‘Novo Recife gerou prejuízo de no mínimo 10 milhões de reais’ afirma delegada da PF

Texto por Rodrigo Pires para Jornalistas Livres

No dia 30 de setembro, a Polícia Federal de Pernambuco deflagrou a operação “Lance Final” para apurar irregularidades no leilão do terreno do Cais José Estelita, em 2008. O Consórcio Novo Recife teria arrematado por um valor inferior ao valor de mercado. Segundo a delegada Andréa Pinho, o prejuízo aos cofres públicos é de “no mínimo” R$ 10 Milhões.

O Consórcio Novo Recife, formado por quatro empresas — Moura Dubeux, Queiroz Galvão, GL Empreendimentos e Ara Empreendimentos — afirmou por meio de nota que o leilão já havia sido exaustivamente examinado em várias instâncias judiciais e não haviam sido encontradas irregularidades.

O leilão aponta diversas irregularidades, segundo a PF. Edital e leilão sem números, ausência de publicidade, prazos não respeitados, concorrência manipulada, entre outros. Com isso a delegada diz que já existem provas suficientes de cometimento do crime. Assista a entrevista completa:

Andrea diz que os próximos passos serão identificar os autores do crime de direcionamento da licitação, já consolidado nos autos e tentar identificar nos elementos colhidos se há mais algum crime — corrupção, tráfico de influência ou alguma outra prática criminosa.

O terreno em discussão compreende uma área de 10,1 hectares e abriga antigos galpões, estações ferroviárias e a segunda linha de trem mais antiga do Brasil. O projeto é alvo de polêmica e ganhou o mundo com o Movimento Ocupe Estelita, formado por ativistas que são contrários ao projetos de construção de prédios no local.

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