Primeiro Parente dirigiu o apagão da luz e agora dos combustíveis, mas o mercado ainda quer que ele continue a política que vende o patrimônio público a preço de bana, como o caso da rede de gasodutos, e faz com que com estes aumentos absurdos dos preços piore muito a vida dos brasileiros.
E o mercado insite em dar a ele uma terceira chance, mas o povo está cansado deste governo do MDB, PSDB e DEM.
Temos uma certeza: A gestão Pedro Parente é o apagão do Brasil.
Veja a matéria na integra:
Mesmo tendo sido responsável por dois apagões no Brasil – o da energia elétrica, em 2001, e o do desabastecimento gerado pela alta desenfreada dos preços dos combustíveis – o presidente da Petrobrás ainda pensa que pode convencer os trabalhadores e a sociedade de suas “boas intenções”.
Por mais que ele o governo a que serve queiram concretizar o projeto de privatização da petrolífera brasileira, a Petrobrás ainda é uma empresa pública. Ficou claro para a população que a escalada dos preços dos combustíveis a níveis jamais vistos no país é consequência de uma política de gestão voltada unicamente para o mercado.
O povo está sendo sacrificado pelas escolhas que a atual administração da Petrobrás fez.
O botijão de gás de cozinha disparou, levando as famílias brasileiras a voltarem a cozinhar com lenha e carvão. Pagamos uma das gasolinas mais caras do planeta e importamos cada vez mais diesel dos Estados Unidos. Mas, nada disso sensibiliza Pedro Parente. Pelo contrário. Ele continua seguindo à risca o que mandam o mercado financeiro e os investidores estrangeiros, seus patrões de fato e de direito.
Por sua determinação, a Petrobrás reduziu as cargas das refinarias e abriu mão do mercado nacional de derivados para que as importadoras tomassem conta. Parente quer que a empresa se concentre na exportação de óleo cru. Enquanto isso, o povo paga a conta da política de preços de derivados indexada ao dólar e ao barril de petróleo, que beneficia diretamente as importadoras. Se antes tínhamos cerca de 50 empresas desse tipo no Brasil, agora temos mais de 200.
O “grande gestor” que o mercado e a mídia defendem está levando o Brasil à bancarrota. Em oito dias de protestos dos caminhoneiros, a Petrobrás já perdeu R$ 126 bilhões em valor de mercado. A teimosia de Parente em manter a atual política de preços de derivados de petróleo custará ao país pelo menos R$ 10 bilhões em ajustes fiscais. Adivinhe quem pagará de novo a conta de mais esse apagão?
Não satisfeito em mergulhar o país em uma crise sem precedentes, o presidente da Petrobrás ainda tem a cara de pau de provocar os trabalhadores da empresa com uma carta dissimulada, que tenta transferir para a categoria petroleira a responsabilidade das escolhas que ele tomou.
Quer saber de fato, Pedro Parente, “como a Petrobrás e a sua força de trabalho podem melhor ajudar o Brasil neste momento?”.
Suspendendo a privatização das refinarias, das fábricas de fertilizantes, dos terminais, dos oleodutos e dos gasodutos, das plataformas e dos campos terrestres de produção, das termoelétricas, da BR Distribuidora e de todos os ativos estratégicos que estão em vias de serem entregues.
Proíba seus diretores e gerentes executivos de ameaçarem os trabalhadores de demissão, nas reuniões e “apresentações” que vêm fazendo pelo país afora, tentando justificar a venda das unidades.
Retome a produção a plena carga nas nossas refinarias para que o povo brasileiro não fique refém das importadoras e volte a ter combustíveis a preços condizentes com o nosso custo de produção, que é muito mais barato do que comprar derivados fora do país.
Volte a investir no Brasil, construindo plataformas, navios e equipamentos aqui e não na Ásia. Gere valor agregado para a indústria nacional, criando empregos e renda no país, em vez do exterior.
Por isso, Pedro Parente, é SIM “com paralisações e com pressões para redução” dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis que os petroleiros seguirão em luta, denunciando os prejuízos que a sua gestão tem causado ao Brasil. Nossa greve é para reafirmar que o maior acionista da Petrobrás ainda é o povo brasileiro e não o mercado.
Por isso, Pedro Parente, peça pra sair e deixe os petroleiros trabalharem!
A coluna Dia a Dia do Desgoverno mostra o corte de mais de 63 bilhões nos investimentos das empresas federais em 2019, especialmente para obras que poderiam criar milhares de empregos.
Em 2019 o previsto foi de R$ 121 bilhões e só foi realizado R$ 58,2 bilhões, ou seja um corte de R$ 63,5 bilhões ou -52%.Destaco os cortes de investimentos para o grupo Petrobrás em R$ 58 bilhões (-53,6%),, Na Eletrobrás o corte foi de R$ 2,98 bilhões (-53,6%).
2019
Previsto
Realizado
Variação
Variação
Total
121.742.194.513
58.280.726.383
-63.461.468.130
-52,1%
Petrobrás
109.770.059.032
50.897.182.867
-58.872.876.165
-53,6%
Eletrobrás
5.977.526.802
2.996.874.317
-2.980.652.485
-49,9%
Demais
5.994.608.679
1.158.881.895
-4.835.726.784
-80,7%
Financeiro
5.714.570.117
3.227.787.304
-2.486.782.813
-43,5%
Ao comparar 2019 com 2018, último ano do governo Temer, se constata que houve uma redução de R$ 26,5 bilhões ou 31,2%, sendo que no grupo Petrobrás a redução chegou a quase 34%.
2.018
2.019
Variação
Variação
Total
84.801.621.623
58.280.726.383
-26.520.895.240
-31,27%
Petrobrás
77.041.092.598
50.897.182.867
-26.143.909.731
-33,94%
Eletrobrás
3.518.899.355
2.996.874.317
-522.025.038
-14,83%
Demais
1.437.078.947
1.158.881.895
-278.197.052
-19,36%
Financeiro
2.804.550.723
3.227.787.304
423.236.581
15,09%
Destacamos outros cortes na Dataprev, que processa o pagamento do INSS, da SERPO que cuida dos dados dos cidadão brasileiros, dos correios que tem baixos investimentos e estão na lista da privatização do governo federal.
Destaques Investimentos empresas federais
previsto
realizado
variação
variação
Ceagesp
59.219.000
348.953
-58.870.047
-99,41%
Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S.A. – CEASAMINAS
1.750.000
550.528
-1.199.472
-68,54%
Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais – CASEMG
966.700
0
-966.700
-100,00%
CEAGESP – Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo
59.219.000
348.953
-58.870.047
-99,41%
Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP
92.998.150
7.819.026
-85.179.124
-91,59%
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
921.920.244
332.520.091
-589.400.153
-63,93%
Banco da Amazônia S.A. – BASA
64.740.828
5.461.905
-59.278.923
-91,56%
Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO
198.000.000
118.661.017
-79.338.983
-40,07%
Banco do Nordeste do Brasil S.A. – BNB
144.379.728
22.911.998
-121.467.730
-84,13%
Casa da Moeda do Brasil – CMB
146.164.651
3.510.680
-142.653.971
-97,60%
Caixa Econômica Federal – CAIXA
2.603.818.911
1.331.199.582
-1.272.619.329
-48,88%
BB Tecnologia e Serviços S.A.
56.762.507
27.984.074
-28.778.433
-50,70%
Banco do Brasil SA – BB
2.742.459.550
1.836.955.022
-905.504.528
-33,02%
Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social – DATAPREV
200.000.000
31.767.750
-168.232.250
-84,12%
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES
66.172.950
23.439.771
-42.733.179
-64,58%
Araucária Nitrogenados S.A.
130.034.000
15.322.678
-114.711.322
-88,22%
Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia – HEMOBRÁS
485.982.560
17.924.111
-468.058.449
-96,31%
Companhia Docas do Ceará – CDC
19.194.217
3.581.246
-15.612.971
-81,34%
Companhia Docas do Espírito Santo -CODESA
67.357.360
14.664.803
-52.692.557
-78,23%
Companhia das Docas do Estado da Bahia -CODEBA
54.747.667
3.479.442
-51.268.225
-93,64%
Companhia Docas do Estado de São Paulo -CODESP
226.211.849
6.013.923
-220.197.926
-97,34%
Companhia Docas do Pará – CDP1
30.743.727
6.010.282
-24.733.445
-80,45%
Companhia Docas do Rio de Janeiro – CDRJ
70.585.438
18.838.501
-51.746.937
-73,31%
Companhia Docas do Rio Grande do Norte -CODERN
88.073.838
6.422.073
-81.651.765
-92,71%
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO
A greve dos petroleiros, que teve início na madrugada deste sábado, ganhou a adesão pela manhã dos trabalhadores da Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, e do Terminal Madre de Deus, na Bahia.
Até o momento já são 12 as unidades de refino que estão sem rendição nos turnos e 04 terminais da Transpetro, subsidiária da Petrobrás que também está sob risco de privatização e demissões.
Na Bacia de Campos, 12 plataformas já aderiram à orientação do sindicato de realizar levantamento de pendências de segurança, efetivo e se houve embarque de equipes de contingência a bordo.
Na Fafen-PR, os trabalhadores seguem ocupando a unidade há 12 dias para impedir o seu fechamento e as mil demissões anunciadas pela gestão da Petrobrás para ter início no próximo dia 14.
Na tentativa de abrir um canal de negociação com a gestão da Petrobrás, um grupo de cinco diretores da FUP estão desde as 15 horas de ontem (31/01), ocupando uma sala de reunião no quarto andar do edifício sede da empresa, na Avenida Chile, no Rio de Janeiro.
A greve dos petroleiros é pela suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen) e pelo estabelecimento imediato de um processo de negociação com a Petrobras, que cumpra de fato o que prevê o Acordo Coletivo de Trabalho, com suspensão imediata das medidas unilaterais tomadas pela gestão e que estão afetando a vida de milhares de trabalhadores.
Gestão da Fafen-PR provoca acidente
Por volta das 22h45 de sexta (31/01), a sirene da Fafen-PR foi acionada, em função de uma vazamento de amônia, que aumenta a insegurança dos trabalhadores e pode atingir a comunidade de Araucária. O acidente foi provocado pela decisão irresponsável da gestão de parar a caldeira que mantém a fábrica operando e, assim, acelerar a paralisação da unidade, à revelia dos alertas dos trabalhadores, que vêm ocupando há 12 dias a Fafen-PR para evitar o seu fechamento e as demissões que atingirão mil famílias.
O vazamento foi controlado na madrugada, com apoio do Corpo de Bombeiros. Os representantes do Sindiquímica-PR se reúnem neste sábado com a gerência da fábrica para discutir as condições de segurança da unidade.
Unidades de refino na greve
Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul (Refap) – desde as 07h de 01/02
Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco (Rnest) – desde a zero hora de 01/02
Fábrica de Lubrificantes do Nordeste, no Ceará (Lubnor) – desde a zero hora 01/02
Refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro (Reduc) – desde a zero hora 01/02
Refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná (Repar) – desde a zero hora 01/02
Fábrica de Xisto, no Paraná (SIX) – desde a zero hora 01/02
Refinaria de Paulínia, em São Paulo (Replan) – desde a zero hora 01/02
Refinaria de Capuava, em Mauá/São Paulo (Recap) – desde a zero hora 01/02
Refinaria Landulpho Alves, na Bahia (Rlam) – desde a zero hora 01/02
Refinaria de Manaus, no Amazonas (Reman) – desde a zero hora 01/02
Refinaria Gabriel Passos, em Minas Gerais (Regap) – desde a zero hora 01/02
Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados, no Paraná (FafenPR/Ansa) – ocupação desde o dia 28/01
Terminais na greve
Terminal Madre de Deus, na Bahia – desde as 07h de 01/02
Terminal Aquaviário de Suape, em Pernambuco – desde a zero hora de 01/02
Terminal de Paranaguá, no Paraná (Tepar) – desde a zero hora 01/02
Terminal de São Francisco do Sul, em Santa Catarina (Tefran) – desde a zero hora 01/02
Dirigentes da FUP estão ocupando desde às 15h desta sexta-feira (31) a sede da Petrobrás, na Avenida Chile, no Rio de Janeiro.
O objetivo é pressionar a gestão da empresa a negociar com a entidade alternativas que evitem as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná.
Os petroleiros também cobram negociação das pendências do Acordo Coletivo, com suspensão imediata das medidas unilaterais que estão afetando a vida de milhares de trabalhadores.
A ocupação foi anunciada pela FUP ao final da reunião desta sextacom a gestão da Petrobrás, onde os petroleiros ponderaram sobre a importância da empresa atender à pauta de reivindicações aprovada pela categoria nas assembleias que deliberaram sobre a greve que começa neste sábado em todo o país.
O gerente de Relações com Sistema, Governo e Entidades Externas, Fabricio Pereira Gomes, saiu da sala de reuniões, se comprometendo a levar o pleito da categoria para a Diretoria Executiva da Petrobrás e responder às representações sindicais o quanto antes.
A ocupação pacífica ocorre no quarto andar do prédio, onde está localizada a Gerência de Gestão de Pessoas. “Ficaremos aqui por quanto tempo for necessário para que a direção da Petrobrás se sensibilize sobre a urgência de suspender as demissões na Fafen-PR, que afetam a vida de mais de mil famílias. Nosso objetivo é abrir um canal imediato de negociação com a empresa e estaremos aqui , dia e noite, dispostos a negociar”, afirma o diretor da FUP, Deyvid Bacelar, um dos petroleiros que estão na ocupação.
A partir da meia noite, os petroleiros das unidades operacionais do Sistema Petrobras iniciam a greve nacional da categoria, unificando a luta em defesa dos empregos, do Acordo Coletivo de Trabalho e da Petrobrás.
[FUP]
Juíza garante direito a protesto pacífico:
Na tentativa de abrir um canal de negociação com a gestão da Petrobrás, um grupo de cinco diretores da FUP está desde as 15 horas de ontem (31/01), ocupando uma sala de reunião do edifício sede da empresa (Edise), na Avenida Chile, no Rio de Janeiro. O objetivo é pressionar a gestão a discutir com a entidade alternativas que evitem as demissões na Fafen-PR e faça a empresa a estabelecer negociações que de fato resolvam as pendências do ACT.
A ocupação ocorre de forma pacífica no quarto andar do edifício, onde funciona a Gerência de Gestão de Pessoas, com quem os diretores da FUP tiveram uma reunião na sexta, para cobrar a abertura de um canal de diálogo com a entidade, na buscar do atendimento da pauta de reivindicações, aprovada pelos petroleiros nas assembleias que deliberaram sobre a greve.
Apesar do caráter negocial e pacifista da ocupação, sem qualquer dano ao patrimônio da Petrobrás, a gestão da empresa ingressou na madrugada deste sábado com uma liminar na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro, na tentativa de retirar à força os trabalhadores do prédio, o que foi negado pela juíza Rosane Ribeiro Catrib, em uma decisão que enfatiza a legitimidade da ação dos petroleiros.
“Sabemos bem que não estamos diante daquela ordinária hipótese do piquete às portas da empresa, mas também a ocupação ora questionada deverá ser analisada sob a ótica da excepcionalidade da ação possessória para solução do impasse resultante de movimento grevista”, afirma a juíza em sua decisão.
“A certidão emitida pelo Oficial de Justiça nos dá conta da ocupação pacífica, de uma sala de reuniões do setor de Recursos Humanos, sem qualquer dano ao patrimônio da empresa, afastando a restrição prevista no §3º do art. 6º do diploma legal acima referido. Não há empecilho ao acesso ao trabalho, nem ameaça ou dano à propriedade ou pessoa”, ressalta em outro trecho da decisão.
“Sob nenhum aspecto, a permanência dos ocupantes nesse espaço restrito indica risco ou ameaça à PETROBRÁS. Estamos diante de nada mais que cinco dirigentes sindicais, número que, muito provavelmente, não supera o quantitativo de integrantes da equipe de segurança do prédio sede da Petrobrás, mesmo em um final de semana”, afirma a juíza.
“Aliás, exatamente por tratar-se de um final de semana, as possibilidades de prejuízo ao bom funcionamento da empresa ficam ainda mais reduzidas. E não estaríamos diante desse risco, mesmo em dias de pleno funcionamento do prédio sede. A indisponibilidade de uma das inúmeras salas de reuniões do prédio sede da PETROBRÁS não ameaça o regular desenvolvimento de suas atividades, nem mesmo as do setor de Recursos Humanos. Sob esse aspecto, não passa de um transtorno. E não se pode exigir absoluta normalidade em situação de greve”.
“O que se vê é a legítima atuação do Sindicato no sentido de persuadir a empresa à negociação. Negociação frustrada após uma reunião para a qual foram convidados e não saíram porque, como já dito, permanecem em mesa para negociar. É um sinal de resistência, próprio do jogo democrático”, conclui.