Hora doída de sofrer e dizer: adeus, Dona Marisa. Hora eterna e amarga de perda. De confortar e ser confortado na certeza de que injustiças e perseguições não mais lhe farão diferença. Hora de agradecer a senhora por sonhos tidos juntos, que realizaram a certeza de que sim, não há porque ter medo de ser feliz. E de que é possível, sim, ser dono da própria história. Hora de chorar junto com seu grande companheiro de toda vida.
Hora de fixar na memória sua coragem e dignidade, de ter seu exemplo como referência.
Hora de recolhimento, de abraçar e ser abraçado. De escolher bem os pensamentos e as palavras. De pensar e dizer, em sua homenagem: que a luta continua.