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Golpe

As forças golpistas, não sabem o que fazer com Lula

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A Recomendação do Comitê dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas – ONU, em defesa do direito político de Lula se candidatar até que todos os recursos sejam julgados, veio balançar as estruturas do poder do governo de exceção. O golpe tão bem arquitetado pelo governo golpista representante dos interesses da elite brasileira e do capital financeiro internacional, em conluio com a maioria do Parlamento (Deputados e Senadores), Supremo Tribunal de Justiça – STJ, Supremo Tribunal Federal – STF e pela grande mídia, não sabe muito bem o que fazer com o Lula.

No dia 7 de abril, após lhe ter sido negado o direito de defesa, Lula saiu do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, berço de sua luta e carreira política, para se apresentar à Polícia Federal de Curitiba e cumprir mandado de prisão expedido pelo juiz Sérgio Moro, juiz de 1ª instância.

Os dois dias que antecederam o 7 de abril foram dias de intensa mobilização popular. Lula saiu de cabeça erguida e com dignidade, reforçando sua luta, sua história, denunciando a injustiça de sua prisão e a sua verdadeira causa: ter realizado um governo que deu dignidade a milhões de brasileiros antes em extrema pobreza, ter lutado por maior distribuição de renda, pela democracia e pela defesa de nossas riquezas e da soberania de nosso país.

Como disse nosso presidente “eles podem me prender, mas a partir de hoje o Lula agora é uma ideia, cada um de vocês será um Lula a se espalhar por este país em busca de justiça”. Os companheiros de luta e de sonhos, os fortes guerreiros que não desistem da utopia de um Brasil mais justo e digno, o povo brasileiro beneficiado por suas políticas sociais inclusivas, não o abandonaram.

Foto de Celso Maldos

Desde este 7 de abril, em todos os cantos do país, a insatisfação popular com a perda de direitos sociais e a consciência um pouco mais clara em relação à prisão política de Lula tem se revelado cada vez com mais intensidade. De diversas maneiras e muitas vezes através da arte, em muitos lugares, nas cidades, no campo, nas ruas, nas praças, nas redes sociais, nos veículos da imprensa independente, na solidariedade de organizações e de veículos internacionais, multiplicam-se as manifestações de protesto, de inconformismo e de desobediência civil.
Apesar do bloqueio da mídia, de todas as articulações das forças golpistas para “tirar o brilho de Lula e de sua estrela” e de inviabilizar a sua eleição, sua candidatura é real, foi registrada e a sua popularidade e intenção de votos só cresce.
A pressão das manifestações populares no país: Vigília Marisa Letícia; Ato de Artistas e Intelectuais no Rio de Janeiro por Lula Livre; Caravanas de apoio ao Ato de Registro da Candidatura de Lula que reuniu 50.000 manifestantes; MST; MTST; Frente Brasil Popular e Frente do Povo sem Medo; os Lulaços por todo o Brasil; iniciativas criativas, artísticas e simbólicas como Cartas ao Lula, Flores pela Democracia e por Lula Livre, Camisa 13, Quarteirão da Saúde, Resistência da Cultura e demais intervenções nas ruas e em praças públicas, grupos de funk e rapp; as diversas formas de resistência, criação e denúncia nas redes sociais e para organismos internacionais; a garra, a coragem, a rebeldia e o compromisso da mídia independente TVT, Jornalistas Livres, Rádio Brasil Atual, Mídia Ninja, Tijolaço, GGN,Carta Maior, Conversa Afiada e outros, não eram esperadas pela direita.
É necessário, no entanto, que as forças progressistas tenham cautela: o ufanismo não pode nos contaminar. Os ventos favoráveis que estão soprando com a articulação e reorganização das forças progressistas, ainda não são suficientes para dissipar a forte tempestade e tormenta arquitetada com armas poderosíssimas do golpe. De maneira muito profunda o golpe levou muita gente, especialmente das camadas populares ao descrédito da política, à radicalização do ódio, ao conservadorismo e ao retrocesso das conquistas sociais e da democracia.

Foto de Celso Maldos

No trabalho que vimos desenvolvendo com as Flores pela Democracia e por Lula Livre, temos tido a oportunidade de ouvir de uma maneira diferente, mediada pela flor os sentimentos e posições de parcelas das camadas populares.
Com muitos temos tido boa receptividade e oportunidade de conversa, reflexão e troca de informações importantes sobre a farsa do golpe e da prisão de Lula, sobre a importância da luta, da participação política e da resistência popular pela liberdade de Lula. Conversamos também sobre o significado do voto e a importância do voto consciente com escolha de pessoas progressistas que explicitam o compromisso em seu programa e em sua prática pela defesa dos direitos sociais e humanos, da democracia, da justiça e da soberania do país. Alguns se entusiasmam, se inspiram e despertam para o compromisso de luta e passam a ser semente nos lugares em que moram, em seu trabalho e em suas relações. Através da Flor pela Democracia e por Lula Livre, levam consigo novas visões e o sentimento de solidariedade e de que não estamos sós.
Já com outros a reação é o retrato do que foi inculcado na cabeça do povo com a massificação e manipulação política da grande mídia e demais forças da direita e do poder econômico. A desqualificação da política e o sentimento de que todos são iguais “a política prá mim já era, nenhum presta”, a disseminação do ódio e a falta de discernimento “por mim ele pode ficar mofando lá na cadeia”, “eu voto é em Bolsonaro que tem condições de acabar com os bandidos desse pais”, “solta Lula e eu prendo você”, “Lula é que acabou com nosso país e por isso estamos em crise”.
Mais do que nunca até as eleições e daqui pra frente e sempre, é necessário radicalizar e multiplicar as ações que tem aflorado e pipocado por todo o país. Além da desinformação, há uma insatisfação e desconfiança submersa e em muitos a vontade de se informar. Temos que usar de todos os instrumentos e é imperativo considerarmos também a importância do contato direto com a população, e juntos descobrir e construir novos jeitos de participar e de denunciar o retrocesso e a perda de direitos que estamos tendo em nosso país em que Lula é o principal exemplo.
Enfim é fundamental também o “boca a boca, o olho no olho”, o trabalho de base e de formação por todos os cantos e meios, agora para as eleições e para sempre!
Vamos à luta!

 

Campinas

Ocupação Mandela: após 10 dias de espera juiz despacha finalmente

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Depois de muita espera, dez dias após o encerramento do prazo para a saída das famílias da área que ocupam,  o juiz despacha no processo  de reintegração de posse contra da Comunidade Mandela, no interior de São Paulo.
No despacho proferido , o juiz do processo –  Cássio Modenesi Barbosa –  diz que  aguardará a manifestação do proprietário da área sobre eventual cumprimento de reintegração de posse. De acordo com o juiz, sua decisão será tomada após a manifestação do proprietário.
A Comunidade, que ocupa essa área na cidade de Campinas desde 2017,   lançou uma nota oficial na qual ressalta a profunda preocupação  em relação ao despacho  do juiz  em plena pandemia e faz apontamento importante: não houve qualquer deliberação sobre as petições do Ministério Público, da Defensoria Pública, dos Advogados das famílias e mesmo sobre o ofício da Prefeitura, em que todas solicitaram adiamento de qualquer reintegração de posse por conta da pandemia da Covid-19 e das especificidades do caso concreto.

Ainda na nota a Comunidade Mandela reforça:

“ Gostaríamos de reforçar que as famílias da Ocupação Nelson Mandela manifestaram intenção de compra da área e receberam parecer favorável do Ministério Público nos autos. Também está pendente a discussão sobre a possibilidade de regularização fundiária de interesse social na área atualmente ocupada, alternativa que se mostra menos onerosa já que a prefeitura não cumpriu o compromisso de implementar um loteamento urbanizado, conforme acordo firmado no processo. Seguimos buscando junto ao Poder público soluções que contemplem todos os moradores da Ocupação, nos colocando à disposição para que a negociação de compra da área pelas famílias seja realizada.”

Hoje também foi realizada uma atividade on-line  de Lançamento da Campanha Despejo Zero  em Campinas -SP (

https://tv.socializandosaberes.net.br/vod/?c=DespejoZeroCampinas) tendo  a Ocupação Mandela como  o centro da  discussão na cidade. A Campanha Despejo Zero  em Campinas  faz parte da mobilização nacional  em defesa da vida no campo e na cidade

Campinas  prorroga  a quarentena

Campinas acaba prorrogar a quarentena até 06 de outubro, a medida publicada na edição desta quinta-feira (10) do Diário Oficial. Prefeitura também oficializou veto para retomada de atividades em escolas da cidade.

 A  Comunidade Mandela e as ocupações

A Comunidade  Mandela luta desde 2016 por moradia e  desde então  tem buscado formas de diálogo e de inclusão em políticas  públicas habitacionais. Em 2017,  cerca de mais de 500 famílias que formavam a comunidade sofreram uma violenta reintegração de posse. Muitas famílias perderam tudo, não houve qualquer acolhimento do poder público. Famílias dormiram na rua, outras foram acolhidas por moradores e igrejas da região próxima à área que ocupavam.  Desde abril de 2017, as 108 famílias ocupam essa área na região do Jardim Ouro Verde.  O terreno não tem função social, também possui muitas irregularidades de documentação e de tributos com a municipalidade.  As famílias têm buscado acordos e soluções junto ao proprietário e a Prefeitura.
Leia mais sobre:  
https://jornalistaslivres.org/em-meio-a-pandemia-a-comunidade-mandela-amanhece-com-ameaca-de-despejo/

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Golpe

Estudante é intimada a depor na PF após chamar de golpista 3ª colocada da Ufersa nomeada por Bolsonaro no RN

Coordenadora-geral do DCE da Ufersa Ana Flávia Barbosa está sendo acusada de calúnia, difamação e ameaça. O inquérito aberto pela professora Ludmilla Serafim ainda sugere possível formação de quadrilha

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Por Rafael Duarte, da agência Saiba Mais

A coordenadora-geral do DCE da Universidade Federal Rural do Semi-Árido Ana Flávia Oliveira Barbosa foi intimada a depor na Polícia Federal por críticas endereçadas à professora Ludmilla Serafim, terceira colocada nas eleições da universidade nomeada reitora pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). A posse de Ludmilla está prevista para hoje (30).

Ana Flávia Barbosa foi intimada na quinta-feira (27) a comparecer a uma audiência na sede da Polícia Federal, em Mossoró, no dia seguinte. Os advogados da estudante pediram o adiamento em razão do prazo e da falta de informações sobre o inquérito. A PF então remarcou o depoimento para a próxima terça-feira, 2 de setembro, às 9h:

– Recebi a intimação na quinta-feira e como o depoimento estava marcado para menos 24 horas, solicitamos um novo prazo, além das peças para saber do que se tratava, se era inquérito, processo. Não tinha número, nem nada que dissesse que era um inquérito. E (o depoimento) ficou para terça-feira, 9h”, explicou.

O inquérito aberto contra a estudante de Direito apura denúncia de calúnia, difamação e ameaça, além de sugerir uma suposta “formação de quadrilha”. Na peça, são anexadas notícias veiculadas blogs de Natal alegando sameaças de Ana Flávia contra a terceira colocada nas eleições. Além de “golpista”, a estudante chama Ludmilla de “interventora” e, num áudio atribuído a ela, afirma que “é hora de fazer luta, porque na UFERSA Ludimilla não entra nem de helicóptero”.

A coordenadora geral do DCE da Ufersa não tem dúvidas de que o inquérito aberto na Polícia Federal é uma tentativa de criminalizar o movimento estudantil da instituição:

– É uma tentativa de criminalizar o movimento estudantil sim porque estamos na linha de frente. As outras categorias estão mais recuadas, receosas, embora também não concordem. No dia que saiu a nomeação dela, fizemos um ato simbólico, já fizemos plenária de estudantes e faremos um ato amanhã (segunda-feira) em conjunto com o IFRN”, afirmou, citando como exemplo a acusação de formação de quadrilha no inquérito:

– E ainda tem mais: veja que eles sugerem o crime de formação de quadrilha. Quem é a quadrilha para eles ? Os estudantes ? É o DCE que têm 80 estudantes ?”, questiona.

Na avaliação de Ana Flávia Barbosa, o objetivo de Ludmilla Serafim é intimidar e obrigar os estudantes a recuarem dos protestos:

É uma tentativa de nos fazer recuar, mas não vamos recuar. O ato está mantido. Demos o tom, decidimos publicizar a gravidade para mostrar quem é a interventora. Intimaram os estudantes a depor na Polícia Federal porque a chamamos de golpista e interventora, o que ela é de fato”, reforçou.

Intervenção

Com 18,33% dos votos, Ludmilla Serafim ficou em terceiro lugar nas eleições da Ufersa realizadas em julho. O candidato mais votado foi o professor do curso de Engenharia Rodrigo Codes, que obteve o apoio de 35,55% da comunidade. Em segundo, também à frente de Ludmilla, apareceu o professor Jean Berg, com 24,84% dos votos.

Mesmo rejeitada pela maioria da comunidade acadêmica da Ufersa, o presidente Jair Bolsonaro nomeou a terceira colocada. Áudios que circulam na internet atribuídas a Ludmilla, mostram a professora afirmando que contou com apoio de alguns deputados federais, a exemplo de Beto Rosado (Progressistas), ex-aluno dela.

A legislação prevê que nas eleições para as universidades federais seja encaminhada uma lista tríplice com os nomes dos três candidatos mais votados para a escolha do presidente da República. No entanto, historicamente, o chefe do Executivo sempre respeitava a escolha soberana da comunidade acadêmica. À exceção na Ufersa foi em 1991, quando o professor José Torres venceu a eleição, ma Fernando Collor de Melo interveio, nomeando Joaquim Amaro. O golpe é tratado ainda hoje como “O Dia da Infâmia”

Das três instituições federais do Rio Grande do Norte, duas estão sob intervenção do governo federal. Além da Ufersa, que teve o processo eleitoral atropelado, o Instituto Federal é dirigido pelo professor Josué Moreira que sequer participou do processo eleitoral realizado em dezembro de 2019. Ele foi nomeado pelo ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, ignorando a decisão da comunidade que escolheu José Arnóbio de Araújo.

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Golpe

Bolsonaro confirma golpe na Ufersa e nomeia como reitora a 3ª colocada na eleição

O presidente anunciou em Mossoró, nesta sexta-feira (21), a nomeação da professora Ludmilla de Oliveira para o cargo de reitora da Universidade Federal do Semi-árido no RN

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Por Rafael Duarte, da agência Saiba Mais

A curta passagem de Jair Bolsonaro pelo Rio Grande do Norte foi marcada pela confirmação de um golpe nas eleições da Universidade Federal do Semi-árido (UFERSA). O presidente anunciou em Mossoró, nesta sexta-feira (21), a nomeação da professora Ludmilla de Oliveira para o cargo de reitora.

A nova gestora da Ufersa obteve 18,33% dos votos na eleição e ficou na terceira colocação, atrás dos professores Rodrigo Codes, o mais votado, com 35,55% dos votos; e Jean Berg, o segundo, com 24,84%.

Ele desejou sucesso à nova reitora, que deve assumir em 8 de setembro. Assim que Bolsonaro fez o anuncio, várias manifestações contrárias à nomeação de Ludmilla foram publicadas nas redes sociais.

Apesar do desrespeito ao processo democrático, Bolsonaro se ateve aos nomes da lista tríplice enviados ao Ministério da Educação. Desde que assumiu, o presidente já afirmou em várias oportunidades que discorda da autonomia da comunidade universitária no processo de escolha dos reitores. O governo dele também vem tirando poder dos gestores das universidades.

“A senhora tem um grande papel pela frente. Quem liberta o homem e a mulher é o conhecimento”, declarou.

O caso na Ufersa remete à intervenção do Ministério da Educação no Instituto Federal do Rio Grande do Norte, nomeando o interventor Josué de Oliveira para o cargo de reitor. O escolhido sequer participou das eleições, indicado pelo deputado federal Girão Monteiro. A comunidade acadêmica elegeu o professor de Educação Física José Arnóbio de Araújo, que tenta reverter o golpe na Justiça.

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