Por MAMA (Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia)
Nós,
Mulheres indígenas, pescadoras, extrativistas, negras, parteiras tradicionais, quebradeiras de Coco, coletoras, marisqueiras de matriz africana do campo da floresta das águas e das cidades e todas as organizações integrantes dos nove Estados da Amazônia Legal Brasileira, viemos a público manifestar nosso *Repúdio* e *Indignação* contra a barbárie ocorrida no dia 27/7 no município de Pedra Branca no Amapá.
Mais uma grave violação dos Direitos, mais um atentado à vida dos povos indígenas que habitam a região Amazônica. Um verdadeiro genocídio que dizimou uma liderança indígena da etnia , sendo estes, os verdadeiros guardiões da floresta e de seus territórios.
Na manhã do dia 27 de Julho, foram surpreendidos e atacados por um grupo de garimpeiros fortemente armados que promoveu a invasão das terras indígenas que já são demarcadas. Denunciamos e exigimos a identificação e a punição dos agressores e invasores, considerando que tal conduta se enquadra na violação de direitos humanos, no descumprimento da Constituição Federal, da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, na Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas e na Declaração dos Estados Americanos sobre os Direitos dos povos indígenas.
Tais direitos têm sido amplamente reafirmados em jurisprudências internacionais, o que nos leva a exigir o cumprimento imediato da legislação para coibir os atentados a vida dos povos da floresta! Nesse sentindo, reafirmando direitos, cidadania e valores humanos à vida dos povos indígenas, viemos externar nosso respeito e solidariedade aos povos originários.
*Sangue indígena nenhuma gota a mais!*
*Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia*
*MAMA*
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