A Folha de S.Paulo entrou com uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta terça (23) solicitando à Polícia Federal que investigue ameaças contra a jornalista Patrícia Campos Mello, autora da reportagem “Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp“, publicada na quinta-feira (18).
Patrícia recebeu centenas de mensagens nas redes sociais das quais participa e por e-mail. Entre sexta-feira (19), dia seguinte à publicação, e terça (23), um dos números de WhatsApp mantidos pela Folha recebeu mais de 220 mil mensagens de cerca de 50 mil contas do aplicativo.
Trata-se de uma ação orquestrada pelas redes de apoiadores do candidato Jair Bolsonaro, com o claro propósito de intimidar e constranger a liberdade de informação e de expressão. E isso não é por acaso.
Reiteradamente, Jair Bolsonaro tem se manifestado contrário à Democracia e ao direito de divergir. Como nostálgico da Ditadura e um idólatra de torturadores, ele está ao lado dos assassinos do jornalista Vladimir Herzog e contra a busca da verdade que consiste na própria razão de ser do Jornalismo.
É esse ventríloquo do Fascismo que estimula as hordas de robôs a atacar os repórteres e os veículos que eles consideram “inimigos”, simplesmente porque ousam expor uma realidade diferente daquela em que eles crêem.
Nos últimos anos, Jornalistas Livres têm manifestado seguidamente suas críticas à cobertura facciosa da grande mídia, Folha de S.Paulo incluída, que tudo fez para desacreditar e enxovalhar Lula e os movimentos sociais.
Agora mesmo, a Folha segue considerando a candidatura de Jair Bolsonaro como uma postulação de “direita”, em vez de chamá-la de “extremista” e “radical”, já que abertamente militarista, defensora da Ditadura, da tortura e da violação dos direitos humanos, contrária aos direitos das minorias e adepta da ruptura da ordem Democrática, quando seus interesses são contrariados.
É uma pena que um jornal impresso como a Folha, para o qual a Palavra em seu sentido preciso deveria ser sagrada, recuse-se a qualificar Jair Bolsonaro e seu projeto político com clareza. Recuse-se a apontar-lhe a covardia de fugir ao confronto de idéias e projetos com seu opositor, Fernando Haddad. Recuse-se a denunciar-lhe a truculência desabrida e o discurso rasteiro e insuflador da violência.
Bolsonaro é Fascista. Ele quer a Censura. Ele admira torturadores. Ele acha correto propor a morte de seus opositores. E ele precisa ser contido pelas forças democráticas esclarecidas e iluminadas pelo debate franco e aberto. Antes que seja tarde demais.
Nossa solidariedade à nossa colega Patrícia Campos Mello. Contra a censura e contra o Fascismo.
#EleNão #HaddadSim