São 50 mortes de milhões de vidas

Ativistas da comunidade LGBT se reuniram nesta noite no vão do MASP, na Av Paulista em São Paulo, para fazer uma vigília em solidariedade ao atentado que causou a morte de 50 pessoas numa casa noturna dedicada ao público LGBT em Orlando, nos Estados Unidos.

O grupo, de cerca de 150 pessoas que resistiam ao frio para se manifestar, realizou também uma reflexão sobre o momento que vivemos no Brasil: a escalada do conservadorismo e do discurso de ódio aumenta o temor de que algo do tipo possa acontecer aqui.

“Poderia ser um amigo meu, poderia ter sido numa balada da Augusta.”

O Brasil ainda está no topo da lista dos países com maior número de crimes contra homossexuais e transsexuais. Para muitos dos presentes, a cultura LGBTfóbica – as piadas, os comentários, o preconceito em geral, está na base da construção da violência que chega ao assassinato.

“Ele não é um monstro que surgiu do nada, ele foi fruto do sistema que forma pessoas preconceituosas, então a gente não tem que praticar o discurso do ódio. Determinadas piadas, determinadas coisas, não é engraçado. É essa cultura que a gente tå passando pra frente que tá gerando esses atos.”

O momento é de luto e de luta para a comunidade LGBT.

Todo apoio e toda a solidariedade.

Vídeo e Reportagem: Henrique Cartaxo, para os Jornalistas Livres.

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