Dia de virar o Santo

O sábado pós-carnaval em Belo Horizonte foi marcado pelo Vira o Santo, encontro de blocos na Praça da Estação, ou melhor, na Praia da Estação. O encontrão já existe há sete anos, sendo que a cada ano o número de blocos que integram o Vira o Santo só cresce.
O evento deste ano propôs a reflexão sobre a tentativa de privatização do Carnaval de BH. No Facebook, os grupos carnavalescos fizeram uma nota de repúdio ao prefeito Márcio Lacerda, que se nega a reconhecer como espontânea a retomada das festas, feita pelas pessoas que desejam ocupar as ruas.

“Para qualquer um que vai ao carnaval de BH, fica bastante claro que quem faz a festa é a rede anárquica e deliciosa de pessoas que botam seus blocos na rua, que cantam e tocam, que inventam fantasias, que reinventam a cidade em seu ocupar pedestre. E, cada vez mais, essas pessoas assistem à tentativa torpe de apropriação da festa. Afinal, ela pode dar lucro e voto.” (Parte da nota de repúdio divulgada na página).

O Vira o Santo é uma forma de despedida, pelo menos por enquanto, do período de criatividade, encontros e liberdade que marcam o carnaval de Belo Horizonte. Não custa finalizar reforçando que o pular carnaval na capital mineira é um ato político de luta.

 

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