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Brasília

R.I.P Ministério da Cultura

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Em sua página no Facebook, o secretário-executivo do Ministério da Cultura, João Brant, publicou um balanço das ações que vinham sendo conduzidas pela pasta nos últimos meses. Brant fazia parte da equipe desde fevereiro de 2015, e demonstra bastante preocupação com a continuidade das políticas públicas construídas até agora para o setor.

Eis que se dá o fim de um ciclo, a partir de um golpe político (mal) travestido de ação legal. Muita coisa pra dizer, mas neste momento faço um registro. Nos últimos 15 dias, o Ministério da Cultura arrematou vários processos que vinha conduzindo nos últimos meses. Aqui vai a parte principal:

  • Políticas de Estado para a Música – políticas para a economia da música, com R$ 100 milhões em crédito via FAT (com o Ministério do Trabalho)
  • IN Direitos Autorais no Digital – garantindo a gestão coletiva no digital, de forma que os players internacionais como Apple, Spotify etc. remunerem os autores brasileiros de forma justa
  • IN Direitos Autorais Audiovisual – para garantir que as produções audiovisuais reconheçam e remunerem adequadamente os autores e artistas musicais
  • Consolidação e apresentação das propostas do MinC para o ProCultura, que pode substituir a Lei Rouanet
  • Filhos do Brasil – lançamento da campanha da Palmares contra intolerância religiosa
  • Participação direta nos textos finais dos decretos de regulamentação do Marco Civil da Internet, Patrimônio Genético e do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil
  • Cinemateca Brasileira – lançamento de edital para qualificação de OS para a Cinemateca, regularização de oito acervos históricos (Glauber Rocha, Canal 100, Atlântida, entre outros)
  • Lançamento da TEIA – encontro nacional dos pontos de cultura
  • acordo com o Banco do Brasil na área de museus
  • Posse dos colegiados do Conselho Nacional de Políticas Culturais
  • Consolidação e apresentação do Programa de Cultura das Olimpíadas, e formalização da equipe de direção responsável
  • Lançamento da Biblioteca Digital Luso Brasileira, iniciativa da Biblioteca Nacional
  • Consolidação parcial da nova Política Nacional das Artes
  • Lançamento do Programa Nacional Formação Artística e Cultural
  • Novas regras para o Vale Cultura
  • Acordos de Cooperação Técnica com MEC (consolidando a parceria na área de cultura e educação), MJ (com um programa de formação artística voltado ao sistema prisional) e CGU (para ampliar ações de transparência)
  • Várias ações voltadas para a simplificação, desburocratização e descriminalização das entidades culturais:
  • Novas regras para os pontos de cultura (nova IN Cultura Viva)
  • Novas regras para a análise de prestação de contas na Rouanet, inclusive do passivo de 12 mil processos.
  • reavaliação do passivo de convênios a partir das regras de desburocratização do MROSC

Saímos de cabeça erguida, mas com a revolta de quem assiste ao trabalho de uma Presidenta eleita ser interrompido por um golpe político. Seguiremos na trincheira da área cultural, na resistência pela continuidade do Ministério da Cultura e pelo seguimento das políticas públicas do setor. Ainda quero escrever um textinho de balanço e agradecimento, mas não posso deixar de agradecer de cara a confiança e o apoio total recebidos do ministro Juca Ferreira. Vai ter luta, estejamos juntos. João Brant, secretário-executivo do Ministério da Cultura.

Brasília - O ministro da Cultura, Juca Ferreira lança a campanha Filhos do Brasil, contra a intolerância religiosa (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Brasília – O ministro da Cultura, Juca Ferreira lança a campanha Filhos do Brasil, contra a intolerância religiosa (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Ato ecumênico em Brasília em protesto à marca de 50 mil mortes por covid-19 no Brasil

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Texto e fotos: Matheus Alves
O Brasil chegou na última semana ao triste número de 50 mil mortos.

O país chora e, com aquele aperto no peito, grita por justiça, dignidade e o nobre ato do luto. Em um desses gritos, dezenas de pessoas correram para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília e ocuparam, com mil cruzes, a Alameda dos Estados — que faz frente ao Congresso Nacional.

O choro se instala e sem querer se prende à garganta que dói cansada. O respiro perde o compasso. A boca seca. O tremor vem, a lágrima cai.

A sensação de perder um ente querido tão de repente é, sem dúvida, uma das piores demonstrações vitais que o corpo humano pode dar e, bastasse isso, ainda há a infeliz necessidade de assistir aos atos genocidas de um Presidente da República que nega a gravidade da maior crise sanitária da história.

Por mais que tentem explicar, o luto e a luta são as únicas formas de expressar o que é sentir falta de quem não está mais entre nós.

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Brasília

Racistas, fascistas, não passarão!

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Em um lado da Esplanada dos Ministérios, um ato em defesa da democracia, contra o racismo e o fascismo. No outro, a marcha do ódio e antidemocrática dos bolsonaristas defendendo o mesmo de sempre: fechamento do STF, intervenção militar, morte aos comunistas, maconheiros e outros absurdos.

Houve muita provocação verbal dos dois lados, mas apenas os bolsonaristas tentaram criar um embate físico, ao cruzarem a barreira policial no gramado central, para correr entre os manifestantes antifa. A polícia? Parecia mais preocupada em intimidar aqueles que defendem a democracia. Mas a resposta dos que lutam contra o racismo e o fascismo foi linda: muito grito de luta, um ato cheio de emoção e sem violência, como era esperado.

Confira a galeria de imagens da cobertura dos Jornalistas Lives em Brasília

Galeria 1- Fotos: Leonardo Milano / Jornalistas Livres

 

Galeria 2- Fotos: Matheus Alves

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Brasília

Agora com a ajuda do genro de Silvio Santos, brasileiros são levados ao matadouro

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A muvuca que o vírus gosta: Doria "libera" comércio para a Covid-19

Por Ricardo Melo*

O Brasil está no fundo do poço. Não pretendia gastar muito tempo com Bolsonaro, um facínora orgulhoso de sua condição.

Mas não pode passar sem registro seu ato mais recente: criar um ministério para o genro de Silvio Santos, o tal Fabio Faria.

Para quem não se lembra, Fabio Faria é aquele mesmo, deputado pilhado pagando passagens com verba parlamentar para namoradas como Adriane Galisteu e família.

Membro do tal centrão, agora “colega de trabalho” do sogro decrépito e capacho de qualquer governo, Fabio Faria une o inútil ao desagradável aos olhos do povo: engrossa a gangue do capitão no Congresso e fortalece os laços com o dono de uma emissora já conhecida como Sistema Bolsonaro de Televisão. Sim, o SBT, que entrou para a história ao tirar do ar um telejornal de horário nobre para não se indispor com seu patrão do Planalto.

A patiFaria corre solta.

Falemos dos governadores e prefeitos que tentaram posar de equilibrados de olho em dividendos eleitorais.

Não durou muito tempo. Um exemplo. João Dória, o Bolsodória, e seu assecla Bruno Covas vinham fazendo discursos ¨humanitários” até outro dia. Seu repertório esgotou-se tão rápido quanto sua sinceridade.

São Paulo, assim como o Brasil, vive um momento de ascenso da pandemia. O número de vítimas cresce sem parar. Qualquer aspirante a médico sabe que é hora de reforçar as poucas medidas de defesa à disposição. A única à mão enquanto não se descobre uma vacina é manter as pessoas isoladas e dar a elas condições de sobreviver.

O que faz Bolsodória? O contrário. Libera geral. Manda abrir tudo obedecendo ao comando de seus tubarões do Lide de sempre. As fotos estampadas nas redes mostram multidões circulando pelas ruas indefesas diante do apetite do coronavírus e dos senhores das bolsas de valores.

No Rio, a mesma coisa. Assim como Bolsodória, Witzel segue na prática os mantras de quem o elegeu: “E daí”. Ou: “todos vão morrer mesmo. É o destino”. Enquanto isso, faz o que parecia inacreditável. Alimenta uma máquina de corrupção à custa do sofrimento de milhares de brasileiros. Contrata a construção de hospitais a preços hiper super faturados que nunca saíram do papel. Assim acontece em vários outros estados. “Governantes” valem-se da morte do povo para engordar seus cofres particulares.

Tentei evitar, mas tenho que falar de Bolsonaro novamente. Depois de tentar esconder as mortes e roubar o Bolsa Família, ele e seu capanga preferido, Paulo Guedes, estudam ampliar o prazo da esmola aos desvalidos. Como? Em vez dos trocados de 600 reais que até hoje não chegaram a milhões que morrem de fome, fala-se em… 300 reais!! Faça vc mesmo os cálculos para ver o tamanho do disparate.

O destino dos países, mais do que nunca, depende da juventude, do povo trabalhador e de governantes responsáveis (a esse respeito, pesquisem no google o nome Jacinda Ardern, da Nova Zelândia. uma sugestão: https://www.brasil247.com/oasis/jacinda-ardern-quando-a-coragem-restaura-a-politica).

Chega. Não, não pague as dívidas, apenas as indispensáveis que podem te deixar sem luz, água, gás. Peça ajuda aos poucos advogados honestos, cada vez mais raros, é verdade. Procure a parte sadia da OAB. Recorra às organizações populares, aos sindicatos ainda dignos deste nome e, sobretudo, aos coletivos de jornalistas que se libertaram da mídia oficial. Ignore o palavrório dos políticos cínicos, hipócritas e ladrões, seja qual for o partido. E, se puder, fique em casa.

O Brasil depende dos brasileiros dignos desse nome.

 

*Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.

 

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