Não! A pandemia e sua pilha de cadáveres não têm nada de bom

São apenas o retrato de um sistema que massacra os pobres para deixar tudo como está
Manaus, Amazonas: sepultamentos no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, durante pandemia do Covid-19 Foto: Alex Pazuello/Semcom
Manaus, Amazonas: sepultamentos no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, durante pandemia do Covid-19 Foto: Alex Pazuello/Semcom

Confinados em “prisão domiciliar” há quase seis meses, somos obrigados a ouvir, ver e ler o que “especialistas” falam da pandemia atual. Não basta a tragédia. A tragédia ainda maior vem das especulações sobre o “lado bom” da doença. “Depois da covid, tudo vai mudar”; “as relações entre os países e os povos serão diferentes”; “a solidariedade entre ricos e pobres vai ter um novo patamar”.

Por Ricardo Melo*

 A estupidez não tem limite. O que há de pedagógico bom numa pilha de cadáveres?

A título de comparação: após a gripe espanhola (na verdade americana), que matou 50 milhões de pessoas, seguiu-se a Segunda Guerra Mundial. De onde veio a solidariedade internacional para salvar humanidade de si mesma? 

A pandemia atual é brincadeira de criança diante dos avanços da ciência, de tecnologias que mandam o homem à Lua e a Marte, que produzem traquitanas capazes de saber se vc está no banheiro, no meio da rua ou no ponto de ônibus.

A humanidade já produziu tamanho conhecimento que em poucos meses seria capaz de debelar um vírus. Não estamos em 1919. Por que isto não acontece?

Somos informados que há cerca de mais de 160 vacinas em elaboração.

Pergunta: pq estas pesquisas não são feitas de forma colaborativa? Pq os laboratórios não trabalham em conjunto pelo bem comum?

A resposta é simples. O lucro está acima de tudo. Há uma corrida financeira pra saber quem vai chegar “primeiro”. Já se discute quanto vai custar uma dose de vacina. Danem-se os mortos que se acumulam aos milhares.

Se esta pandemia tem algo a ensinar, é que nada vai mudar enquanto o sistema que rege o plano internacional estiver vinculado aos interesses do capital financeiro imperialista.

*Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.

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