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Greve Geral

Povo vai às ruas contra as reformas em todo o Paraná

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Texto e fotos por Gibran Mendes.

Agências bancárias, fábricas, escolas, refinarias e outros postos de trabalho amanheceram sem funcionários nesta sexta-feira (30) em Curitiba. A Greve Geral convocada pelas centrais sindicais também levou mais de 5 mil pessoas em um grande ato realizado em Curitiba.

No interior do Estado também aconteceram diversas manifestações, como em Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa e Umuarama, por exemplo. Este é o reflexo das propostas de reforma da previdência e trabalhista que vão acabar com a aposentadoria e os direitos trabalhistas no Brasil.

“Estamos diante de um cenário que não há outro caminho que não fazer a luta. São reformas que tiram direitos, sim. São projetos que levarão o Brasil a voltar décadas, um retrocesso imaginável. Nossa única opção é fazer esse enfrentamento e pressionar diretamente os deputados e senadores”, afirmou a presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz.

Ela ainda lembrou que a central lançou o site “Na Pressão” com o intuito de facilitar o contato direto entre a população e os legisladores. “É mais uma ferramenta que está à disposição da classe trabalhadora com o objetivo de lutar contra estes retrocessos. É possível fazer o contato direto com cada parlamentar para mostrar que não vamos aceitar essas propostas que estão tramitando no Congresso Nacional”, completou.

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Lutas locais – No Paraná, os servidores públicos estaduais e de Curitiba também tinham outros motivos para protestarem. Ambas as categorias estão sofrendo com administrações que privilegiam a retirada de direitos em detrimento de outras políticas públicas.

“Unimos as pautas porque estamos vivendo um ataque contra os direitos em Curitiba, mas também a nível nacional. As reformas da previdência e trabalhista nos atinge também. Não só em nome da solidariedade de classe, mas também em nome das políticas públicas. Certamente fará com que a classe trabalhadora dependa ainda mais destes serviços públicos que estão sendo negadas em todas as esferas”, explica a coordenadora-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (SISMUC), Irene Rodrigues.

Durante a semana que passou, a Câmara de Vereadores, em uma votação às escondidas longe da sede do legislativo municipal, aprovou o chamado “Pacotaço” do prefeito Rafael Greca. Os projetos de lei trazem retrocessos no plano de carreira, na previdência e uma série de outros direitos da categoria.

No plano estadual os servidores há tempo sofrem com problemas relacionados ao governador Beto Richa. A secretária de finanças da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, destacou esse histórico. “Estamos fazendo luta intensa no estado contra as mentiras do Beto Richa que mostra na televisão um Paraná maravilhoso, gastando ainda mais com propaganda, mas que não atinge de fato os direitos dos servidores públicos do Paraná. No caso da educação foi a retirada das horas atividade, impedimento de professores que ficaram doentes pudessem assumir aulas, um absurdo, e também a nossa data-base. Já são 15 meses sem reposição salarial, mais de 30 mil aposentados que tem os menores salários do estado sem reajuste”, enumerou.

Desafios – O dirigente da Confederação Sindical das Américas, Rafael Freire, acredita que o desafio agora é ampliar o diálogo com a população. “A mensagem central que estamos desafiados é explicar para a população o que significa a reforma trabalhista. Na previdência conseguimos. O risco é de nós voltarmos a padrões trabalhistas do século XIX. Esse é o desafio central que temos hoje”, avaliou.

Na mesma linha o representante do coletivo Advogados pela Democracia, Nasser Allan, criticou duramente a Reforma Trabalhista. “Essa reforma trabalhista é o maior processo de concentração de renda da história do País. Precisamos entender que País desejamos, qual é o modelo de sociedade que queremos. Esta é a discussão. Desejamos um país excludente? Pois é esse país que veremos com a reforma trabalhista. Concentração de renda não mão dos gra ndes empresários e do sistema financeiro”, projetou.

Interior – Em Foz do Iguaçu a mobilização foi realizada em frente ao Banco do Brasil, no calçadão do Centro da cidade. Em Ponta Grossa, Londrina e Cascavel, manifestações também foram realizadas durante a manhã desta sexta-feira.

A rodovia do Xisto, em Araucária, foi paralisada nas primeiras horas da manhã. A Refinaria Getúlio Vargas, localizada na cidade, também foi fechada pelos petroleiros. Outras cidades como General Carneiro e Umuarama também realizaram mobilizações.

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3 Comments

3 Comments

  1. Pingback: Povo vai às ruas contra as reformas em todo o Paraná | Jornalistas Livres | BRASIL S.A

  2. Helena Correa

    30/06/17 at 23:03

    PARABÉNS AOS JORNALISTAS LIVRES PELA COBERTURA..PORQUE A GRANDE MÍDIA NÃO SE INTERESSA EM DIVULGAR OS ANSEIOS DO POVO.

  3. Pingback: Povo vai às ruas contra as reformas em todo o Paraná – bita brasil

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#EleNão

Sem papas na língua. Juliano Medeiros no Dialogando de hoje

Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? Tudo isso e um pouco mais, sem papas na língua, como diz o Pastor Fábio. Vem!

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Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? No Programa Dialogando desse domingo (26/07), 18h, o Pastor Fábio recebe Juliano Medeiros, presidente do PSOL para um papo sobre eleições e aprendizados da pandemia que passa por uma das fases mais críticas do momento, onde prefeituras e governos de vários Estados do país programam reabertura de mais uma parcela considerável de setores, enquanto isso, a mídia normaliza as curvas ascendentes do número de infectados pelo Coronavírus.

Outra pergunta que precisa ser respondida é qual é o sentido das eleições serem realizadas ainda neste ano? Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? Tudo isso e um pouco mais, sem papas na língua, como diz o Pastor Fábio. Vem!

Assista, compartilhe. comente e mande perguntas no Facebook.

Juliano Medeiros é um jovem dirigente político da esquerda brasileira e desde janeiro de 2018 ocupa a presidência do Partido Socialismo e Liberdade. Historiador e Mestre em História pela Universidade de Brasília, é Doutor em Ciências Políticas pela mesma instituição.

Co-autor e organizador de Um Mundo a Ganhar e Outros Ensaios (Multifoco, 2013), Um Partido Necessário – 10 anos do PSOL (Fundação Lauro Campos, 2015) e Cinco Mil Dias: o Brasil na era do lulismo (Boitempo, 2017), colabora com sites, jornais e revistas no Brasil e exterior.[2]

Em 2018 coordenou a campanha de Guilherme Boulos à Presidência da República pelo PSOL[3] e, no segundo turno, após decisão do partido, passou a integrar a coordenação da campanha de Fernando Haddad[4]. Desde a vitória de Jair Bolsonaro, participa do Fórum dos Presidentes de Partidos de Oposição[5].

Durante mais de uma década Juliano Medeiros foi dirigente da corrente interna Ação Popular Socialista – Corrente Comunista do PSOL. Em Junho de 2019, a APS-CC se fundiu com o Coletivo Rosa Zumbi e mais oito coletivos regionais para fundar a Primavera Socialista, atualmente maior tendência do PSOL, da qual Juliano também é dirigente.[6]

Fábio Bezerril Cardoso é Pastor, cientista social, ativista social e Cofundador & Coordenador da Escola Comum e atualmente apresenta o Programa Dialogando, todos os domingos, às 18h. É um dos pastores progressistas que têm lutado pela defesa dos povos periféricos e costuma não ter papas na língua para falar sobre a realidade desses lugares. A produção é de Katia Passos, com arte de Sato do Brasil.

Conheça mais sobre a atuação do Pastor Fábio https://www.facebook.com/fabio.bezerrilhttps://www.facebook.com/fabio.bezerril

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#EleNão

EDITORIAL – HOJE É DIA DE LUTO! PERDEMOS O MENINO GABRIEL

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Gabriel e Lula: aniversário no mesmo dia: 27/10

Gabriel e Lula: aniversário no mesmo dia: 27/10

Gabriel e Lula: aniversário no mesmo dia: 27/10

Perdemos um camarada valoroso, um menino negro encantador de feras, um sorriso no meio das bombas e da violência policial, um guerreiro gentil que defendeu com unhas e dentes a Democracia, a presidenta Dilma Rousseff durante todo o processo de impeachment, e o povo brasileiro negro e pobre e periférico, como ele.

Gabriel Rodrigues dos Santos era onipresente. Esteve em Brasília, na frente do Congresso durante o golpe, em São Paulo, nas manifestações dos estudantes secundaristas; em Curitiba, acampando em defesa da libertação do Lula. Na greve geral, nas passeatas, nos atos, nos encontros…

O Gabriel aparecia sempre. Forte, altivo, sorrindo. Como um anjo. Anjo Gabriel, o mensageiro de Deus

Estamos tristes porque ele se foi hoje, no Incor de São Paulo, depois de um sofrimento intenso e longo. Durante três meses Gabriel enfrentou uma infecção pulmonar que acabou levando-o à morte.

Estamos tristíssimos, mas precisamos manter em nossos corações a lembrança desse menino que esteve conosco durante pouco tempo, mas o suficiente para nos enriquecer com todos os seus dons.

Enquanto os Jornalistas Livres estiverem vivos, e cada um dos que o conheceram viver, o Gabriel não morrerá.

Porque os exemplos que ele deixou estarão em nossos atos e pensamentos.

Obrigada, querido companheiro!

Tentaremos, neste infeliz momento de Necropolítica, estar à altura do Amor à Vida que você nos deixou.

 

 

Leia mais sobre quem foi o Gabriel nesta linda reportagem do Anderson Bahia, dos Jornalistas Livres

 

Grande personagem da nossa história: Gabriel, um brasileiro

 

 

 

 

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Belo Horizonte

HOSPITAL DESMENTE INTOXICAÇÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO

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 Na última segunda-feira, 17, veio a óbito Edi Alves Guimarães, uma mulher de 53 anos, que passou mal e sofreu uma parada cardiorrespiratória a caminho do Hospital Risoleta Neves em Belo Horizonte, na manhã de sexta-feira, 14, quando foi socorrida por Policiais Militares. Segundo a assessoria do hospital, ela sofreu morte encefálica às 14h30 e o corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).

 O fato ocorreu simultaneamente a um protesto na Avenida Antônio Carlos, reprimido com bombas de gás lacrimogêneo pela polícia e que durou cerca de 10 minutos. O trânsito também foi rapidamente desviado, orientando os carros a saírem pelas ruas perpendiculares à Avenida, como a Rua Leopoldino dos Passos no bairro São José. O ato fazia parte de um grande dia de paralisação nacional em que milhares saíram às ruas em defesa da previdência social e da educação pública, contrariando a política de Reforma da Previdência e cortes de investimentos na Educação promovidas pelo governo Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas no palco, multidão, árvore, céu e atividades ao ar livre

Avenida Afonso Pena – BH 14/04 – Foto: Maxwell Vilela

 

 No primeiro momento as grandes mídias relataram que o falecimento foi causado pela inalação de fumaça tóxica dos pneus que bloquearam a via. Em entrevista à Rede Globo Minas o Tenente Cel Bruno Assunção confirma a versão que Edi foi levada ao Hospital Risoleta Tolentino Neves apresentando sinais de parada cardiorrespiratória. Ao chegar no pronto-socorro, a paciente foi levada para os procedimentos de reanimação na manhã do último dia 14 e que veio a óbito dois dias depois. O hospital comunicou a morte encefálica da paciente na tarde de segunda sem liberar detalhes clínicos relacionando a causa da morte a inalação de fumaça. Contudo, muitas reportagens ainda publicaram postagens afirmando a relação da morte com a inalação da fumaça da queima de pneus, o que foi desmentido ontem através de um comunicado oficial do Hospital Risoleta Tolentino Neves.  

 Ainda de acordo com nota divulgada pela assessoria de comunicação do hospital na tarde da terça-feira, 18, os exames realizados não evidenciam intoxicação por monóxido de carbono. O óbito está associado a doença cardíaca e neurológica como pode ser visto na nota na íntegra abaixo. A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso que segue em andamento e até o momento as investigações são conduzidas pelo delegado da 3ª Delegacia de Polícia Civil Noroeste, Weser Francisco Ferreira Neto.

Nota sobre o atendimento da paciente Edi Alves Guimarães

O Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN) informa e lamenta o falecimento da senhora Edi Alves Guimarães, esclarecendo que a paciente foi atendida do dia 14/06/2019 ao dia 17/06/2019, quando evoluiu para o óbito. Durante a internação, o Hospital realizou todos os procedimentos necessários visando à sua recuperação. O HRTN ressalta que os exames realizados não evidenciaram intoxicação por monóxido de carbono, estando o óbito associado à doença cardíaca e neurológica.

Assessoria de Comunicação do HRTN

 O que fica sobre esses episódios além da dor da família, conhecidos e do lamento dos envolvidos na necessária mobilização do 14J em todo o Brasil é a emergência da situação frágil que vivemos em relação às mobilizações vindas da classe trabalhadora e estudantil em vistas das ameaças de criminalização dos movimentos sociais. Neste contexto se faz cada vez mais precisa a luta por um jornalismo aprofundado e plural que possa trabalhar em prol da visibilização de diversas perspetivas existentes em acontecimentos políticos como os da Greve Geral.

 

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