O início da tarde desta segunda-feira teve momentos de batalha campal quando policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar atacaram indefesas servidoras da educação infantil em greve, no centro de Belo Horizonte. Elas realizavam manifestação de protesto em frente à prefeitura quando foram surpreendidas por jatos d’água e bombas de efeito moral.
Professoras e demais servidores reivindicam o cumprimento da promessa do prefeito Alexandre Kalil (PHS) de equipar as carreiras da educação. “Hoje, um professor da rede infantil recebe R$ 1.400, enquanto o do ensino fundamental ganha R$ 2.200. Queremos que ele cumpra o compromisso assumido”, disse Wanderson Rocha, diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede-BH). A categoria pretende permanecer em greve até o dia 3 de maio.
Em maio de 1979, durante greve de 41 dias das professoras da rede estadual de ensino, o governador Francelino Pereira ficou famoso por ter permitido que a PM jogasse água nas professoras, durante manifestação na Praça da Liberdade. No ano seguinte houve nova greve, quando vários professoras e professores foram presos, dentre eles Luiz Dulce, que liderava o movimento e veio a se tornar secretário particular do presidente Lula.
Veja as imagens de Manuela Lima
Uma resposta
Minha filha tem 8 anos. Me recordo poucos anos atras, antes do ensino fundamental, na educação infantil, ela chamava suas professoras de tias.
Deixado a elas a responsabilidade de cuidar, mesmo que por algumas horas, da preciosidade maior de alguém: seus filhos. Cuidadores de nossas joias.
Mesmo que não tivessem razão
Mesmo que estivessem errado
Mesmo que pedissem um absurdo… Não lhe cabem.
Não lhe cabem bombas de gás para quem chorem, bombas de efeito moral para que se assustem e saiam correndo, jatos d’água para que se afastem, que sessem…
Não cabe…
A elas, cabe apenas o nosso melhor, nossa gratidão, beijos nas mãos, um abraço apertado.
Não entendo, que frutos eles querem?…
#OptePeloAmor