Em tempos de perda de Estado Democrático de Direito, de falta de respeito pela classe trabalhadora e de ódio dos setores mais conservadores da sociedade, ao único projeto realmente popular e democrático já existente no Brasil, um coletivo chamado ‘Flores da Resistência’ nasce e atua para disseminar o amor e a esperança àqueles que sofrem com os resultados do golpe. Pessoas oprimidas que estejam passando por algum infortúnio também são acalentadas.
Na época do processo de cassação do mandato da ex-presidente, a ação trouxe amor à Dilma Rousseff. “Foi uma forma de resistência ao golpe. Toda semana mandávamos flores para ela.” Declara a jovem química, Talitha Braga, militante do coletivo “Todxs na rua” e uma das ativistas do “Flores da Resistência”.
A iniciativa do “Flores”, foi de Renata Del Monaco, professora de rede pública que reuniu um grupo de amigos para discutir as questões que repercutem até hoje e logo após consumado o golpe.
O coletivo também atua na organização de debates e rodas de conversa com políticos e movimentos populares. “Atuamos juntamente com outros coletivos como o Democracia Corinthiana.” Diz Renata
Na última quarta (12), quando divulgada a informação da sentença contra o ex-presidente Lula, baseada exclusivamente em delações premiadas negociadas ao longo de meses com criminosos confessos, o pessoal do “Flores da Resistência” não pensou duas vezes. Era hora de Lula receber as flores.
“Fui para acompanhar o pronunciamento e por acaso sentei ao lado da secretaria do ex-presidente. Ela me perguntou para quem eram as flores e eu disse que gostaria de entregar pessoalmente ao maior líder político da América Latina. Após o término da fala, a equipe de Lula me chamou. Foi muito emocionante! O ex presidente estava muito tranquilo e alegre, mas com um semblante combativo.” Finalizou Thalita
Lula recebeu orquídeas como sinal de resistência e força. O coletivo também aproveitou para homenagear D. Marisa Letícia Lula da Silva que gostava muito dessa espécie de flor.