Quem ainda quer realizar um sonho, tem melhores chances de sobreviver, ouvi numa cena de filme, durante a madrugada. Perdoem, não sei dizer o título do tal, vi a cena e dormi novamente depois da frase.
Acordei com aquilo na cabeça, pensando se sonhara. A tv ainda ligada, oferecendo tagarela informações do cardápio do dia, no início da manhã já dizia o presidente sobre fritar hamburguer, do filho embaixador e tal, coisas de embrulhar o estômago quando se acorda.
Pesadelo.
Enfim, após escovar os dentes e o café de sempre, dei de cara com texto de Mestrando em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, de Heleno Rocha Nazário, sobre hermenêutica de profundidade, assunto interessante sobre o sentido das palavras, sua interpretação e reinterpretação geradas pelo indivíduo, sendo apenas mais uma interpretação possível.
Jürgen Habermas, filósofo alemão recente, situa a linguagem como uma de muitas dimensões da vida social, uma dimensão sujeita a deformações provocadas pelo exercício do poder, e assim indica que a análise deve identificar as distorções ideológicas que constrangem a linguagem, ligando esses casos e contrapondo-os com uma comunicação ideal e livre de restrições.
Gente sonha tanto, coisas bacanas, um cacho de bananas amarelas, coisa doce, boa. A mídia joga imagens, palavras que insistem, renovam a cada dia aquilo que pensamos querer. Há a vontade dos senhores. Sonhos também?
Nem sei dizer. Dizia Raul do sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade.