Bloco do Pescoção desfila contra a censura, o retrocesso e a violência aos jornalistas

Hino “Ano Fedasunha” faz alusão ao movimento fora Cunha, à morte de jornalistas e ao calote a funcionários de um dos maiores conglomerados da mídia

A concentração para o desfile do Bloco do Pescoção começou tímida em frente à Casa do Jornalista, onde funciona o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, marcada para o meio dia. A rua foi enchendo, e quando o Trio Elétrico e a bateria começaram a tocar juntos, a festa ganhou cara de carnaval. Os foliões cantaram e dançaram pra valer. Também, com um trio elétrico mais bateria mais os clássicos da música popular brasileira não tinha como ficar triste e nem parado!

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Sobre o hino do bloco do Pescoção: outro clássico. Com vocês, um trechinho do “Ano Fedasunha”.


“ Ainda bem 2015 acabou
Ano assim não deveria co-me-çar
Pouco dinheiro, muita notícia ruim
Até o abono o patrão mandou cortar!
Lei do diploma, não quis votar
É um “fedasunha” o tal de Cunha, eu não sei não”.

A música foi composta pelo jornalista Zu Moreira e pelo cavaquinhista Warley Henrique. A letra critica  (nesse caso, com xingamento pode!) o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que em 2015, tentou de várias formas tirar direitos duramente conquistados pela sociedade brasileira; “muita notícia ruim” faz alusão ao fato de 2015 ter sido marcado por mortes de jornalistas: pelo menos 100 morreram; e fala também do calote do 13.o salário a jornalistas e funcionários de um dos maiores conglomerados da mídia, o Diários Associados.

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Para quem não é jornalista, vale explicar o nome do bloco. O pescoção, no jargão jornalístico, faz referência a uma prática comum nas redações, principalmente nos jornais impressos: trabalhar até mais tarde para adiantar a edição do final de semana. E com certeza muitos jornalistas adiantaram o serviço pra curtir uma folia em algum lugar.
E elas estavam em vários cantos de BH…

O bloco saiu às ruas do entorno da Casa do Jornalista com muita animação. Quem passou pela Avenida Augusto de Lima, naquele momento, se juntou ao bloco para dançar, e os moradores dos prédios ficaram
acenando.

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Em frente ao Edifício Maletta, foi feita uma parada. O presidente do sindicato, Kerison Lopes, disse que ali era a segunda casa do jornalista. Nesse prédio, antigo, aconteceram e ainda acontecem, hoje com menos frequência, grandes encontros entre jornalistas, compositores, poetas, escritores, intelectuais e artistas diversos.
O bloco do Pescoção voltou para a Casa do Jornalista e de lá as pessoas começaram a se dispersar. Fim de uma festa boa com uma sensação geral de que  no ano que vem

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#Vaisermaior

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