Professora racista é denunciada por alunos da Universidade São Judas Tadeu

Na última quinta-feira (10) o Coletivo Enegrecer da Universidade São Judas Tadeu, veio a público expor mais um caso de racismo ocorrido dentro da instituição e dessa vez as denúncias são contra uma professora do curso de Psicologia.

A docente não teve e não terá seu nome exposto de acordo com a nota do coletivo por já ter sido denunciada inúmeras vezes à coordenação e por já ser do conhecimento de muitos alunos e ex-alunos as recorrentes falas racistas e discriminatórias da professora em sala de aula.

As falas que motivaram a denúncia da professora giram em torno da hiperssexualização de mulheres negras e da culpabilização dos negros pela própria escravização de seu povo. As declarações reforçam estereótipos que ao longo dos anos serviram como motivo para as práticas de estupros e desumanização de pessoas negras.

(Reprodução BuzzFeed)


Em nota o coletivo esclareceu que antes de optar por expor publicamente a postura da docente que é doutora e ministra a disciplina de Antropologia, procurou a coordenação do curso desde o ano passado e que tiveram pouca assistência e chegaram a ser desestimulados por funcionários que banalizaram as denúncias feitas na época.

O diretor da Universidade São Judas Tadeu no campus da Mooca, Rodrigo Neiva, declarou que abrirá uma sindicância para apurar as denúncias. O Coletivo Enegrecer por meio de uma nota postada neste sábado (12) confirmou que a Universidade está tomando as medidas disciplinares cabíveis e que participará do processo de investigação.

 

Em 2016 a aluna do curso de Direito da universidade, Victoria Cavichiolli, usou sua conta no twitter para fazer declarações racistas contra usuários da linha vermelha do metrô.

Na época a postagem circulou por diversos sites da imprensa que vinculavam o nome da universidade à aluna, no entanto a São Judas nunca se manifestou sobre o caso

Ainda em 2016 um professor dos cursos de comunicação usou seu facebook para compartilhar uma postagem que  reproduzia um discurso de intolerância contra o feminismo e contra cotas. Na época o professor recebeu uma enxurrada de comentários negativos vindos de alunos na postagem. O caso motivou um grupo de alunos junto ao Coletivo Enegrecer a organizar o evento   “Quem tem medo das cotas ?” com profissionais e militantes negros de diversas áreas para se debater a importância das cotas raciais e sociais no ingresso dos alunos às universidades.

Alunos reclamam  que embora a universidade sempre pareça muito solícita e disposta ao debate , casos como este continuam fazendo parte da realidade dos universitários que além de terem de lidar com a pouca  representatividade de professores negros no corpo docente  precisam conviver com situações diárias de racismo e intolerância.

 

 

 

 

 

COMENTÁRIOS

Uma resposta

  1. Fui ver em outras fontes e vcs suavizaram a noticia ainda colocaram a frase “menos” pertubadora dela.

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