A adesão à greve geral em Florianópolis e a vitória dos trabalhadores em defesa do direito à aposentadoria enfureceram o prefeito Gean Loureiro (PMDB) e sua bancada governista na Câmara Municipal. Projeto de lei de caráter fascista, que pretende criminalizar as entidades trabalhistas pela realização da greve geral do dia 19/2, foi aprovado por 14 votos a 6 (incluindo duas abstenções), ontem em sessão ordinária pelos vereadores golpistas favoráveis à Reforma da Previdência. O projeto impõe uma moção de repúdio contra a Central Única dos Trabalhadores (CUT Santa Catarina), que viola o direito constitucional à manifestação. Foi apresentado e defendido em clima de torcida organizada do MBL pelo vereador Bruno Souza, que se esconde na sigla PSB, mas na prática está ligado ao movimento que se intitula neoliberalismo radical, liderado por Kim Kataguiri.
Vereador Bruno Souza, pivô das ofensivas fascistas contra os trabalhadores
É o segundo ataque ao direito constitucional de manifestação patrocinado pelo vereador do MBL em menos de uma semana. Na quarta-feira (21/2), ele já havia aprovado em plenário outra moção de repúdio contra o Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urbano (Sintraturb – Sindicato de Luta), por terem aderido corajosamente à greve. “O intuito foi o mesmo: criminalizar as representações dos trabalhadores para intimidar futuras manifestações”, aponta Deonísio Linder, presidente da entidade. “Mas isso não vai mudar em nada a nossa combatividade”. Bruno age como inimigo declarado dos movimentos sociais, fazendo pressão agressiva para aprovar projetos e medidas de ataque aos trabalhadores do município.
Greve Geral vigiada por forte policiamento solicitado pelo vereador do MBL, que alertou sobre falso arrastão e quebradeira nas lojas
Com a mobilização das centrais sindicais e o apoio da maioria da população, que se manifestou a favor da greve em pesquisa do jornal Noticias do Dia, o Sintraturb garantiu que nenhum ônibus circulasse na capital no dia 19. Isso despertou a ira persecutória do prefeito e seu vereador do MBL (o maior propagador de fake news do país). Os trabalhadores da Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap) também aderiram e interromperam a coleta de lixo nesse dia.
Alheio à presença dos movimentos sociais e dos líderes trabalhistas que lotaram a plenária com faixas e cartazes a favor do direito de greve e do direito à aposentadoria, o vereador usou uma sessão ordinária para impor uma visão ideológica segregadora e preconceituosa. A moção de repúdio contra a CUT criminaliza a chamada de greve associando “arrastão” ao significado de quebradeira e baderna que colocam em risco a vida da população e o patrimônio público dos lojistas. Através de um pedido do Clube dos Diretores Lojistas, ele solicitou a presença de policiamento militar ostensivo nas ruas do Centro, para criar um clima de pânico, como se os manifestantes tivessem programado uma quebradeira às lojas.
Manifestações pacíficas caracterizaram a Greve Geral em Florianópolis
Apesar da hostilidade, todas as manifestações de greve foram pacíficas e receberam apoio da população nas ruas, como mostra a cobertura dos Jornalistas Livres. “É um desrespeito à classe trabalhadora que esse vereador se dedique a atacar as centrais trabalhistas e os movimentos sociais”. Se não fosse a mobilização das centrais, o governo não teria recuado no projeto da reforma”, comenta a coordenadora da CUT, Anna Júlia Rodrigues. “Inconcebível que um vereador tome duas sessões inteiras para fazer esse desvio de foco quando a cidade está carente de políticas públicas, de projeto para saúde, educação, transporte, segurança”, afirmou ainda.
Para o vereador Lino Peres (PT), o objetivo foi claro: “Desqualificar e censurar o povo em suas manifestações legítimas, no caso a Greve Geral chamada por diversas centrais sindicais, não apenas pela CUT, que alcançou enorme adesão no Brasil e em Santa Catarina. Essa agenda nacional de imposição de medo aos trabalhadores tenta evitar que os cidadãos entendam o golpe midiático, jurídico e legislativo que estamos vivendo”. Os vereadores do PSol, Afrânio Boppré (PSol) e Marcos José de Abreu (Marquito), também qualificou a medida como um ataque político de um governo golpista sem votos, “contrariado porque agora também não conseguiu votos suficientes no Congresso Nacional para aprovar sua reforma contrária aos anseios da esmagadora maioria da população”. Afrânio disse ainda que nenhuma conquista da sociedade brasileira foi feita sem muita luta, suor e sangue da classe trabalhadora. O vereador Farias (Lela) do PDT, também votou em defesa do direito de greve. Acompanhe a sessão na Câmara Municipal de Florianópolis que aprovou as duas moções de repúdio: https://www.facebook.com/lino.fernandobragancaperes.7/videos/819469624904073/
A coordenadora da CUT-SC Anna Júlia Rodrigues e o vereador Lino Peres (PT), falam sobre a violência ocorrida durante a votação de ontem, 26/2, com a aprovação de projeto de lei que criminaliza a classe trabalhadora pela realização da greve geral contra a Reforma da Previdência. (Vídeo: assessoria de comunicação do gabinete Lino Peres, Jerônimo Rubim)
O PSB de Santa Catarina é um lixo neoliberal, articulado pelo ex deputado Beto Albuquerque PSB-RS (apoiador do golpe e ex-candidato a vice-presidente na chapa da Marina Silva),que vive das sobras da direita esquálida.
É conhecida a fábula do Sapo e o Escorpião. Certo dia, o escorpião pediu ajuda ao sapo para levá-lo a outra margem do rio. O sapo temia ser picado, mas o escorpião garantiu que não faria isso, pois se o sapo morresse, ele também morreria afogado. Com a explicação convincente, o sapo decidiu ajudar o “amigo”, mas no meio do rio recebeu a picada mortal. Antes de morrer perguntou: “Por que você fez isso?” O escorpião respondeu: “É da minha natureza”. Assim age Bolsonaro. Como o escorpião.
Por Dacio Malta*
Sempre foi assim, e assim continuará.
A trégua que ele deu ao país, após a prisão do amigo Queiroz, foi para inglês ver.
O capitão é caso perdido.
Nem curso intensivo da Socila — escola tradicional no ensino de etiqueta e boas maneiras — daria jeito no capitão meio bandido, meio desastrado, mas completamente ignorante.
A resposta dada ao repórter de “O Globo”, que perguntou ao presidente por que a terceira primeira-dama Michelle recebeu R$ 89 mil de Queiroz, mostrou um Bolsonaro em sua forma mais genuína:
—Minha vontade é encher sua boca de porrada.
Um milhão de tweets já publicados contra a declaração, em nada mudará seu comportamento.
O capitão é assim.
Desastrado ao ponto de, no Piauí, pegar um anão no colo pensando ser uma criança.
Grosso ao dizer, em Mossoró, na mesma semana, que na política “sou imbrochável”.
—E não é só na política não. Eu tenho uma filha de 9 anos de idade, que foi feita sem aditivo.
Em princípio teremos de conviver com a besta por mais dois anos e meio.
Supersticioso, o presidente da Câmara não quer discutir o impeachment.
E tem lá suas razões.
A pandemia é a desculpa, mas a razão verdadeira é o apoio do centrão ao presidente que, junto com os R$ 600,00 alçou sua popularidade a 37% de aprovação, o que é muito pouco, mas suficiente para segurá-lo no cargo.
Obviamente, é preciso haver o combate diário não só contra ele, mas também contra os Ernestos, as Damares, os Ônixs, os Pazuellos, os Salles, os Mendonças e todos aqueles que insistem em avacalhar o país aqui e no exterior. E em especial ao Corisco do Lampião, e que atende pelo nome de Paulo Guedes.
Nos próximos 28 meses ainda iremos sofrer e nos envergonhar por termos de conviver com um presidente tosco com viés miliciano.
Mas ele passará.
Sua força é com um castelo de cartas.
Quis fazer um partido para chamá-lo de seu, e disputar as eleições deste ano, mas já sabe que não conseguirá formá-lo nem para 2022. Precisava do apoio de 492 mil eleitores, mas só conseguiu 15.762 apoiadores.
A resposta virá.
E o melhor.
Ele, e os filhos bandidos, terão o destino que merecem: a cadeia.
*Dacio Malta trabalhou nos três principais jornais do Rio – O Globo, Jornal do Brasil e O Dia – e na revista Veja.
Em um lado da Esplanada dos Ministérios, um ato em defesa da democracia, contra o racismo e o fascismo. No outro, a marcha do ódio e antidemocrática dos bolsonaristas defendendo o mesmo de sempre: fechamento do STF, intervenção militar, morte aos comunistas, maconheiros e outros absurdos.
Houve muita provocação verbal dos dois lados, mas apenas os bolsonaristas tentaram criar um embate físico, ao cruzarem a barreira policial no gramado central, para correr entre os manifestantes antifa. A polícia? Parecia mais preocupada em intimidar aqueles que defendem a democracia. Mas a resposta dos que lutam contra o racismo e o fascismo foi linda: muito grito de luta, um ato cheio de emoção e sem violência, como era esperado.
Confira a galeria de imagens da cobertura dos Jornalistas Lives em Brasília
Galeria 1- Fotos: Leonardo Milano / Jornalistas Livres
Neste sábado (13/6), a avenida Paulista será o espaço de mais uma manifestação pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O ato está sendo organizado por grupos sem vínculos partidários ou institucionais, que protestam contra o genocídio produzido pela irresponsabilidade do governo federal diante da pandemia do Covid-19 e contra a violência policial e estatal que vitima os brasileiros mais pobres e vulneráveis.
Bolsonaro, que já vinha pressionando prefeitos, governadores e empresários para um “retorno à normalidade”, antes mesmo do Brasil atingir o pico da pandemia e a contaminação estar controlada, estimulou, em live transmitida na úlltima quinta-feira (11/06), que a população invada os hospitais, filme os leitos e envie as imagens para a Polícia Federal e para a Abin, colocando em cheque os números apresentados pelas secretarias de saúde de estados e municípios. De acordo com nota divulgada pelo grupo que organiza o Ato, não resta outra alternativa que não seja ocupar as ruas e confrontar o governo com os resultados de sua própria política, “o Brasil não pode mais aguentar duas crises ao mesmo tempo: a pandemia e Bolsonaro. Uma se alimenta da outra. A única maneira de lutar contra a pandemia é derrubando este governo irresponsável. Não sairemos das ruas até que ele caia”.
Jair Bolsonaro também ameaçou, nesta quinta-feira (11), vetar a prorrogação do auxílio emergencial, caso o Congresso mantenha o valor de R$ 600. A proposta apresentada pelo governo é reduzir o valor pela metade, para mais dois meses de auxílio.
“A função primeira de um governo é proteger a população. Bolsonaro e seus seguidores zombam dos mortos e conspiram contra políticas que poderiam salvar vidas”.
Outra medida tomada por Bolsonaro esta semana, que vai de encontro às reclamações do Ato Contra o Governo da Morte, foi a exclusão da violência policial do relatório sobre violações de direitos humanos, uma tentativa clara de maquiar os números, assim como é a política oficial com o Coronavírus.
Serão distribuídas para os manifestantes, 500 fotos com vítimas da violência do Estado na ditadura e nos dias atuais, pela polícia e Covid-19. O uso de máscaras e a observação da distância de dois metros uns dos outros será obrigatório. Uma equipe irá garantir a distância e a segurança dos participantes.
O Grupo que organiza a ação é apartidário e espontâneo, composto por ativistas, artistas, advogados, professores, profissionais de saúde, estudantes, comunicadores. Cidadãs e cidadãos que não verão calados mais um genocídio do Estado brasileiro contra o seu povo.
Leonel De Boni
27/02/18 at 21:15
O PSB de Santa Catarina é um lixo neoliberal, articulado pelo ex deputado Beto Albuquerque PSB-RS (apoiador do golpe e ex-candidato a vice-presidente na chapa da Marina Silva),que vive das sobras da direita esquálida.
Cesar Rodrigues
30/09/18 at 12:29
Parabéns a ele esta fazendo um ótimo trabalhando colocando entraves, nesse maldito estado inflado.