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Bolívia

CIDH vai a Bolívia ouvir vítimas

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A Comissão Interamericana de Direitos Humanos esteve nos dias 24 e 25 de Novembro na Bolívia visitando as algumas áreas, e recebendo denúncias da população. O Secretário- Executivo da CIDH, Paulo Abrão foi pessoalmente ao local.

O Massacre na Bolívia

Em nota divulgada no dia 20.11, o organismo vinculado à OEA (Organização dos Estados Americanos), condenou a ação das Forças Armadas e policiais na repressão aos protestos realizados no país, e classificou como “inadmissível” o decreto da autoproclamada presidenta Jeanine Áñez que visa eximir de responsabilidade penal os militares que participem das matanças.

Além disso, o comunicado também adverte sobre “as ameaças dirigidas a líderes do governo anterior, parlamentares e dirigentes sociais” ligados ao partido MAS (Movimento ao Socialismo), assim como “a funcionários e dirigentes de instituições independentes do Estado, como os organismos nacionais de promoção e proteção aos direitos humanos”.

 

Mais na nota oficial:

http://www.oas.org/es/cidh/prensa/comunicados/2019/301.asp?fbclid=IwAR2db8GDwY8rvKt3zyme_mXxlSPx9T489KCXiIH3NSw5RXSyHbZaAc4MqME

 

 

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Bolívia

Veja a tradução da declaração de Evo Morales

Declaração de Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, dada em 18 de outubro, dia da eleição presidencial após o golpe.

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DECLARAÇÃO DE IMPRENSA DO EX-PRESIDENTE EVO MORALES
Buenos Aires, 18 de outubro de 2020

  1. Desde a cidade de Buenos Aires, neste dia histórico, domingo, acompanho nosso povo em seu compromisso com a pátria, com nossa democracia e com o futuro de nossa amada Bolívia, de exercer seu direito ao voto em meio aos acontecimentos em nosso País.
  2. Saúdo o espírito democrático e pacífico com que se desenvolve a votação.
  3. Diante de tantos rumores sobre o que vou fazer, venho declarar que a prioridade é exclusivamente a recuperação da democracia.
  4. Quero pedir a vocês que não caiam em nenhum tipo de provocação. A grande lição que nunca devemos esquecer é que violência só gera violência e que com ela todos perdemos.
  5. Por este motivo, conclamo as Forças Armadas e a Polícia a cumprirem fielmente o seu importante papel constitucional.
  6. Diante da decisão do Tribunal Supremo Eleitoral de suspender o sistema DIREPRE (Divulgação de Resultados Preliminares) para ir diretamente para a apuração oficial, informo que, felizmente, o MAS possui seu próprio sistema de controle eleitoral e que nossos delegados em cada mesa irão monitorar e registrar cada ato eleitoral.
  7. O povo também nos acompanhará nesta tarefa de compromisso com a democracia, como o fez tantas vezes, situação pela qual somos gratos.
  8. É muito importante que todas e todos os bolivianos e partidos políticos esperemos com calma para que cada um dos votos, tanto das cidades como das zonas rurais, seja levado em conta e que o resultado das eleições seja respeitado por todos.
  9. Neste domingo, no campo, nas cidades, no altiplano, nos vales, nas planícies, na Amazônia e no Chaco; em cada canto de nossa amada Bolívia e de diversos países estrangeiros, cada família e cada pessoa participará com alegria e tranquilidade na recuperação da democracia.
  10. É no futuro que todos os bolivianos, inclusive eu, nos dedicaremos à tarefa principal de consolidar a democracia, a paz e a reconstrução econômica na Bolívia.
    Viva a Bolívia!
    Evo Morales

Tradução: Ricardo Gozzi /Jornalistas Livres

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Bolívia

Bolívia: Fazendo do abraço um ato político em solidariedade contra o Golpe de Estado

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Nos dias 8 e 9 de março de 2020, uma delegação plurinacional de feministas chegará à Bolívia com o objetivo de tornar o abraço um ato político de solidariedade.” Assim começa a afirmação daqueles que agem para sustentar a construção de feminismos sem fronteiras atingindo um território onde, desde 19 de novembro de 2019, as garantias constitucionais estão suspensas por um Golpe de Estado racista, patriarcal e fundamentalista. Uma interrupção da democracia comandada, não por coincidência, por uma mulher.
Nas ruas de El Alto, onde ocorreu um dos massacres mais cruéis contra as populações indígena, camponesa e humilde das cidades que vieram para defender a democracia após o golpe, os muros falam. “Eles mataram meus irmãos com a Bíblia na mão,” contam algumas. Em outros lugares, a disputa com vistas às eleições de 3 de maio – que não estão garantidas – sugere que, apesar dos assassinatos, da repressão e da dor, o povo boliviano continua em pé. Jamais de joelhos, diante da intenção de um estado que se voltou contra as maiorias para restaurar a supremacia branca com o castigo das botas.
“Historicamente, os feminismos da nossa região se unem contra a militarização e pelo direito à liberdade. Portanto, a resistência do povo boliviano em geral e de suas mulheres em particular representa hoje a imagem mais clara de uma resposta organizada ao racismo, ao fundamentalismo e ao patriarcado após a imposição de um Golpe de Estado,” diz o comunicado das feministas sem fronteiras. “Assim como nossas irmãs na Bolívia, e também no Chile, no Equador, na Colômbia e no Haiti, são as mulheres e os dissidentes que não apenas sofrem as consequências diretas, sistemáticas e disciplinadoras da violência estrutural em seus corpos e territórios, mas também quem responde de forma direta e organizada.”
A delegação feminista plurinacional chegará à Bolívia para demonstrar sua solidariedade como um ato político. Ela participará das atividades no dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres Trabalhadoras, e o fará em conjunto com as feministas comunitárias e populares que se opõem ao Golpe de Estado. Assim o fazem porque as mulheres e as dissidências são os alvos preferenciais dos fundamentalismos. E porque somente organizadas poderão soltar um grito capaz de romper o cerco midiático que censura as notícias sobre as violações dos Direitos Humanos cometidas desde novembro passado.
No ano passado, o Golpe de Estado que derrubou o governo de Manuel Zelaya em Honduras completou uma década. Desde então, os feminismos da região se unem contra ditaduras e fascismos entoando um slogan tão político quanto o ato de denunciar: “Nem Golpe de Estado, nem espancamento das mulheres.” Da América Central à do Sul, a demanda por democracia é para este movimento de libertação uma desculpa para exigir que eles não nos matem, não nos violem e que a soberania sobre nossos corpos e territórios seja respeitada.
Na Bolívia, o golpe cívico, militar, religioso e patriarcal deflagrado por grupos fundamentalistas e fascistas foi imposto contra a escolha das maiorias. Evo Morales, o primeiro presidente indígena da história da região e vencedor das últimas eleições, foi forçado a renunciar após receber ameaças de grupos cívico-militares contra sua integridade, razão pela qual encontra-se exilado. Uma ocasião para observar as manobras intervencionistas de organismos internacionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA), que denunciou fraude após a decisão popular.
“Desde então, repressão, militarização, tortura, detenções arbitrárias e criminalização daqueles que resistem a essa imposição tornaram-se uma rotina diária. Os massacres de Sacaba, Cochabamba e Senkata, El Alto levados a cabo pelo governo de fato de Jeanine Añez durante os primeiros dias do golpe são evidências claras”, afirma o grupo no comunicado, avançando em sua caracterização do contexto: “evidenciam a relação do golpe com grupos conservadores e fascistas que não toleram que os indígenas tomem a palavra, manifestem seus costumes, organizem ou se tornem parte de governos. Como parte do mesmo plano, o cerco midiático e a perseguição de líderes políticos e sociais como práticas sistemáticas colocaram em funcionamento um dispositivo de impunidade e desinformação em vigor até hoje.”
Os feminismos estão por todos os lados. Trata-se de um movimento sem fronteiras que não pode mais ser mantido à distância. Que ocupa seu lugar na história e assume a responsabilidade política de intervir diante das injustiças perpetuadas pelo sistema racista, patriarcal e capitalista. “Não podemos, nem queremos, separar nossas práticas feministas das lutas dos povos,” finaliza a declaração. A presença da delegação feminista plurinacional na Bolívia é a possibilidade de transformar o abraço em ato político.
E vai continuar até que sejamos todas livres…

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América Latina e Mundo

Candidato de Evo Morales lidera intenções de voto na Bolívia

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O candidato do partido Movimento ao Socialismo (MAS), Luis Arce, apadrinhado político do ex-presidente Evo Morales, lidera as pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno das eleições presidenciais na Bolívia, em 3 de maio.

Segundo sondagem do instituto Ciesmori divulgada neste domingo (16/02), Arce supera com ampla vantagem o ex-presidente centrista Carlos Mesa e a autoproclamada presidente interina, a direitista Jeanine Áñez, mas ainda teria que enfrentar um segundo turno.

Com 31,6% das intenções de voto, o candidato de Evo aparece 14,5 pontos percentuais à frente de Mesa, que obteve 17,1% de apoio na pesquisa. Áñez, por sua vez, conquistou 16,5%.

Por sua vez, o líder civil conservador Luis Fernando Camacho alcançou 9,4%, seguido pelo pastor evangélico coreano Chi Hyun Chung, com 5,4%. A maior surpresa é o resultado alcançado pelo ex-presidente de direita Jorge “Tuto” Quiroga, que mal atingiu 1,6%.

Uma sondagem feita em janeiro pelo instituto Mercados y Muestras para o jornal Página Siete havia dado 26% para Arce, considerado o pai da estabilidade econômica boliviana. O economista foi ministro da Economia e Finanças do país em duas ocasiões, entre 2006 e 2017 e novamente em 2019.

No Twitter, Arce agradeceu “o apoio do povo bolivariano […] no interior e nas cidades”. Já seu candidato a vice-presidente, David Cochehuanca, enfatizou que os resultados da pesquisa “dão mais força para continuar trabalhando” no objetivo do MAS de retomar o poder na Bolívia.

Os candidatos do MAS participarão nesta segunda-feira de uma reunião em Buenos Aires, de onde Evo Morales atua como chefe da campanha do partido.

Áñez, em uma breve mensagem no Twitter, também agradeceu “a confiança recebida”, enquanto expressou seu compromisso de “colocar a Bolívia em primeiro lugar”.

A nova pesquisa, encomendada pelo jornal El Deber e pela emissora de televisão Unitel, entrevistou 2.224 eleitores e foi realizada entre 7 e 14 de fevereiro nas capitais dos nove departamentos do país, com margem de erro de 2,07%.

O candidato de Evo lidera as intenções de voto em cinco departamentos: La Paz (oeste), Cochabamba (centro), Potosí (sudoeste), Oruro (sul) e Pando (norte), enquanto Áñez triunfa em Tarija (sul) e Beni (nordeste), sua terra natal. Mesa recebe maior apoio em Chuquisaca (sudeste).

Se os números da sondagem prevalecerem, Arce e Mesa disputarão o segundo turno em 14 de junho. A Constituição estabelece que, para ser eleito no primeiro turno, um candidato precisa obter mais de 40% dos votos válidos, com uma vantagem de dez pontos percentuais sobre o segundo colocado.

O órgão eleitoral boliviano deverá revelar a partir desta segunda-feira quais candidaturas estarão habilitadas para participar da eleição. A chapa de Arce deve completar ainda alguns dos requisitos; e há questionamentos sobre Áñez ser candidata sem ter reununciado à presidência interina do país.

As eleições de 3 de maio foram convocadas extraordinariamente após a anulação do pleito realizado em 10 de outubro, depois que uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciou irregularidades em favor do então presidente Evo Morales, eleito para seu quarto mandato.

Evo, que governou a Bolívia por quase 14 anos, desde 2006, anunciou sua renúncia em novembro, pressionado pelas Forças Armadas, para no dia seguinte seguir em asilo para o México. A renúncia foi descrita como “golpe de Estado” por vários governos e políticos latino-americanos, enquanto outros países reconheceram o governo interino de Áñez.

Em meados de dezembro, Morales seguiu do México para a Argentina, onde recebeu a condição de refugiado. À época, o vice-chanceler mexicano para a América Latina, Maximiliano Reyes Zuñiga, informou que Morales optou por viajar à Argentina “por causa da proximidade geográfica” com seu país.

FC/afp/efe

Via DW

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