Por Ricardo Melo*
Bolsonaro finalmente admite que é um vetor da pandemia que fulmina pobres e trabalhadores em todo o mundo.
No ambiente contaminado de redes sociais monitoradas por robôs pagos a peso de ouro, milhares comemoram. Outros pedem compaixão para um sujeito que nunca esteve nem aí para a vida dos outros. Que não reste dúvida: os olhos de Bolsonaro sempre estiveram focados em como tirar vantagens dos cargos que ocupou, mesmo que à custa de mentiras, crimes e ardis. O escândalo das “rachadinhas” que cobre de lama sua família é a prova mais robusta.
A primeira reação de muitos, principalmente parentes e amigos dos que perderam a vida por causa da política genocida este governo, é: “Bem feito”!
Entende-se. Mas não se faz política apenas com o fígado. Por mim, no íntimo, quero que Bolsonaro e sua turma se explodam. O mal que ele causou e vem causando ao país são imensuráveis. Imperdoáveis. O teste positivo demonstrou que ele sempre atuou a favor da pandemia. Quantos que estiveram junto com ele sem máscaras, fazendo orações, trocando abraços, fazendo troça dos cadáveres que se acumulam —quantos não andam por aí transportando a doença? Quantos já não morreram e ninguém sabe?
Com uma diferença: Bolsonaro conta com toda a proteção de hospitais, médicos, do Alberto Einstein, do Sírio-Libanês, de respiradores de última geração. Pode desfilar à vontade. E o “resto”, simplesmente a maioria, vale dizer, o povo? A pergunta já traz a resposta.
É difícil segurar o instinto, mas não vamos descer à brutalidade que esta gente que assaltou o Planalto quer reduzir o Brasil.
O povo quer Bolsonaro no banco dos réus. Vivinho da silva. Para que responda pelos crimes cometidos contra o povo brasileiro ao longo de sua “carreira” de usurpador e afanador do dinheiro público. Ele, sua família e seus comparsas na mídia oficial, no Judiciário, no Legislativo, nas Forças Armadas e no capital financeiro predador que irriga todos eles.
Um tribunal de Nuremberg será a justa medida para este bando de genocidas.
*Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.
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