Digitei tartaruga na busca do computador, deu só tristeza, maldade:
Comi tartaruga junto aos índios Javaé, no Araguaia, também junto aos Kawaiwete, no Xingu. Entre fogo nas pedras, assa-se o bicho em seu próprio casco, convertido em panela. Boa carne, bom alimento para o homem e seu clã na aldeia.
São tantas tartarugas na terra, nos rios, no mar, que nos amedronta saber que as tartarugas encontram seu fim é no plástico que comem. Não basta ser jabuti, tracajá, verde, de pente, trombetas, de couro, cabeçuda. É em nosso lixo que morrem as tartarugas.
E querem mais lixo os homens e seus mascates, mercadores do meio ambiente.
Tudo confirma notícias aflitas, mas muitos ainda não desistiram, querem paz entre os bichos da Terra, não importa se é pulga, tartaruga, elefante ou macaco no galho.
Que vivam, homem ou árvore, dizem os líderes cientes do planeta que pulsa sob nossos pés. Outros, que criam universos paralelos, querem o prelo das notas e seus dividendos, a riqueza de alguns e a miséria dos seres num ambiente que mingua, grita, exclui milhões de espécies na máquina de mercadorias do mundo.
É hora de escolher para onde vamos, decidir se queremos tartarugas em nosso mundo, o que deixar viver ou excluir.

É triste, mas é fato, 40 milhões de anos em evolução terminam assim, no lixo.