Representantes indígenas Guaranis das aldeias do Jaraguá, São Bernardo e Parelheiros, e Tupinambás da Bahia, fizeram esta semana um ato contra o genocídio do povo indígena e cobrando pela demarcação das terras já, em pleno Páteo do Colégio, ponto zero da construção portuguesa da cidade de São Paulo.
O ato contou com uma apresentação teatral onde os bandeirantes e a colonização jesuíta foram colocados como personagens principais do início do massacre indígena pelo homem branco. Na cena, Borba Gato e José de Anchieta foram “capturados” pelas tribos Guarani e Tupinambá e passaram por um processo de cura.
Sonia Barbosa (Ara Mirim), liderança da tribo Guarani Mbiya do Jaraguá e Yakuy Tupinambá, anciã da etnia Tupinambá, da Bahia, leram um manifesto histórico, um libelo libertário de um passado ainda presente.
Os responsáveis pelo Museu Padre Anchieta e da Igreja Beato Anchieta, localizado no local, fecharam as portas durante a manifestação. Outro detalhe. Duas visitas escolares monitoradas afastaram as crianças da presença indígena. A história continua sendo contada apenas pelos homens brancos.