Serviços de transporte e movimentos por moradia foram os responsáveis pelos primeiros movimentos da greve geral deste 28 de abril contra. Enquanto o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, amanhecia com voos cancelados, em Congonhas aeroviários faziam piquete no saguão do aeroporto paulistano.
Em São Paulo, os ônibus e trens do metrô e da CPTM foram recolhidos aos pátios por volta da meia-noite e ali permanecerão por 24 horas.
Em piquete realizado no pátio do metrô no Jabaquara, zona sul de São Paulo, o coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Fajardo, assegurou que a adesão da categoria era total logo na primeira hora da manhã.
Na Ladeira da Memória, a Frente de Luta por Moradia, filiada à Central de Movimentos Populares, deu início às atividades do movimento na capital paulista com um acampamento cultural em um terreno adjacente. O acampamento estabelecido na região central de São Paulo é feito em conjunto com artistas e trará atividades culturais.
A repressão policial também não tardou. No Viaduto Maria Paula, cerca de 150 manifestantes tentaram ocupar o Edifício Alberto, 181, mas foram reprimidos pela Polícia Militar com gás de pimenta e balas de borracha.
Quando o Jornalista Livre Terremoto chegou ao local a avenida estava desde a Rua Santo Amaro até o início da Brigadeiro Luís Antonio. Segundo o repórter, moradores do entorno gritavam “Fora PM” e “PM Fascista”.
No asfalto ficaram os vestígios de cartuchos, vidros quebrados e sacos de lixo usados em uma aparente tentativa de bloqueio. Os manifestantes se dispersaram com a chegada da polícia e não havia informações referentes a feridos ou detidos.
Em Guarulhos, por volta das 3h da manhã, a Frente Povo Sem Medo bloqueou a principal via de acesso ao Aeroporto de Cumbica, o que tem potencial de afetar tanto o transporte de passageiros quanto o transporte de carga e dar visibilidade internacional à greve geral desta sexta-feira. Poucos minutos depois, a PM chegou ao local e usou bombas para dispersar o trancaço.
Também na Grande São Paulo, os funcionários da Viação Urubupungá, concessionária de linhas de ônibus em Osasco, também cruzaram os braços. Os condutores de ônibus de São Bernardo do Campo também aderiram à greve geral.
Em Avaré, no interior de São Paulo, militantes do MTST interromperam a rodovia SP-255 em protesto contra as reformas trabalhista e previdenciária.
Em São Mateus, no Espírito Santo, os petroleiros também aderiram à greve nesta madrugada.
Em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, motorista da Viação Vitória também confirmaram adesão à greve.
Em São Luís do Maranhão, jovens ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE) realizaram ato transmitido ao vivo pela internet.
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