Por Agatha Azevedo, com fotos de Maxwell Vilela e vídeo de Agatha Azevedo e Maxwell Vilela, para os Jornalistas Livres
Na padronização da biodiversidade, cinco empresas controlam todo o processo de produção de comida no mundo. Desde os venenos ao que será produzido, temos nossos corpos colonizados, explorados e envenenados. É preciso repensar a agricultura e entender que alimentar é um ato político. “Os aspectos da comida sempre estiveram atrelados com a cultura. Temos que produzir de acordo com a expressão dos povos e com a diversidade cultural que temos”, explica Débora Nunes, do MST.
Durante o Festival de Arte e Cultura da Reforma Agrária, debateu-se que o agronegócio influi na alimentação e é o principal causador de muitas enfermidades da população. Este modelo de negócio tem acabado com a agricultura familiar, e investido em monoculturas que diminuem a vida útil da terra e transgênicos. Janaína Rueda, chefe de cozinha, explica: “A gente consegue dar muito sabor a qualquer comida sem usar nada industrializado. O que eu vim fazer aqui, além de ser apaixonada pelos produtos do MST, é falar que o avanço tem que ser muito mais rápido, nós temos que ser ativistas da alimentação e trocar as coisas da nossa geladeira.”
Num mundo onde um terço de tudo o que se produz é desperdiçado, as pessoas passam fome, o alimento que consumimos é de péssima qualidade, e bebemos pelo menos 25ml de agrotóxico, alimentar é também saúde. No Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o setor de saúde pensa terapias alternativas para tratar os corpos usando dos saberes tradicionais e da terapia alternativa. Confira o vídeo: