Por Laura Abreu, para os Jornalistas Livres
Com duas semanas de aula e sob ameaça de fechamento do curso, os alunos foram às ruas visando chamar a atenção do reitor da Universidade para o descaso e desestrutura que o curso se encontra.
Uma novidade na universidade, o curso de medicina foi aprovado por um projeto pedagógico inovador e sofre com a irresponsabilidade e a falta de atenção do governo e da reitoria, que prometeram a resolução dos problemas estruturais, mas não cumpriram.
Os problemas são tantos que a coordenação do curso entregou a responsabilidade para a Direção Acadêmica da unidade. Não há professores suficientes para o preenchimento das vagas do processo seletivo, a entrega do laboratório de anatomia está atrasada, atrapalhando todos os cursos da área de saúde e a perda dos contratos com órgãos terceiros -como a Santa Casa- influenciam, negativamente, na formação dos alunos.
Essa semana o curso encontra-se paralisado para tentar resolver a situação, porém sem previsão para retomar as aulas. A recente estadualização da unidade, a falta de concurso público e o esquecimento da reitoria e do governo são fatores influenciadores para os problemas estruturais que não só o curso de medicina encontra, mas também os mais de 20 cursos que a instituição oferece.
Em meio ao grito de UEMG RESISTE, muitos estudantes afirmam que a vontade de resistir vai diminuindo quando não há nada além de promessas. Durante o ato, os alunos afirmaram que não querem só promessas, mas uma universidade que seja realmente pública e de qualidade.
*Editado por Agatha Azevedo