Bruno Falci, de Lisboa, para os Jornalistas Livres
A moção de censura do PSOE surgiu na sequência da condenação a 33 e 51 anos de cadeia, respetivamente, de Luís Bárcenas e Francisco Correa, ex-tesoureiro e antigo dirigente do PP, que encabeçavam uma rede de corrupção, adjudicações fictícias de obras e financiamento irregular do partido.
A moção foi aprovada por 180 votos a favor e 169 contra é uma abstenção. Sua aprovação implicou na investida de Pedro Sánchez como novo líder do governo da Espanha e a destituição de todo o governo de Mariano Rajoy. O PSOE tem 84 deputados, em um total de 350.
Esta vitória do campo progressista na Europa, algo que aqui em Portugal a mídia já está chamando de geringonça espanhola, só foi possível devido a uma frente ampla que inclui o PSOE, o Podemos, os nacionalistas bascos e independentistas catalães.
Depois de 6 anos de neoliberalismo, de um cruel uso da justiça e das forças de repressão do Estado para perseguir manifestações e líderes políticos na Catalunha.
Veremos, agora, como será essa “geringonça espanhola” e se trará o enfrentamento necessário na política do culto à austeridade na União Europeia, conhecida como troika. Uma chama de esperança parece surgir na Península Ibérica.
Vale lembrar que a entrada de Pedro Sánchez favorece a luta pela democracia no Brasil, uma vez que o PSOE já declarou apoio ao Lula e condenou sua sentença, além de condenar o golpe no Brasil, contra Dilma.
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