Por Alexandre Linares, especial para os Jornalistas Livres

É acordar cedo. É Fazer diário. É estudar e estudar. É Pensar. É corrigir e ler, ler e ler. É ter alunos de todos os tipos. É empurrar alunos para o mar de dúvidas necessárias para o conhecimento. É ficar de pé muito tempo. Escrever na lousa. É fazer os alunos ficarem acordados. É tomar muito café com os colegas professores. É explicar a importância da mexerica. É fazer greve. É fazer faixas e plaquinhas para os atos de greve. É ficar sem aumento salarial. É lutar para que os alunos vão bem no ENEM. É ensinar alunos adolescentes como é importante ler com atenção. É forçar que aprendam a escrever para serem compreendidos. É fazer pensar. É fazer criticar. É fazer. É fazer protesto. É lembrar dos amigos e amigas que ajudaram você a se formar. É se emocionar com alunos entrando na universidade. É se emocionar mais ainda com ex-alunos se formando em universidades. É agradecer aos amigos que lhe ajudaram a ser professor (aquela aula teste!). É fazer parte dos sindicatos (Sinpro-ABC e Apeoesp Sudeste-Centro). É ir nas reuniões é fazer a luta contínua em defesa da educação. É ficar mais de 200 dias sem reajuste salarial enquanto o custo de vida come nossa renda. É confiar nos alunos. É ajudar a despertar os líderes dentro dos alunos. É ficar triste com erros. É ficar feliz com os acertos. É buscar dar coragem àqueles que tem dúvidas. É ficar firme na defesa da escola. É tanta coisa.

É lembrar de cada um de nossos professores e professoras que passaram em minha vida: E.E. Branca de Castro, E.E. André Dreyfuss, E.E. Prof. Américo de Moura (EEPAM) , ETE Rocha Mendes, EMEPSG Rubens Paiva, Fatec-SP, Cursinho Universitário e Fundação Santo André.

É defender o emprego de nossos colegas (no caso do Sistema S, Paulo Skaf está fazendo terrorismo!).

É defender as escolas (Geraldo Alckmin que busca fechar 150 escolas além de desorganizar dezenas de outras escolas).

É ter convicção na luta, aprendendo com as gerações anteriores.

É ter fé no futuro, nos jovens estudantes que vão para rua para defender as escolas.

É duro ser professor. Mas vale a pena.
PARABÉNS meus amigos e amigas professores!
ESTAMOS JUNTOS! A NOSSA LUTA CONTINUA!

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornalistas Livres

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