A mão invisível do Estado cuida mesmo é de quem?

A mão era minha, era uma que seguraria. Vitor perdeu a mão, João perdeu o filho, José perdeu a terra. Terra que perde a vida, vida que vale nada. O que são dez no meio nada?

Perde o povo brasileiro, lhe tomam os poucos direitos. Perde o que reclama, mas perde também o que aclama a violência.

Perdemos a paciência? Quando os outros perderão a covardia? Se perdem em seus preconceitos não vêm o que está ali a luz dia. Atiraram num senhor, retiraram todos seus direitos, do repórter ao doutor só indiferença, mas o que não tiraram deste homem foi a resiliência.

O Brasil é que perdeu a mão de somar na resistência. Ninguém gosta de ser roubado, mas o direito é assistência? Aí pode ser usurpado pelo vampiro que do dinheiro tem anuência.

Há quem perca a fé, que perca a razão. Há quem perca a empatia pelo irmão. Se solidarizar para que? Ele é tão diferente de mim e de você.

A mão invisível do Estado cuida mesmo é de quem?

 

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