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Brasília

Teste do Covid-19 de Bolsonaro é fake

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Exame do dia 12 de março

Por Dacio Malta*

A presidência da República apresentou, finalmente, ao STF, o resultado dos testes do Covid 19 realizados por Bolsonaro.

Nos três exames o resultado deu negativo.

Mas a confiabilidade desses documentos enviados ao Supremo é próximo de zero.

O capitão fez os juízes de tolos e estes se fingiram de bobos.

Bolsonaro usou nome falso, mas informou corretamente seu RG e o CPF.

Se a coleta para o teste fosse feita por um funcionário do laboratório, certamente o técnico veria que se tratava do Presidente da República, e não de Fulano ou de Beltrano. Mas o material foi colhido em um hospital militar.

Bolsonaro viajou para os Estados Unidos no dia 7 de março, com uma comitiva de cerca de 30 pessoas.

Dessas, 23 contraíram a doença, com exceção dele – quem sabe devido ao seu “histórico de atleta” que lhe assegurava apenas ter “uma gripezinha ou resfriadinho”.

No dia 12 de março, seu secretário de Comunicação Social, Fabio Wanjgarten, comunicou que estava com o vírus e entrou em quarentena.

Nessa data, Bolsonaro fez o seu primeiro teste, sob o nome “Airton Guedes”.

Exame do dia 12 de março

Exame fake do dia 12 de março

No dia 18 de março, o general Augusto Heleno também testou positivo.

Bolsonaro tinha realizado seu segundo teste no dia anterior (17), e repetiu-o nesta data, agora sob o nome “Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz”.

Exame do dia 17 de março

Exame fake do dia 17 de março

Os dois primeiros foram realizados pelo Laboratório Sabin, e o terceiro na Fiocruz, este sob o nome “Paciente 05”.
Estranhamente, o laudo da Fiocruz embora esteja datado no dia 19 de março, só foi entregue a presidência no dia 6 de maio – ou seja 48 dias após a sua realização.

 

Exame do dia 19 de março

Exame fake do dia 19 de março

Os três laudos apresentados referem-se a um teste PCR, que indica apenas se o paciente está com o vírus no exato momento do exame. É como se fosse uma fotografia.

Não é plausível que, até hoje, o serviço médico da Presidência não tenha solicitado um teste IgM e IgG de Bolsonaro.

Para esse teste, colhe-se sangue e o resultado sai em dois dias.

O exame determina se o paciente tem ou teve contato com o vírus, e se já adquiriu anticorpos.

Durante dois meses, enquanto durou o mistério de seus testes, especulava-se que o presidente já havia adquirido anticorpos e, por isso, estava sempre em contato direto com seus adeptos.

Mas. se os testes enviados ao Supremo fossem verdadeiros, sua saúde correria perigo nesses contatos públicos.

Afinal, o presidente da República necessita que não só sua segurança, mas também sua saúde, sejam preservados.

Muitos diziam que as aparições do presidente contrariavam as recomendações do ministério da Saúde.

Mas o curioso é que nunca houve manifestação do serviço médico da presidência sobre essas exposições.

Enquanto Bolsonaro não apresentar a nação o resultado do IgG e IgM – testes que certamente já foram realizados – a dúvida sobre sua contaminação ou não pela Covid permanecerá.

O que Bolsonaro mostrou ao Supremo é fake.

É da sua natureza.

 

*Dacio Malta trabalhou nos três principais jornais do Rio – O Globo, Jornal do Brasil e O Dia – e na revista Veja.

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6 Comments

6 Comments

  1. Gilberto Barros

    14/05/20 at 16:28

    Isso não é surpresa, tudo nesse governo é faz de conta.

  2. Antonio MC

    14/05/20 at 21:12

    Basta dizer que protelaram até que conseguiram uma maneira de inventar (fake) exames para entregar ao caro ministro, saber agora o porque desses ministros aceitarem barganhar com essa gente. Quem maneja a polícia Federal, vai alterar tudo que quiser.

  3. Izzy Sants

    15/05/20 at 19:50

    Tenho uma idéia, vcs criam uma # ou movem uma ação coletiva com assinatura de todos que querem saber a verdade, a começar pela classe artística que tem grande influência e da população exigindo que seja feito um exame de IgM e IgG.
    Protocola e envia para o MPF.
    Chega, alguém tem que parar esse monstro.

  4. Aparecida

    18/05/20 at 8:01

    Mais uma mentira de Pinóquio! Desta vez endossada pelo STF, o “político” Lewandowski, que todos sabemos não fez a lição de casa ao aceitar essa palhaçada de exame fake. A questão é: qual foi ou quanto foi pela troca? Esse STF, hoje, tem exatamente a fama que merece.

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Brasília

Ato ecumênico em Brasília em protesto à marca de 50 mil mortes por covid-19 no Brasil

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Texto e fotos: Matheus Alves
O Brasil chegou na última semana ao triste número de 50 mil mortos.

O país chora e, com aquele aperto no peito, grita por justiça, dignidade e o nobre ato do luto. Em um desses gritos, dezenas de pessoas correram para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília e ocuparam, com mil cruzes, a Alameda dos Estados — que faz frente ao Congresso Nacional.

O choro se instala e sem querer se prende à garganta que dói cansada. O respiro perde o compasso. A boca seca. O tremor vem, a lágrima cai.

A sensação de perder um ente querido tão de repente é, sem dúvida, uma das piores demonstrações vitais que o corpo humano pode dar e, bastasse isso, ainda há a infeliz necessidade de assistir aos atos genocidas de um Presidente da República que nega a gravidade da maior crise sanitária da história.

Por mais que tentem explicar, o luto e a luta são as únicas formas de expressar o que é sentir falta de quem não está mais entre nós.

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Brasília

Racistas, fascistas, não passarão!

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Em um lado da Esplanada dos Ministérios, um ato em defesa da democracia, contra o racismo e o fascismo. No outro, a marcha do ódio e antidemocrática dos bolsonaristas defendendo o mesmo de sempre: fechamento do STF, intervenção militar, morte aos comunistas, maconheiros e outros absurdos.

Houve muita provocação verbal dos dois lados, mas apenas os bolsonaristas tentaram criar um embate físico, ao cruzarem a barreira policial no gramado central, para correr entre os manifestantes antifa. A polícia? Parecia mais preocupada em intimidar aqueles que defendem a democracia. Mas a resposta dos que lutam contra o racismo e o fascismo foi linda: muito grito de luta, um ato cheio de emoção e sem violência, como era esperado.

Confira a galeria de imagens da cobertura dos Jornalistas Lives em Brasília

Galeria 1- Fotos: Leonardo Milano / Jornalistas Livres

 

Galeria 2- Fotos: Matheus Alves

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Brasília

Agora com a ajuda do genro de Silvio Santos, brasileiros são levados ao matadouro

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A muvuca que o vírus gosta: Doria "libera" comércio para a Covid-19

Por Ricardo Melo*

O Brasil está no fundo do poço. Não pretendia gastar muito tempo com Bolsonaro, um facínora orgulhoso de sua condição.

Mas não pode passar sem registro seu ato mais recente: criar um ministério para o genro de Silvio Santos, o tal Fabio Faria.

Para quem não se lembra, Fabio Faria é aquele mesmo, deputado pilhado pagando passagens com verba parlamentar para namoradas como Adriane Galisteu e família.

Membro do tal centrão, agora “colega de trabalho” do sogro decrépito e capacho de qualquer governo, Fabio Faria une o inútil ao desagradável aos olhos do povo: engrossa a gangue do capitão no Congresso e fortalece os laços com o dono de uma emissora já conhecida como Sistema Bolsonaro de Televisão. Sim, o SBT, que entrou para a história ao tirar do ar um telejornal de horário nobre para não se indispor com seu patrão do Planalto.

A patiFaria corre solta.

Falemos dos governadores e prefeitos que tentaram posar de equilibrados de olho em dividendos eleitorais.

Não durou muito tempo. Um exemplo. João Dória, o Bolsodória, e seu assecla Bruno Covas vinham fazendo discursos ¨humanitários” até outro dia. Seu repertório esgotou-se tão rápido quanto sua sinceridade.

São Paulo, assim como o Brasil, vive um momento de ascenso da pandemia. O número de vítimas cresce sem parar. Qualquer aspirante a médico sabe que é hora de reforçar as poucas medidas de defesa à disposição. A única à mão enquanto não se descobre uma vacina é manter as pessoas isoladas e dar a elas condições de sobreviver.

O que faz Bolsodória? O contrário. Libera geral. Manda abrir tudo obedecendo ao comando de seus tubarões do Lide de sempre. As fotos estampadas nas redes mostram multidões circulando pelas ruas indefesas diante do apetite do coronavírus e dos senhores das bolsas de valores.

No Rio, a mesma coisa. Assim como Bolsodória, Witzel segue na prática os mantras de quem o elegeu: “E daí”. Ou: “todos vão morrer mesmo. É o destino”. Enquanto isso, faz o que parecia inacreditável. Alimenta uma máquina de corrupção à custa do sofrimento de milhares de brasileiros. Contrata a construção de hospitais a preços hiper super faturados que nunca saíram do papel. Assim acontece em vários outros estados. “Governantes” valem-se da morte do povo para engordar seus cofres particulares.

Tentei evitar, mas tenho que falar de Bolsonaro novamente. Depois de tentar esconder as mortes e roubar o Bolsa Família, ele e seu capanga preferido, Paulo Guedes, estudam ampliar o prazo da esmola aos desvalidos. Como? Em vez dos trocados de 600 reais que até hoje não chegaram a milhões que morrem de fome, fala-se em… 300 reais!! Faça vc mesmo os cálculos para ver o tamanho do disparate.

O destino dos países, mais do que nunca, depende da juventude, do povo trabalhador e de governantes responsáveis (a esse respeito, pesquisem no google o nome Jacinda Ardern, da Nova Zelândia. uma sugestão: https://www.brasil247.com/oasis/jacinda-ardern-quando-a-coragem-restaura-a-politica).

Chega. Não, não pague as dívidas, apenas as indispensáveis que podem te deixar sem luz, água, gás. Peça ajuda aos poucos advogados honestos, cada vez mais raros, é verdade. Procure a parte sadia da OAB. Recorra às organizações populares, aos sindicatos ainda dignos deste nome e, sobretudo, aos coletivos de jornalistas que se libertaram da mídia oficial. Ignore o palavrório dos políticos cínicos, hipócritas e ladrões, seja qual for o partido. E, se puder, fique em casa.

O Brasil depende dos brasileiros dignos desse nome.

 

*Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.

 

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