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Brasília

Rede Urbana de Ações Socioculturais já ajudou mais de 3 mil famílias na periferia do DF

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A Rede Urbana de Ações Sociais vem atuado em diversas frentes para amenizar os impactos da COVID-19 nas periferias do Distrito Federal. Partindo de ações de conscientização, a RUAS contribui também com a distribuição de cestas básicas, produtos de higiene e pequenos auxílios que já ajudaram mais de 3.000 famílias no Distrito Federal.

Conheça o projeto, e saiba como colaborar.

Conversamos com Max Maciel, um dos fundadores da RUAS

JL – O que é a RUAS?

MM – O RUAS é uma Organização Social, que atua há mais de 18 anos no território do DF . A história do grupo que fundou a Rede Urbana de Ações Socioculturais – R.U.A.S começou em 2006, no Distrito Federal, com encontros periódicos para dialogar sobre o jovem brasileiro e suas necessidades. Atuamos em Rede, somos Urbanos e acreditamos que o social não sobrevive sem a cultura, sem o esporte, sem o lazer comunitário e o respeito ao meio ambiente. Acreditamos, acima de tudo, na juventude e no seu poder de transformação. Atualmente somos os gestores do Programa Jovem de Expressão núcleo Ceilândia.

JL- O Brasil ainda não chegou no pior momento da pandemia, e já estamos mais acelerados do que a Espanha, quando ela estava na mesma fase em que estamos. Considerando as gigantescas desigualdades sociais, e a crise política sem precedentes que abala o país, como você vê os impactos que a covid-19 pode causar nas periferias?

MM – A convid-19 veio para mostrar escancaradamente toda a fragilidade e a ausência das políticas sociais em nossos territórios. Ausências estas que sempre denunciamos. Sem dúvidas a periferia é uma das grandes impactadas. Primeiro,  pelo direito de ficar em casa. É muito difícil falar para quem vive da renda quase que diária isso. Sem contar que os nossos continuaram na linhas de frente dos serviços essenciais como: motorista dos ônibus; atendentes de mercado; da limpeza urbana…O drama fica entre não ter renda e em se contaminar por causa de que precisam trabalhar…Por isso, é urgente uma política de renda universal e redução das desigualdades”.

JL – Como você avalia a atuação do GDF no combate à pandemia, e como está a atuação do governo fora do plano piloto e das regiões mais ricas do DF?

MM – No início o GDF acertou com as medidas preventivas, o que fez com que não se alastrasse muito pelas cidades. Mas afrouxou antes do tempo, sem contar com a irresponsabilidade do Bolsonaro em vir na Ceilândia e assim estimular que as pessoas saíssem de casa. o DF é um caso a sempre se olhar. Como a Covid-19 iniciou nas áreas “nobres”, a resposta foi automática e a não contaminação nas periferias se deu justamente pela quarentena, uma vez que a região central concentra mais de 60% dos contaminados.

JL – Fale um pouco sobre a atuação do RUAS no Distrito Federal, e como a periferia do DF está lidando com a pandemia? O que as pessoas pensam sobre isolamento social, e quais são as preocupações dessas pessoas?

MM – A RUAS, em 18 anos de atuação, nunca fez esse tipo de ação. Nossa luta sempre foi pela redução das desigualdades, luta pela igualdade de oportunidades, por emprego e renda dignos. Acontece que, neste momento, não podemos ficar parados,  e então fizemos uma frente com foco em fazer com que os nossos consigam passar por essa pandemia com mais tranquilidade.

Além das cestas, estamos ajudando a fazer seus cadastro e acessar o auxílio emergencial. Sobre o isolamento, ele é novo pra todo mundo e tem gerado dramas, uma vez que a estrutura geral da cidade e das casas dificulta uma boa quarentena. inclusive para as crianças.

JL – Como está o setor cultural nas RAs, diante da pandemia e como os artistas têm se mantido nesse cenário?

O setor da cultura, talvez seja a última a ser normalizada. Estão parados, sem norte. Abrimos uma frente de auxílio para estes. Hoje nosso cadastro tem 200 trabalhadores e trabalhadoras da cultura. Eles não estavam no CadÚnico, nem nas listas de vulnerabilidade, mas entraram, devido a Covid-19. A a ajuda vem da rede de apoio e solidariedade, ainda mais para quem não pode ta em uma live..

JL – A Papuda tem o maior número de casos confirmados, em presídios,  para Covid-19 no país. O que vc pensa disso, e como está a atuação do GDF para mitigar os impactos na população carcerária?

MM – Os presídios Brasileiros estão lotados e nossa política de encarceramento em massa é um erro. Denunciamos sobre o risco da pandemia chegar e dizimar a população carcerária. Hoje a Papuda tem 161 casos. É terrível. A saída era liberar os mais de 200 mil presos provisórios, que aguardam o julgamento. A superlotação gera tantos outras problemáticas e que agora, a falta de espaço, todos juntos e sem circulação de ar razoável, é o cenário perfeito para proliferação.

Alguns dirão que eles merecem, o que é triste,  porque ninguém quer que não paguem pelo que fizeram, mas a maior punição para quem comete crimes é a privação da sua liberdade…

JL – Como estão os números de casos de violência doméstica no contexto de isolamento? Esses números têm aparecido? As denúncias estão sendo feitas?

MM – Não tem aparecido publicamente. Esse é outro fator, a pessoa ficar em casa com seu agressor. Há um movimento que vem disseminando informações de como denunciar online e mesmo o que fazer caso sofra violência.

JL – Como os jovens estão enfrentando a Quarentena?

MM – A galera, por ter poucos sintomas, tem relaxado muito. Infelizmente.

JL – O que vc acha da atuação do Governo Federal no enfrentamento do Covid-19?

MM – Um completo desastre. Um governo que minimiza as orientações internacionais, minimiza seu próprio Ministério da saúde e os dados. E que, se dependesse dele, não ofereceria suporte algum ao povo. A preocupação é apenas com o setor financeiro.

JL – O país tem um gigantesco abismo social, que tende a crescer com a pandemia. Tem ficado evidente que é preciso um estado forte forte e atuante, ao contrário do que prega o ultraliberalismo de Paulo guedes. Como você vê a economia e as relações sociais, depois da pandemia? 

MM – Que inclusive, essa agenda neoliberal não tem respostas à crise e mais do que nunca ficou evidente que precisamos fortalecer o Estado. Imagina a gente sem um SUS, neste momento…

JL – A periferia é o centro?

MM – Sempre! De criatividade, de superação, de tecnologias sociais. A Nossa periferia é que faz toda essa cidade se movimentar.

Foto: Coletivo DUCA

Sobre Max Maciel

Morador da cidade de Ceilândia-DF, 37 anos. Dezoito destes dedicados à militância juvenil. Empreendedor  social, pedagogo de Formação, especialista em Gestão de Políticas Públicas em gênero e raça pela UNB. Foi candidato a Deputado Distrital pelo PSOL/DF em 2018, sendo o segundo mais votado do partido com 8.515.

 

 

Brasília

Ato ecumênico em Brasília em protesto à marca de 50 mil mortes por covid-19 no Brasil

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Texto e fotos: Matheus Alves
O Brasil chegou na última semana ao triste número de 50 mil mortos.

O país chora e, com aquele aperto no peito, grita por justiça, dignidade e o nobre ato do luto. Em um desses gritos, dezenas de pessoas correram para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília e ocuparam, com mil cruzes, a Alameda dos Estados — que faz frente ao Congresso Nacional.

O choro se instala e sem querer se prende à garganta que dói cansada. O respiro perde o compasso. A boca seca. O tremor vem, a lágrima cai.

A sensação de perder um ente querido tão de repente é, sem dúvida, uma das piores demonstrações vitais que o corpo humano pode dar e, bastasse isso, ainda há a infeliz necessidade de assistir aos atos genocidas de um Presidente da República que nega a gravidade da maior crise sanitária da história.

Por mais que tentem explicar, o luto e a luta são as únicas formas de expressar o que é sentir falta de quem não está mais entre nós.

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Brasília

Racistas, fascistas, não passarão!

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Em um lado da Esplanada dos Ministérios, um ato em defesa da democracia, contra o racismo e o fascismo. No outro, a marcha do ódio e antidemocrática dos bolsonaristas defendendo o mesmo de sempre: fechamento do STF, intervenção militar, morte aos comunistas, maconheiros e outros absurdos.

Houve muita provocação verbal dos dois lados, mas apenas os bolsonaristas tentaram criar um embate físico, ao cruzarem a barreira policial no gramado central, para correr entre os manifestantes antifa. A polícia? Parecia mais preocupada em intimidar aqueles que defendem a democracia. Mas a resposta dos que lutam contra o racismo e o fascismo foi linda: muito grito de luta, um ato cheio de emoção e sem violência, como era esperado.

Confira a galeria de imagens da cobertura dos Jornalistas Lives em Brasília

Galeria 1- Fotos: Leonardo Milano / Jornalistas Livres

 

Galeria 2- Fotos: Matheus Alves

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Brasília

Agora com a ajuda do genro de Silvio Santos, brasileiros são levados ao matadouro

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A muvuca que o vírus gosta: Doria "libera" comércio para a Covid-19

Por Ricardo Melo*

O Brasil está no fundo do poço. Não pretendia gastar muito tempo com Bolsonaro, um facínora orgulhoso de sua condição.

Mas não pode passar sem registro seu ato mais recente: criar um ministério para o genro de Silvio Santos, o tal Fabio Faria.

Para quem não se lembra, Fabio Faria é aquele mesmo, deputado pilhado pagando passagens com verba parlamentar para namoradas como Adriane Galisteu e família.

Membro do tal centrão, agora “colega de trabalho” do sogro decrépito e capacho de qualquer governo, Fabio Faria une o inútil ao desagradável aos olhos do povo: engrossa a gangue do capitão no Congresso e fortalece os laços com o dono de uma emissora já conhecida como Sistema Bolsonaro de Televisão. Sim, o SBT, que entrou para a história ao tirar do ar um telejornal de horário nobre para não se indispor com seu patrão do Planalto.

A patiFaria corre solta.

Falemos dos governadores e prefeitos que tentaram posar de equilibrados de olho em dividendos eleitorais.

Não durou muito tempo. Um exemplo. João Dória, o Bolsodória, e seu assecla Bruno Covas vinham fazendo discursos ¨humanitários” até outro dia. Seu repertório esgotou-se tão rápido quanto sua sinceridade.

São Paulo, assim como o Brasil, vive um momento de ascenso da pandemia. O número de vítimas cresce sem parar. Qualquer aspirante a médico sabe que é hora de reforçar as poucas medidas de defesa à disposição. A única à mão enquanto não se descobre uma vacina é manter as pessoas isoladas e dar a elas condições de sobreviver.

O que faz Bolsodória? O contrário. Libera geral. Manda abrir tudo obedecendo ao comando de seus tubarões do Lide de sempre. As fotos estampadas nas redes mostram multidões circulando pelas ruas indefesas diante do apetite do coronavírus e dos senhores das bolsas de valores.

No Rio, a mesma coisa. Assim como Bolsodória, Witzel segue na prática os mantras de quem o elegeu: “E daí”. Ou: “todos vão morrer mesmo. É o destino”. Enquanto isso, faz o que parecia inacreditável. Alimenta uma máquina de corrupção à custa do sofrimento de milhares de brasileiros. Contrata a construção de hospitais a preços hiper super faturados que nunca saíram do papel. Assim acontece em vários outros estados. “Governantes” valem-se da morte do povo para engordar seus cofres particulares.

Tentei evitar, mas tenho que falar de Bolsonaro novamente. Depois de tentar esconder as mortes e roubar o Bolsa Família, ele e seu capanga preferido, Paulo Guedes, estudam ampliar o prazo da esmola aos desvalidos. Como? Em vez dos trocados de 600 reais que até hoje não chegaram a milhões que morrem de fome, fala-se em… 300 reais!! Faça vc mesmo os cálculos para ver o tamanho do disparate.

O destino dos países, mais do que nunca, depende da juventude, do povo trabalhador e de governantes responsáveis (a esse respeito, pesquisem no google o nome Jacinda Ardern, da Nova Zelândia. uma sugestão: https://www.brasil247.com/oasis/jacinda-ardern-quando-a-coragem-restaura-a-politica).

Chega. Não, não pague as dívidas, apenas as indispensáveis que podem te deixar sem luz, água, gás. Peça ajuda aos poucos advogados honestos, cada vez mais raros, é verdade. Procure a parte sadia da OAB. Recorra às organizações populares, aos sindicatos ainda dignos deste nome e, sobretudo, aos coletivos de jornalistas que se libertaram da mídia oficial. Ignore o palavrório dos políticos cínicos, hipócritas e ladrões, seja qual for o partido. E, se puder, fique em casa.

O Brasil depende dos brasileiros dignos desse nome.

 

*Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.

 

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