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Agricultura Familiar

Rede de produtoras faz campanha de financiamento coletivo para sobreviver

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Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres no Butantã

Com mais de 50 expositoras, a Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres no Butantã há quase dois anos oferece mensalmente o acesso a alimentos orgânicos e artesanatos de qualidade em uma relação direta entre produtoras e consumidores.O evento, que é um espaço de fortalecimento da agroecologia e da economia solidária e feminista, pode deixar de existir por falta de apoio financeiro.

Para dar continuidade ao movimento, a rede de produtoras lançou uma campanha de financiamento coletivo que vai até o dia 22 deste mês. O objetivo inicial é arrecadar R$ 8.000 para a garantir a realização de quatro edições da Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres do Butantã no próximo ano. Caso a meta não seja atingida, o valor será devolvido aos doadores.

Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres no Butantã

Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres no Butantã tem se tornado um ponto de encontro, espaço de comercialização e lazer na capital paulista

Tainá Holanda, uma das coordenadoras do evento explica como os custos da feira estão relacionados à preocupação em tornar o espaço mais acessível tanto para às expositoras como para o público:

“Os custos incluem desde o transporte dos materiais da feira, como barracas, mesas e cadeiras, até o pagamento dos realizadores da aula de yoga, da roda de capoeira, da apresentação musical e das oficinas. Acreditamos que essa programação cultural gratuita e aberta ao público é parte importante da feira, através da qual buscamos fortalecer os circuitos da cultura popular em São Paulo e democratizar o acesso da população a atividades de lazer diversas.”

A Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres do Butantã é organizada por meio da gestão coletiva. Diferentemente de outros locais de exposição em São Paulo, não há cobrança de taxas para a participação. Cada expositora contribui com 10% do total de vendas. Em média, cada edição da feira tem um custo total de R$ 2.000.

Olivia Obri, uma das coordenadoras do evento, também ressalta como o espaço tem criado alternativas financeiras e de inclusão social para as mulheres que participam:

“A proposta da feira é alimentar um coletivo de mulheres que possa autogerir sua organização, seus acordos internos, sua viabilidade econômica. A partir disso, foram criados, coletivamente, critérios para a seleção das expositoras que prezem por uma diversidade não só de produtos, mas de mulheres, levando em conta aspectos como classe, raça, etnia e cultura, sem se descolar da proposta agroecológica da feira.”

Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres no Butantã

Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres no Butantã oferece mensalmente o acesso a alimentos orgânicos em uma relação direta entre produtoras e consumidores. Crédito da foto: Aguapé Produções.

Atualmente, a feira conta com expositoras que apresentam desde alimentos agroecológicos vindos direto do campo; a cosméticos naturais; artesanatos variados (bolsas em tecido, bonecas negras, brinquedos infantis, bordados); roupas; objetos para decoração, como artes em cerâmica e reciclado.

A organização do evento tem colocado em prática diversas estratégias de arrecadação de recursos financeiros em todas as edições, como a venda de rifas e bingos. No entanto, a rede de produtoras ainda não alcançou sustentabilidade econômica.

Holanda conta que o público vem crescendo, assim como o total de vendas. Dessa forma, ela destaca que a feira tem se fortalecido enquanto ponto de encontro, espaço de comercialização e lazer na capital paulista.

“Estamos certas que poderemos construir a viabilidade do projeto a longo prazo. E é por esse motivo que iniciamos a campanha de financiamento coletivo através da plataforma da Benfeitoria, em busca do recurso necessário para a realização das próximas 4 feiras de 2020. Ao longo desse tempo, buscaremos amplificar ainda mais nossas estratégias de captação de recursos, assim como buscar editais de financiamento que dialoguem com essa iniciativa.”

A Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres no Butantã acontece no Viveiro II do Butantã, através de uma parceria entre a Associação

Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres no Butantã

Aula gratuita de yoga, às 10h, sempre abre a programação da Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres no Butantã. Crédito: Associação Nacional Reggae – Portal RAS

Nacional Reggae – uma das entidades coordenadoras do evento – e a Prefeitura Regional do Butantã. O espaço público foi aberto para a feira em dezembro de 2017 e, desde então, vem proporcionando uma experiência especial para quem vive na capital paulista, pois acontece em uma área verde gramada, entre árvores, sem edificações.

Para contribuir com a campanha coletiva, clique no link: https://benfeitoria.com/feiraagroecologicabutanta?fbclid=IwAR0YS8fylSHXgpCOuYDksS6hh7qC2-_hGrVwQ7-6WyZw3TApcgoD68tm8QA

Última feira do ano promoverá arte, cultura e resistência

No próximo domingo, 15 de dezembro, acontece mais uma edição da Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres no Butantã. O evento será exatamente uma semana antes de finalizar a campanha de financiamento coletivo, que se encerra no dia 22/12.

Entre as atrações da programação, está o show de Forró Arrumadinho com Jamille Queiroz, Ju Flor e Naiara Perez, às 14h. O trio levará o melhor do ritmo nordestino, com muito pé de serra, zabumba, triângulo e sanfona.

As atividades culturais da feira começam às 10h com a aula aberta de yoga; em seguida, às 11h, acontece a oficina de plantio para as crianças, e, às 12h30, é a vez de aprender a fazer cadernos artesanais. No período da tarde, após o show de forró, às 15h30, rola a já tradicional roda de capoeira.

Oficina gratuita para crianças de massinhas naturais, realizada em setembro de 2019. Crédito da foto: Aguapé Produções.

Para os pequenos, ainda há o espaço da Ciranda dos Curumins, local onde acontece contação de histórias e também é usado para o brincar das crianças. A entrada na feira e participação nas oficinas são gratuitas.

A Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres no Butantã integra a Rede de Economia Solidária e Feminista (RESF), e também é uma iniciativa coorganizada pelo Núcleo de Economia Solidária da Universidade de São Paulo (NESOL – USP) e pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares daUSP (ITCP/USP).

 

 

 

Serviço:
Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres no Butantã
Próximo evento: dia 15/12 (domingo)
Local:
Rua José Álvares Maciel, na altura do nº 847, Butantã, São Paulo – SP.  Próximo a praça Elis Regina.
Horário: das 9h30 às 17h.
Entrada gratuita

Mais informações sobre a feira e o financiamento coletivo:

https://benfeitoria.com/feiraagroecologicabutanta?fbclid=IwAR0YS8fylSHXgpCOuYDksS6hh7qC2-_hGrVwQ7-6WyZw3TApcgoD68tm8QA

Agricultura Familiar

Brasil sofre com pandemia da Covid e pandemia da fome

É o Dia Mundial da Alimentação Saudável, mas o Brasil está prestes a voltar para o mapa da fome

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16 de outubro é o Dia Mundial da Alimentação Saudável e em todo o Brasil estão ocorrendo ações em defesa da soberania alimentar. A política de governo de Jair Bolsonaro, marcada pelo desmonte dos direitos dos trabalhadores, aumento histórico da taxa de desemprego e a não valorização da vida do povo têm contribuído diretamente para o aumento da fome entre os brasileiros.

Em Goiânia, o Fórum Goiano em Defesa dos Direitos da Democracia e da Soberania, Fórum que reúne diferentes movimentos sociais e entidades sindicais, distribuiu alimentos da agricultura familiar na movimentada Praça A, região central da capital, local onde fica um terminal de ônibus.

Foto: Alex Catira

Apesar de Jair Bolsonaro tentar se gabar pela produção de alimentos para 1 bilhão de pessoas durante discurso da ONU, o presidente não citou que a fome se alastra pelo Brasil. A insegurança alimentar é uma realidade desde 2017-2018 para 84,9 milhões de brasileiras/os (IBGE), sendo 10,3 milhões de pessoas residentes em domicílios com insegurança alimentar grave, ou seja, falta comida em casa com frequência. O número não leva em consideração os moradores em situação de rua.

Segundo a Central Única dos Trabalhadores de Goiás (CUT-GO), os alimentos da ação solidaria em Goiânia, durante o ato pela soberania alimentar, foram produzidos pelos assentados da Reforma Agrária ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e o Movimento Camponês Popular (MPC).

Foto: Jornalistas Livres

Conforme conta Jéssica Silva Brito, do Movimento Camponês Popular de Goiás, presente no ato em Goiânia, o fato de poucas empresas atuarem no controle dos preços dos alimentos, apesar de cerca de 70% da alimentação que chega na mesa dos brasileiros vir da agricultura familiar camponesa, é o monopólio criado pelas empresas que acaba por controlar os preços dos alimentos.

Segundo o IBGE, o arroz ficou quase 20% mais caro desde o início do ano, o preço do feijão subiu 32,6%, da abobrinha, 46,8%; e da cebola, 50,4%. O desemprego já atinge 13,7 milhões de pessoas.

Os pequenos produtores vêm sofrendo com fim das políticas públicas para o setor e o consequente aniquilamento dos programas que garantiam comida de qualidade e acessível na mesa do povo.

 “O estado deveria mediar, controlar o mercado, mas não o faz e ainda não tem investido na agricultura familiar camponesa”, explica. Ainda, com a pandemia, “os agricultores perderam cerca de 40% da sua renda, por conta do fechamento dos comércios e dos pontos de venda”, afirma.

Os dados do IBGE de 2018 sobre a fome no Brasil mostram que a pandemia da covid-19, apesar de acentuada no Brasil pela negligência do governo federal e muitos governos estaduais em enfrentar a crise sanitária, esta pode ser considerada o único vilão da pandemia da fome que se espalha pelo Brasil. O aumento no preço dos alimentos combinado com desemprego estão a refletir diretamente para este retrocesso enquanto Nação e o possível retorno do país para o Mapa da Fome.

Os avanços na erradicação da fome se deveram, no passado, à implantação de uma política de segurança alimentar e nutricional a partir de 2003, no primeiro governo Lula, com a aplicação de políticas públicas, com os aumentos do salário mínimo acima da inflação, com a geração de empregos e com a implementação do programa Fome Zero.

O trabalhador e sindicalista Mauro Rubem, importante liderança do estado de Goiás, afirma, em entrevista ao Jornalistas Livres, que o incentivo à plantação de monocultura que é dado no país é também o causador do flagelo da fome e lembra que está destruindo o meio-ambiente. “Esse modelo é destruidor da terra, é um modelo onde eles querem esgotar toda a riqueza natural, transformar a classe trabalhadora em escravos e jogar as pessoas em um conflito social sem tamanho”.

No próximo dia 15 de novembro, a população vai às urnas eleger os próximos parlamentares municipais, prefeitas e prefeitos. Ainda que a batalha por garantias de direitos plenos, como soberania alimentar, não se limite à disputa eleitoral, eleger candidatos comprometidos com a luta de classes cria condições para avançar rumo a este norte.

“A população tem que ser atenta ao processo eleitoral municipal de agora, porque as eleições para vereança e prefeitura criam caminhos para começar mudanças”, afirma Mauro Rubem.

https://www.instagram.com/p/CGaXWIIBQ11/

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Agricultura Familiar

Marmitas orgânicas da agricultura familiar beneficiam moradores em situação de rua

Campanha ‘Lute como quem cuida’ realiza entrega de 300 quentinhas da agricultura famil por dia em ação coletiva do MST e do MSTC

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Na cozinha do projeto, o trabalho é coletivo para preparar as marmitas da agricultura familiar - Arquivo Brigada Zilda Camargo Ramos

Uma rede de voluntários e militantes que atuam da produção ao preparo de alimentos orgânicos, saudáveis e da agricultura familiar tem feito a diferença na vida e na saúde de moradores em situação de rua e em condição de vulnerabilidade da cidade de São Paulo, por meio do projeto Lute como quem cuida. Elaborado e colocado em prática de maneira coletiva pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento Sem Teto do Centro (MSTC) de São Paulo, o projeto distribui aproximadamente 300 marmitas todos os dias há mais de três meses.

Por Nara Lacerda, do Brasil de Fato

A ideia é criar uma rede de solidariedade contínua, que atenda essas populações em um momento delicado, com a crise causada pelo coronavírus. A falta de recursos e trabalho pode agravar ainda mais a insegurança alimentar e nutricional. No Brasil, o acesso a alimentos cultivados sem veneno ainda é limitado. Em parte, pelo preço que as grandes redes varejistas praticam, mas também pela falta de incentivo à agricultura familiar.

A dirigente do MST no estado de São Paulo Daiane Ramos explica que a campanha teve início no âmbito da Brigada Estadual de Solidariedade Zilda Camargo, formada por militantes de diversos municípios, e cresceu com foco na coletividade. Segundo ela, a intenção é chegar à doação de 30 mil marmitas entre julho e agosto. 

CLIQUE AQUI PARA CONTRIBUIR COM A CAMPANHA

“Essa brigada está desde o dia 20 de abril participando desse trabalho intenso de solidariedade para a Rede Rua e o Prédio dos Imigrantes (que abriga pessoas de outros países em situação de vulnerabilidade). No fim ela se estendeu, na parceria com o MSTC. As organizações se unem por uma causa única, de trazer esse alimento saudável e orgânico para essas pessoas mais vulneráveis. Infelizmente, com a covid, vem aumentando esse número.” 

Mais que a simples doação dos produtos, o projeto tem cuidado especial com a garantia de que essas pessoas vão receber o melhor da produção orgânica do país. Todo o preparo – da higienização ao embalo – segue normas sanitárias criteriosas, que ficaram ainda mais rígidas com a pandemia. O cardápio é definido entre os militantes, mas leva em consideração também as sugestões de quem recebe as marmitas.

Moradores de rua do centro de São Paulo recebem os alimentos. / Arquivo Brigada Zilda Camargo Ramos

Os mais de 200 quilos semanais de arroz, por exemplo, vêm de assentamentos do Rio Grande do Sul, que hoje são os maiores produtores do grão na América Latina. A Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (Região Metropolitana de São Paulo), fornece as hortaliças e o pão. Assentamentos e acampamentos de outros municípios enviam em média por semana 90 quilos de feijão, 30 quilos de macarrão, 230 quilos de carne, 120 dúzias de ovos e 150 quilos de legumes.

O trabalho é totalmente coletivo e dividido. Cada voluntário tem a oportunidade de passar por diferentes etapas do processo, para ampliação da experiência e dos laços criados entre quem está na colheita e atrás do fogão e as pessoas que recebem os alimentos. Oscar do Nascimento Teles, militante do MST e morador do Assentamento Dom Tomás Balduíno, no Pontal do Paranapanema (SP), faz parte dessa rede. Ele relata o cuidado existente em todo o processo. 

“Os companheiros estão fazendo isso com muito amor e carinho, porque a gente viu a realidade na rua de quem tá recebendo o alimento. Você ver as pessoas na fila, erguendo as mãos para pegar aquela comida. Isso fortalece demais nosso trabalho na cozinha, em fazer isso com amor, carinho e preparar os alimentos com todo um protocolo de higiene e cuidado. Nessa grandeza que é São Paulo, é um pouquinho que a gente está fazendo, mas de grande proporção. A gente sabe da importância”, finaliza.

Pela “manutenção imediata da vida”, a iniciativa “Lute como quem cuida” convida a sociedade civil para também colaborar. As doações podem ser realizadas por meio do site da campanha na internet

Saiba mais: Quem é Carmen Silva, a líder dos sem-teto que a (in)Justiça quer prender
 

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Agricultura Familiar

Assentados de Gália pedem socorro

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Há pouco mais de sete anos, dezenas de famílias transformaram a terra improdutiva do fazendeiro José Ivan Cassaro, no município de Gália, no Centro-Oeste de São Paulo. A área foi reflorestada e hoje os moradores do assentamento Luiz Beltrame de Castro são responsáveis pelo abastecimento de inúmeros alimentos à população da região. Pois bem, depois do renascimento produtivo da área, o latifundiário cresceu o olho na terra e agora luta para tê-la de volta. E, pior, encontrou uma juíza que lhe deu ganho de causa. Por isso os assentados estão em luta para se manterem produzindo naquele pedaço de terra e, para isso, querem seu apoio. Pedem que você faça como o ator Marcos Palmeira e manifeste ao desembargador Hélio Nogueira seu apoio e solidariedade aos sem-terra que desejam se manter trabalhando no local ao lado de suas famílias.

As cartas solicitando a suspensão definitiva do despejo devem ser enviadas para o seguinte endereço, podendo usar o texto apresentado abaixo:
Gabinete do Desembargador Federal Hélio Nogueira: gab12410@trf3.jus.br

Nós , ________, vimos através deste, solicitar justiça às famílias assentadas do assentamento Luiz Beltrame de Castro, no município de Gália, estado de São Paulo.
A área onde estão morando, produzindo e contribuindo com a economia da região e contribuindo também para a melhoria dos hábitos alimentares das pessoas que consomem seus produtos, recebeu a classificação de terra improdutiva pelo Incra há sete anos atrás.
Uma vez assentadas, as famílias reflorestaram a área transformando-a em belíssimos pomares. Tal atitude trouxe ganhos ambientais incalculáveis para a região. Através do suor derramado de seus rostos, a terra se tornou produtiva. De lá saem mandioca, banana, feijão, doces, geleias, legumes , hortaliças, temperos, queijo, ovos e leite pra alimentar as cidades do entorno. As famílias assentadas conquistaram sonhos, entre eles, o da casa própria. Casa essa que de forma cúmplice guarda os segredos do futuro pensado durante um almoço, jantar ou durante um cafezinho às pressas. Esses sonhos dizem respeito ao aumento da roça, do plantel de galinhas ou porcos, melhorar a alimentação do gado e obter um leite melhor. Nesse processo não existem motivos inconfessos a não ser o de trabalhar mais e mais para contribuir com o desenvolvimento do país alimentando a parte que lhes cabe nessa imensa nação. Portanto, é imensamente injusto ceifar essas vidas, retirando-as das terras que essas famílias fizeram renascer. É um plano de muito mau gosto devolver a terra ao senhor José Ivan Cassaro, que inclusive na época da desapropriação alegou não produzir pois a terra não prestava.

Pois bem, esses trabalhadores que lutaram pra conquistar terra, transformaram a improdutividade num espaço pulsante de vida. A partir da terra nua transformaram-na num organismo com vida, com árvores que já estão produzindo frutos e, principalmente cumprindo a função social da terra: colaborar com a economia da região, aumentar o emprego e produzir alimentos. Isso por si só já lhes garante o direito de permanecer na terra, que por um gesto arbitrário de uma juíza, deu ganho de causa ao latifundiário.
Solicitamos que analise esse processo à luz das leis, da Constituição Federal e dos interesses difusos de forma a restabelecer a credibilidade do sistema Judiciário. Sem mais para o momento, subscrevemos.

O desembargador responsável em julgar o processo do assentamento Luiz Beltrame no TRF-3 é o juiz Hélio Nogueira.

 

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