Reforma ou “deforma” política ?

No dia seguinte à aprovação em segundo turno na Câmara do financiamento empresarial a campanhas política, dois jovens jornalistas lançam documentário O Preço, que mostra quanto custa uma eleição

O primeiro semestre de 2015 foi marcado pelas pautas da reforma política votadas no Congresso Nacional. Diversas propostas foram debatidas, entre os temas o financiamento das campanhas eleitorais é sempre um dos mais polêmicos. Afinal, o dinheiro vence as eleições?

No Brasil temos um sistema misto de financiamento, no qual pessoas físicas podem doar até 10% do seu rendimento bruto do ano anterior com teto de R$50 mil e pessoas jurídicas até 2% do faturamento bruto. Os candidatos contam, também, com o dinheiro do fundo partidário, que são recursos do orçamento da União distribuídos proporcionalmente entre 27 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral, respeitando a representatividade do partido no Congresso. E ainda há a propaganda eleitoral “gratuita”, onde os partidos conseguem espaços nas emissoras de televisão e rádio, que recebem isenção fiscal.

Com as recentes votações e manobras do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para garantir a constitucionalidade do financiamento empresarial; a Operação Lava-Jato criminalizando algumas doações empresariais declaradas e isentando outras; e o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes segurando com uma “vista dos autos” há mais de um ano a decisão já irreversível do STF pela proibição da prática, sem dúvida a questão do financiamento empresarial está na ordem do dia.

Os produtores e diretores do filme com o Secretário Eduardo Suplicy

Assim, é mais do que oportuno o lançamento nessa quinta, 13/08 às 19h na Galeria Olido, no centro de São Paulo, do documentário O PREÇO, de Álvaro Costa e Wellington Amorim. O filme acompanha a trajetória de dois candidatos a deputado estadual pelo Estado se São Paulo nas eleições de 2014. Para potencializar a discussão do tema, o filme ainda conta com depoimentos de Gil Castello Branco (Secretário Geral da ONG Contas Abertas) Silvio Salata (ex-Presidente da Comissão de Direitos Eleitorais) e Eduardo Suplicy (Ex-senador e atual Secretário de Direitos Humanos de São Paulo). Após a projeção do documentário haverá um debate com convidados e diretores.

 

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