Assessor de Guaidó renuncia na Venezuela

Rendón e Guaidó tramaram invasão de mercenários na Venezuela

 

 

De GeoNotícias

O venezuelano Juan José Rendón renunciou ao cargo que ocupava como chefe do Comitê de Estratégia do autoproclamado presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó. Rendón reconheceu na semana passada que assinou um contrato e pagou US$ 50 mil à empresa de segurança americana Silvercorp USA, que organizou e realizou uma tentativa de invasão na costa da Venezuela, na manhã de 3 de maio, com o objetivo de sequestrar o presidente Nicolás Maduro. O deputado da oposição Sergio Vergara, que fazia parte do mesmo Comitê de Estratégia, também renunciou, cuja assinatura também apareceu no contrato assinado com a Silvercorp USA.

“Guaidó aceitou a renúncia dos funcionários e agradeceu por sua dedicação e compromisso com a Venezuela”, disse um comunicado à imprensa publicado no site do Centro Nacional de Comunicação, que gerencia as informações e a propaganda do deputado da oposição.

Na semana passada, após a tentativa de invasão, o partido Primeiro Justiça, da oposição, exigiu a remoção de Rendón e Vergara, depois de saber de sua participação na manobra. Em uma declaração, o grupo político que apoia Guaidó pediu especificamente para “demitir imediatamente os funcionários que – em nome da Presidência da República – estão vinculados a esses atores de grupos ilegais”.

No documento sobre a contratação da empresa norte-americana para realizar o ataque, divulgado publicamente, além das assinaturas de Rendón e Vergara, aparecem as rubricas de Guaidó e Jordan Goudreau, diretor executivo da Silvercorp USA e que, por meio de um vídeo, se responsabilizou pela tentativa de invasão à Venezuela. Embora tenha confessado, Goudreau negou qualquer pagamento, observando que o contrato inicial foi avaliado em US $ 211 milhões.

Rendón, Vergara e Goudreau tem mandados de prisão expedidos, que foram solicitados pelo procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, na última sexta-feira, 8 de maio. Os três são acusados ​​de envolvimento no “projeto, financiamento e execução” da tentativa de incursão, uma ação que foi chamada de “Operação Gideon”. Além disso, o Ministério Público solicitará a inclusão de Rendón, Vergara e Goudreau no sistema da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), com um alerta vermelho, e solicitará sua extradição para a Venezuela.

Atualmente, na Venezuela, os cidadãos norte-americanos Luke Denman e Airan Berry, contratados pela Silvercorp EUA e que participaram do ataque fracassado, estão sendo detidos. Ambos confessaram que participaram do treinamento de 60 mercenários em três campos em Riohacha, norte da Colômbia, e que o plano do grupo era dominar os aeroportos para “alcançar objetivos específicos” e “assassinar” o presidente Maduro.

Jornal detalha plano do golpe

O jornal norte-americano The Washington Post publicou uma reportagem no último dia 6 com detalhes sobre o plano comandado por Juan Guaidó, líder da oposição na Venezuela, para dar um golpe e sequestrar o presidente Nicolás Maduro. Conforme o Post, Guaidó e outros líderes da oposição teriam planejado desde outubro com uma empresa de segurança americana uma operação de 213 milhões de dólares para invadir o país e derrubar Maduro.

O principal documento que comprova a mobilização é um plano de 42 páginas cujo objetivo principal era a realização de “uma operação para capturar/deter/remover Nicolás Maduro… remover o regime atual e instalar Juan Guaidó no cargo”. O plano tinha como base um “acordo de serviços gerais de 16 de outubro de 2019 entre a República Bolivariana da Venezuela [sob] Juan Gerardo Guiado (sic), presidente interino, e a Silvercorps, [no estado americano da] Flórida”.

O jornal confirma que o “acordo de serviços gerais” para o serviço conta com as assinaturas de Guaidó e de dois de seus aliados, o deputado Sergio Vergara e o consultor político Juan José Rendón.

Rendón já confirmou que assinou um contrato com o ex-militar norte-americano, Jordan Goudreau, de 42 anos, veterano das Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos e proprietário da empresa norte-americana. Ainda de acordo com o jornal, o plano envolvia mais do que os principais objetivos de derrubar Maduro e seus aliados o “acordo de serviços gerais” indicava ainda que a Silvercorps aconselharia ex-soldados venezuelanos na operação. Os invasores entrariam clandestinamente na Venezuela e formariam grupos que se distribuiriam pelo país para ocupar as principais instalações de petróleo e edifícios estratégicos.

 

COMENTÁRIOS

Uma resposta

  1. Na verdade, esse sem noção, chamado de Guaidó. (tenho dó dele) deveria estar na cadeia há muito tempo para cumprir pena de prisão perpétua, será que ele pensa que pode trair a vontade de um povo soberano?

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