Advogados se reúnem com o povo para debater a condenação sem provas contra Lula

 

Com o objetivo de evidenciar a arbitrariedade com que a mídia e o judiciário brasileiro vêm tratando o ex-presidente Lula, o Lawfare Institute apresentou nessa segunda-feira (29) o Seminário Internacional “O Caso Lula: Balanço e perspectivas”sobre a operação Lava Jato, caso que está dando o que falar no Brasil e mundo afora.

O debate aconteceu no Tucarena, teatro da Pontifícia Universidade Católica, em São Paulo, e reuniu grandes nomes do direito brasileiro, o advogado e colunista dos Jornalistas Livres Rafael Valim mediou o debate e afirmou “feriram o estado de direito e a democracia”, além de convidados como Walfrido Jorge Warde Jr., Eneida Desirèe Salgado, Eleonora Nassif, Belisario dos Santos Jr. e Antônio Carlos Malheiros.

Os advogados de Lula, Valeska Zanin Martins, Cristiano Zanin Martins e Geoffrey Robertson abriram o seminário explicando as calúnias e a difamação da Lava Jato – este último, é a maior autoridade em direitos humanos do mundo e advogado do ex-presidente Lula na ONU.

A Lava Jato está formalizando o estado de exceção. O processo que não segue as leis é incompatível com o estado de direito”, declarou o advogado Zanin.

Valeska Zanin introduziu sua fala explicando como surgiu a Operação e os detalhes sobre o apartamento triplex, o qual Moro e os desembargadores da turma TRF-4 acusam Lula de ser o proprietário do imóvel sem as evidências.
O caso Lula não deveria iniciar, pois não há provas”, comentou.

Em sua análise, Valeska Zanin afirmou que “a violência da lei que é utilizada nesses casos torna os agentes da lei em agentes de guerra política para demonizar o inimigo político, e assim atacam diretamente os direitos humanos, fato semelhante em outros países da América Latina”.

A advogada enfatizou que os relatos que inocentam Lula são desprezados pela mídia tradicional, enquanto notícias caluniosas e difamatórias se tornam capas de revistas, aparecem na TV e se destacam na internet.

Geoffrey Robertson mostrou-se escandalizado ao ver o promotor, o relator e os desembargadores almoçarem juntos. “Eu estava lá na sala e vi o promotor-chefe do caso sentar ao lado do relator. Ele também almoçou ao lado dos três juízes e, depois, ainda teve conversas particulares com eles. Essa é uma postura totalmente parcial, isso simplesmente não pode acontecer numa corte,” disse Geoffrey.

O advogado australiano comentou que “Moro atacou Lula, seus familiares e advogados que o defendem” e concluiu dizendo que “na Europa isso é errado”. “É preciso combater a corrupção política”, declarou.

Pedro Serrano, professor de Direito, afirmou que “a Lava Jato fraudou a democracia e é um processo penal contra um “inimigo político”, no caso Lula“.

Serrano afirmou que “os mecanismos do processo utilizados para incriminar Lula são os mesmos para pretos e pobres brasileiros”. Em sua opinião, “o agente de exceção é o sistema de justiça que se utiliza do direito”.

A sentença contra Lula é uma clara suspensão de Direitos Humanos. É o tratamento similar dado para negros e pobres no país. O direito foi construído com sangue. No Brasil, o sangue na calçada é do povo e não pelo povo”, disse.

Já o professor Reginaldo Nasser, referindo-se aos advogados de Lula que estão sendo vítimas de ataque e espionagem, comentou que “não haverá democracia sem o direito justo para os advogados”.

O ex-ministro da defesa governo de Lula, Celso Amorim, durante sua intervenção, reforçou a opinião de Nasser ao afirmar que “isso vai além do Lula, do PT e do Brasil. A luta é internacional”. Celso Amorim convidou a população junto com os juristas presentes a sempre repetirem a frase “Eleição sem Lula é fraude” até o desfecho do processo.

O evento foi transmito ao vivo pela página dos Jornalistas Livres, nesta segunda-feira, 29/01, direto do Tucarena. Para acompanhar a transmissão ao vivo do debate realizada ontem, clique:

https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/681802415276972/

COMENTÁRIOS

POSTS RELACIONADOS