Cerca de mil indígenas de quase cem etnias acamparam em Brasília, entre 10 e 12 de maio, para exigir a garantia de seus territórios e a manutenção de seus direitos.
Os Jornalistas Livres estiveram lá e trazem 20 depoimentos de importantes lideranças indígenas do Brasil.
Guarde estes rostos, escute suas vozes. Em tempos sombrios, são apontamentos importantes do movimento indígena para temas como democracia, representação política, direito ao território, igualdade de gênero e estratégias de luta. Muita luta.
O Acampamento Terra Livre é organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e teve como tema, este ano, o “Direito de Viver”.
– – – –
Sonia Guajajara (MA)
Coordenação-executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB)
“Reunimos em Brasília mais de cem povos porque acreditamos que a mudança e o respeito estão na força da nossa mobilização e na força da nossa união. Não podemos desistir. Não podemos esperar que outros falem por nós, temos que ter nossos parlamentares levantando a nossa voz. E agora temos um governo declarado contra nós. E o que vai ser uma das prioridades do Governo Temer? A aprovação da PEC 215, a revogação de todas as homologações, portarias e declarações assinadas agora pela presidente Dilma. E nós vamos aceitar? Não! Vamos permitir retrocessos? Não! Esta força tem que vir de nós, da nossa união. Não podemos ficar esperando que alguém chegue oferecendo apoio para nós, nós temos que nos organizar nas aldeias, nos municípios e nos estados, do nosso jeito. Nós temos que ter a nossa própria autonomia”.
Ailton Krenak (MG)
“Aqui estão pessoas que fazem essa luta há 30, 40 anos. Estão aqui na nossa frente pessoas que sabem que o povo indígena nunca foi atendido por governo nenhum, nem por este de agora nem pelos anteriores. Que bom ver aqui jovens que são da idade dos meus filhos, da idade dos meus netos, várias gerações que continuam seguindo o ritmo do maracá, firmes, e que não vão baixar a bola para os brancos. Quando pintei o meu rosto de jenipapo na Assembleia Nacional Constituinte, era exatamente isso que eu falava para os deputados, os ministros e as autoridades do governo. Eu dizia: ‘contra a arrogância de vocês, nós temos nossas pinturas de guerra’, ‘contra a arrogância de vocês, nós temos a força do nosso espírito’ . E é com nosso espírito guerreiro que seguiremos garantindo nossos territórios, seja onde for. Onde as mineradoras derramarem venenos em nossos rios, onde os garimpos e madeireiras entrarem para derrubar nossas florestas, lá estaremos com nossa resistência. E essa resistência não é de hoje. Como bem disse nossa querida Sonia Guajajara em meio a essa crise política, independente do governo, temos sempre a mesma luta, que é defender nossos territórios e defender a nossa vida.”
Anara Baré (AM)
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab)
Sou Anara. Na minha língua indígena, Iandara. Pertenço ao povo Baré, da Terra Indígena do Alto Rio Negro e estou hoje compondo a coordenação executiva da Coiab. Mesmo com todas as dificuldades, temos aqui representantes de cada ponto da nossa Amazônia para poder se juntar às outras regiões nessa luta que é de todos nós. Sou mãe, sou esposa, e para nós mulheres é uma honra estar do lado dos nossos guerreiros carregando, juntos, todas as dificuldades deste governo brasileiro; dessas pessoas que chegaram aqui na nossa terra e acham que nós não existimos. Até quando eles vão achar que nos inibem? Estamos aqui para dizer não à violência, não à discriminação, para dizer que não somos bandidos. Estamos aqui para dizer que, independentemente de região ou de povo, nós somos a nação indígena do Brasil. Pela nossa luta, para que possamos continuar a defender nossa mãe Terra, pelos nossos filhos, queremos convocar a todos para seguir unidos.”
Sarapó Pankararu (PE)
Articulação dos Povos Indígenas do NE, MG e ES (Apoimne)
“Temos ouvido muito falar em duas palavras: golpe e democracia. E nós, povos indígenas, ficamos muitas vezes nos perguntando: é golpe ou não é? Na realidade, quem vem levando golpe há anos somos nós. A portaria 303 é um golpe. A PEC 215 é um golpe. E o que seria a democracia? Para nós, povos indígenas, democracia é ver respeitados os artigos 231 e 232 da Constituição, é ver os povos indígenas respeitados nos direitos que nós conquistamos”.
Ednaldo Tabajara (PB)
Articulação dos Povos Indígenas do NE, MG e ES (Apoimne)
“Vejo agora que a obrigação nossa é reagrupar. Fui o cacique mais novo do Nordeste, hoje sou o segundo mais novo. Fico temeroso. Como vamos entrar em um governo onde a gente nunca foi visto por eles? Como nós, agora, vamos nos organizar internamente para fazermos assembleias em cada povo para abrir essa brecha? Nossa obrigação, enquanto lideranças, é fortalecer nossas organizações. É como se fossem os dedos da gente. Eles podem ser diferentes, mas todos dependem da palma da mão. E eu vejo o movimento indígena como a palma da nossa mão. Arrancaram nossas folhas, quebraram nossos galhos, cortaram nosso tronco, mas esqueceram de tirar a nossas raízes.”
Neguinho Truká (PE)
Câmara de Vereadores de Cabrobó
“Sabemos que dentro do Congresso Nacional tramitam, hoje, mais de 120 iniciativas contra nós indígenas. Temos duas mais atrevidas que são a PEC 215 e a PEC 227, que são iniciativas propostas pelo partido que se propõe agora a assumir o governo. Independente se Dilma, Michel ou quem quer que seja, vemos os poderes se comendo entre si para ver quem leva mais vantagem e eu não concordo que, de imediato, a gente tenha que ir lá dar benção ao Temer, não. Já tivemos dois presidentes do PMDB, Sarney e Itamar, e a gente sabe aqui qual política o PMDB usou para regularizar as nossas terras. Acho que devemos esperar. Não temos que dizer sim ou não, temos que defender o que rezam os artigos 231 e 232 da Constituição e a Convenção 169 da OIT. Temos que olhar o passado bem presente em nossas vidas, onde, por exemplo, toda terra só saiu porque lutamos e fizemos autodemarcação. Se eles querem diálogo, que deem um sinal de que querem. Caso contrário, a gente vai fazer o que sempre fez a vida toda ocupando, resistindo, discutindo e provando que eles estão errados. Não é hora de a gente baixar a cabeça”.
Samantha Xavante (ESTADO?)
Rede de Juventude Indígena
“O que será que têm de liga entre aquela mulher indígena que está lá no Rio Grande do Sul e aquela mulher indígena que está no Oiapoque? E aquela mulher indígena de São Paulo? Quais os desafios e enfrentamentos que ela passa? Talvez possa ser o mesmo que acontece em Roraima. Então a gente sabe que cada povo tem suas especificidades, mas que é preciso se unir. Ao se unir, a gente se fortalece. E aqui reconhecemos a importância que tem o Acampamento Terra Livre como uma Assembleia de fato que une essa diversidade de povos, de gerações e de gênero também. São homens e mulheres, lideranças de vários tipos de conhecimento, de lutas distintas mas que são também muito parecidas, porque o primordial é a defesa pelos nossos direitos. Sim, somos mulheres. E, sim, temos enfrentamentos parecidos também com os dos homens, mas temos situações que só nós, mulheres, sabemos”.
Paulo Tupiniquim (ES)
Coordenação da Articulação dos Povos Indígenas do NE, MG e ES (Apoimne)
“Ainda existe, na cabeça de alguns governos, a ideia de que no sul, no sudeste e no nordeste os povos indígenas não existem mais. Eu falo que isso é mentira, porque, se não, não estaríamos aqui. Existimos como povos indígenas que mantêm a sua cultura, a sua tradição, o seu ritual, que lutam para que não venhamos a perder aquilo que nós conquistamos. Quero dizer que a Constituição de 88 foi também uma conquista dos povos indígenas. Os governos e os parlamentares não deram nossos direitos por serem bonzinhos, mas porque nós lutamos muito por eles. E, para nós, indígenas, não precisa de demarcação física para saber se um território é tradicional ou não. Nós conhecemos nossos territórios tradicionais, sabemos onde ele começa e onde ele termina. Se a gente for ter isso em conta, todo território brasileiro é território tradicional indígena. Foram os colonizadores que tiraram nosso sossego, que roubaram nossas riquezas, até nos reduzirem a uma quantidade mínima de povos. Mas não reduziram nossa força e nossa vontade de lutar”.
Cacique Raoni (MT)
“Os brancos invadiram nossa terra, nós somos os primeiros habitantes. Eu fui orientado pelo grande sertanista Orlando Vilas Boas e seus irmãos para defender todos os povos do Brasil, não só o povo Kayapó. Defendo todos os parentes do Brasil. Essa minha luta que comecei a lutar por todos vocês, comecei quando eu era novo. Agora tenho idade, mas continuo lutando por todos vocês, parentes. Os governantes precisam respeitar a nós. Isso é o que eu tenho para falar. Quando o novo governo assumir, aí eu tenho que chegar nele para conversar com ele”.
Joao Neves Galibi (AP)
Coordenação de Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab)
“Em nome da Coiab, a gente pode o apoio de todas as nossas regionais. Elas fortes é que fazem uma Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) forte, uma APIB que possa estar aqui diariamente em Brasília nos apoiando e nos defendendo. Isso mostra para todos nós e para o Brasil que nós temos força, que nós temos garra. Não é fácil reunir indígenas do Oiapoque ao Chuí, mas estamos aqui. Um dos momentos mais importantes para nós é o momento eletivo, e todos estamos vendo isso. Estamos trabalhando a questão das nossas vereanças, dos nossos deputados. Contamos com poucos nesses espaços. E não falamos aqui só em nome dos povos indígenas, porque os nossos direitos são de todo Brasil e do Mundo. Uma terra demarcada é uma terra preservada, é uma terra inteira, com toda sua fertilidade. E quem usufrui isso? São só os povos indígenas? Não, são todos que moram no Brasil”.
Daiara Tucano (DF)
Rádio Yandé
“Nos últimos anos, sofremos com o crescimento abrupto da violência contra os povos indígenas com o avanço da fronteira agrícola e como reposta às conquistas de nossa luta: a Conferência de Políticas Indigenistas resultou na criação do Conselho Nacional de Políticas Indigenistas, que foi logo questionado pelo novo governo. Neste momento de retrocessos, o movimento indígena mostra sua grande capacidade de se organizar e continuar resistindo em todos os espaços. As canetas não são capazes de anular nosso conhecimento nem nossa união, e estaremos cada vez mais organizados dentro de nossas comunidades sejam elas na retomada, na cidade, no campo ou na floresta. A juventude indígena está cada vez mais consciente de sua capacidade e será impossível silenciar a realidade dos povos indígenas, somos orgulhosos de nossa identidade e dignos herdeiros de nosso conhecimento e estamos preparados para enfrentar qualquer desafio como sempre estivemos até que nossos direitos sejam respeitados como seres humanos e cidadãos. O movimento indígena se fortalece e empodera nos espaços que queriam nos negar: o ensino superior, a comunicação livre e os âmbitos internacionais, fortalecendo sua rede de comunicação e combatendo o genocídio cultural como principal estratégia na defesa de nossas terras sagradas e das vidas de nossas crianças”.
Mariano Guarani
Coordenação da Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (ARPIN Sul)
“Nossos parentes estão à beira das estradas, das cercas, das fazendas, reivindicando seu espaço por dezenas de anos. Quero falar aqui do Vitor Kaingang, uma criança que foi degolada no colo de sua mãe, se amamentando. Então, quando a gente fala em violência aos povos indígenas, não é só do passado que estamos falando. São coisas que acontecem diariamente, nossas lideranças com balas alojadas nos seus corpos, violentadas por milícias promovidas por deputados e políticos da nossa região para atacar nossos acampamentos. Não são coisas do passado, não. É hoje e é na nossa pele. Diante dessa turbulência politica que estamos vivendo, queremos dizer que passou monarquia, passaram presidentes e nossa luta continua”.
Alberto Terena
“Vocês sabem do massacre contra os nossos povos, mas estamos firmes, presentes. E eu quero dizer a vocês: precisamos continuar construindo a nossa resistência, seja no cenário político, social ou comunitário. Precisamos esquecer das diferenças que às vezes existem entre nós, porque, se não, continuaremos sem representação nenhuma nesse Estado. E por que eles estão fazendo isso conosco? Porque a gente ainda não conseguiu adentrar os espaços que eles comandam. Precisamos ter pessoas nossas lá, todos temos capacidade pra isso. E esses dias que temos aqui [no Acampamento Terra Livre] são para isso, pessoal. Vamos fazer disso aqui a nossa aldeia. Se tivermos que sair, vamos sair juntos e mostrar a esse país que nossos povos precisam ser respeitados dentro daquilo que nós conquistamos. E não foram com palmas deles que conquistamos isso. Foi com o movimento indígena, com a luta daqueles que estiverem em nossas frentes lutando para que nossos direitos estivessem lá hoje assegurados na Constituição. Nós continuaremos buscando aquilo que nós conseguimos. Fomos chamados de invasores, baderneiros. Vamos correr? Vamos fugir? Jamais, jamais.”
Jaqueline Kaiowa (MS)
“Meu nome é Jaqueline e sou Kaiowa do Mato Grosso do Sul. Venho aqui falar em nome de Damiana, de Waldenice, de Simião, venho falar em nome de todos os guerreiros e guerreiras que estão hoje nas áreas de retomada e por isso não podem estar aqui hoje. Venho falar, em especial, da força da mulher Guarani-Kaiowa; de Waldenice, que está na Corte Interamericana fazendo mais uma denúncia. E dizer que muitos das retomadas Guarani Kaiowá não podem vir porque precisam estar lá fazendo a segurança do nosso povo”.
Álvaro Tukano (AM)
Direção do Memorial dos Povos Indígenas
“Venho de uma região na fronteira com a Colômbia e a Venezuela, que é São Gabriel da Cachoeira. Venho de uma militância do movimento indígena local, desde 1970. Hoje estou aqui como Diretor do Memorial dos Povos Indígenas, e em nome desta luta quero saudar cada um de vocês, homens e mulheres que são meus irmãos, meus primos, meus sobrinhos. Eu vi ontem o filho do Mário Juruna, outros órfãos de tantos guerreiros que estão nesta plenária para continuar a acreditar, ter fé, olhar longe e reconhecer os passos de uma longa caminhada. Quero dizer ao Estado, na pessoa do presidente da Funai, que ele tem caneta e é aplicador de leis para garantir os nossos direitos. Tenho sido cobrador de leis nesse país para demarcar os territórios indígenas, e tenho certeza de que o Santuário dos Pajés não está fora dessa lista de reivindicações aqui em Brasília.”
Cretã Kaingang (RS)
Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (ARPIN Sul)
“Mesmo com todos os nossos direitos conquistados, nós sabíamos que o Brasil ia chegar nesse momento político. Sempre falo que eu não sou de partido politico nenhum. Minha formação se chama causa, e a causa diz para lutar até o último guerreiro. E esse dia chegou, essa hora chegou. A gente sabe que nunca vamos ter um governo que trate a nós como povos originários e que nos inclua nas suas politicas. Jamais. É só tirar de nós e não nos dar nada. Não importa se A, B ou C que vá entrar, nós temos que estar preparados. Se queremos criar nossa nação independente, vamos precisar lutar sim, independente de perder nossas vidas como muitos de nossos pais”.
Ceiça Pitaguary (CE)
Departamento de Mulheres Indígenas da Articulação dos Povos Indígenas do NE, MG e ES (Apoimne-DPI)
“Nesse ano, tivemos um diferencial no Acampamento que foi uma plenária específica das mulheres indígenas. Trouxemos suas vozes das aldeias e das suas regiões, mostramos o que elas passam, o que estão fazendo e o quanto podem contribuir com esse movimento. Não para dividir e querer ser melhor do que ninguém, mas para colocar claramente nossa voz e nossa participação nessa luta”.
Darã Tupi-guarani
Articulação dos Povos Indígenas de RJ e SP
“Venho em nome do meu povo defender os direitos que temos na Constituição Brasileira. Nossos irmãos indígenas estão sendo assassinados, todo dia tem parente sendo ameaçado e baleado, nossas mulheres estão sendo estupradas, e a imprensa não fala nada. Esse país era nosso, já existia nosso povo aqui e essa história de que os portugueses descobriram o Brasil é uma grande mentira. Queremos que a imprensa divulgue aquilo que estamos passando. E se tem alguns políticos que viram as costas para nós, está chegando a eleição. Parentes, vamos ver os parentes candidatos a vereador. Vote nos nossos parentes porque eles é que vão lutar por nós. Pedimos apoio também aos nosso amigos ribeirinhos, a todos os movimentos sociais. Nessa hora, precisamos nos unir contra isso que está ocorrendo nesse país”.
Arildo Terena (MS)
Secretaria municipal de assuntos indígenas de Dois Irmãos do Buriti
“Cadê os deputados que nós apoiamos? Apareceu algum em nossa marcha? Não, não veio ninguém. Falo isso porque precisamos nos organizar e ter vereadores da nossa comunidade. Esse é o momento. Mas para isso nós temos que esquecer as diferenças entre as nossas lideranças. Não podemos nos bater entre nós, precisamos nos bater com o homem branco. Puxar saco de prefeito? Puxar saco de governador? A gente só presta para eles quando está servindo para alguma coisa. Mas quando a gente não serve mais para nada, nós somos jogados fora. Mas com nosso patrício não, a gente conhece, sabe onde ele mora. Falo isso porque tem quatro mandatos em Dois Irmãos do Buriti que nós temos os nossos vereadores, conseguimos criar a secretaria municipal de assuntos indígenas.
Fortaleçam, meus irmãos! Vamos colocar patrícios que pisem no chão e digam: vocês me colocaram aqui, e eu respeito vocês.“
João Pataxó
“Precisamos nos apropriar, nas discussões políticas, de um contexto que vai muito além de nossas próprias aldeias. Então, quando a gente pensa em terra e território indígena, são coisas completamente diferentes. Terra, na visão do não indígena, é simplesmente uma mercadoria e essa ressignificação pelos brancos é totalmente contrária àquilo que temos como ancestralidade. Para nós, território é muito mais do que isso. E, quando falo em território, não estou me referindo apenas ao espaço físico onde nos reproduzimos culturalmente, socialmente, politicamente e economicamente. Também falo em territorialidade de espaços políticos como a Funai, a Câmara dos Deputados, o Senado e outras instâncias onde precisamos ser ouvidos. Não basta somente ser ouvidos no Acampamento Terra Livre ou em manifestações na rua onde paramos o trânsito. Precisamos avançar numa territorialidade que vá mais além do espaço territorial delimitado e reconhecido pela Funai.”
Uma resposta