Movimentos Populares fecham vias e rodovias contra o golpe

Av. Cupecê. São Paulo/capital. Foto: Mídia NINJA

Larissa Gould, do Barão de Itararé, especial par os Jornalistas Livres.

Na manhã desta sexta-feira (15), movimentos populares e sindical, do campo e da cidade, realizaram ações em vias e rodovias de todo o país em favor da democracia e para denunciar a tentativa de golpe em curso no Brasil. “Não vai ter golpe, vai ter luta” gritaram milhares de pessoas durante as intervenções.

Em São Paulo, capital, aproximadamente 5 avenidas foram fechadas: as Avenidas Cupecê e Vergueiro, Zona Sul, Av. Ipiranga/Av. São João e Rua da Consolação, Centro, Marginal Tietê e Ponte das Bandeiras. As Rodovias Imigrantes, na Altura de Diadema/SP, e Washington Luiz, em São Carlos, Anhanguera (altura de Ribeirão Preto), Marechal Rondon (Andradina), Dutra (no Vale do Paraíba) e Praça de pedágio na divisa dos Estados PR e SP também foram fechadas em protesto.

No Paraná, o MST – Movimento dos Trabalhadores sem Terra, bloquearam rodovias por Reforma Agrária e pela Democracia.  Acampados e assentados da Reforma Agrária, trancaram rodovias estaduais e federais e liberam pedágios em Curitiba, Cascavel, São Miguel do Iguaçu, Londrina e Maringá. De acordo com balanço do MST, a Jornada Nacional de Lutas mobiliza 62 mil Sem Terra em 18 estados do país, sendo eles: Paraná, Alagoas, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Pará, Distrito Federal, Mato Grosso, Sergipe, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Santa Catarina, Ceará e Rio Grande do Norte.

Na Bahia, trabalhadores da Limpeza do SINDILIMP, trabalhadores do setor previdenciário, da Estação Porajá e petroleiros cruzaram os braços contra o golpe em um dia de paralisação. Também foram fechadas a BR-324, o Trevo da Resistência e a Via Parafuso, acesso ao Pólo Petroquímico de Camaçari.

Em Minas Gerais, a BR 116, km 406, em Governador Valadares foi fechada por assentados do MST. O movimento, junto ao MSTB, também fechou a BR 050, em Uberlândia. As ações fazem parte da Jornada Nacional do Abril Vermelho, em defesa da democracia.

Raimundo Bonfim, da coordenação nacional da Frente Brasil Popular, explicou que as ações de trancaço das vias e rodovias foram rápidas, de 15 min à 1h em média, e simultâneas. “É uma amostra do que vai acontecer com o país se eles insistirem com esse golpe. É um esquenta para domingo”.

Veja a íntegra da entrevista:

Domingo (17) será realizada na Câmara dos Deputados a votação para a abertura do Processo de Impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), o pedido, no entanto, não possui bases legais e é considerado um golpe pelos movimentos sociais.

Até lá, as entidades populares e sindicatos estarão nas ruas para denunciar a tentativa de golpe e defender a democracia. Amanhã, sábado (16), serão realizados atos em todo o país. Em São Paulo, brigadas populares realizarão ações de panfletagem, principalmente na periferia da capital. Também será realizado um Carnavato, protesto puxado pelos blocos de carnaval paulistanos em defesa da democracia, a partir das 15h na Praça do Patriarca, centro.

Domingo (17), as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo convocam grandes atos, também em defesa da democracia, que serão realizados em todo o país. Para saber o calendário de ações acesse: frentebrasilpopular.com.br.

*Até o fim desta edição as direções estaduais da Frente Brasil Popular ainda não haviam fechado o balanço de todas as ações no território nacional.

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