O Complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, amanheceu em guerra nesta terça-feira (18). Uma operação da Polícia Militar matou um pessoa e causou terror aos moradores que se preparam para ir ao trabalho ou para o início das aulas.
Moradores do Complexo da Maré usaram as redes sociais para relatar um grande tiroteio no local e denunciaram abusos e invasões de casas por parte de policiais:
“Arrombaram o portão daqui de casa, eu estava na sala com fone de ouvido e eles conseguiram entrar aqui. Revistaram a casa toda depois foram embora”.
“Estão arrombando os carros aqui na (rua) Ari Leão”.
“Eles estavam na minha porta com a arma apontada pra dentro da minha casa só pra perguntar de quem era a moto (moto da minha filha), apontando a arma pro meu filho. Só Deus!!!!
A coordenadora do Movimento Moleque, Mônica Cunha, que dá assistência às mães que perderam seus filhos vítimas de violência do estado, contesta a política de segurança pública do governador Wilson Witzel (PSC). “O que esse governo não faz dentro das favelas é segurança pública. As mães não aguentam mais chorar a morte dos seus filhos”, disse a ativista que também teve seu filho assassinado.
Segundo relatório da Redes da Maré, só no ano de 2019, a Maré teve mais de 300 horas de operações policiais, o que representou uma operação a cada 9 dias. Foram 49 mortes: aumento de mais de 100% em relação a 2018. Delas, 34 foram em decorrência de ação policial e 15 por ação dos grupos armados. Além das mortes, houve 45 feridos por arma de fogo na região em 2019.
Até o fechamento desta matéria, às 16h, moradores ainda registram a presença de blindados da PM pelas ruas da Maré.
*Com informações de Maré Vive
Uma resposta
Parem de criticar a política de segurança pública do Witzel, ela está sendo muito mais eficaz do que todos os projetos falidos de governos anteriores.