crível, testada ou comprovada de que a  hidroxicloroquina e a cloroquina funcionam”. ele citou um editorial publicado pelo British Medical Journal  que, além de não indicar a eficácia dos medicamentos, aponta potenciais riscos da automedicação. Sobre o coronavírus, explicou que a versão genética do vírus no Brasil é mais agressiva no trato respiratório e na possibilidade de contágio, do que outras versões encontradas em países como a China. O cientista reforçou a importância das “medidas sociais e econômicas, enquanto saúde pública, para reforçar o isolamento e garantir a alimentação das pessoas.

Veja a entrevista

 

 

COMENTÁRIOS

2 respostas

  1. Gostaria que o Dr Miguel comentasse o trabalho que o Ministro Marcos Pontes ontem divulgou dos desenvolvimentos que apresentou sobre o novo medicamento a vacina e os desenvolvimentos dos teste que os cientistas brasileiros estão trabalhando e estão em estado avançado

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