Por Rafael Duarte I Agência Saiba Mais
O deputado do PSOL Glauber Braga (PSOL/RJ) desestabilizou os parlamentares governistas nesta terça-feira (2), na Câmara dos Deputados, ao dizer que o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro passará para a história como um “juiz ladrão e corrompido”.
As palavras duras do parlamentar mexeram com os brios dos colegas que participaram da sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para defender o ex-juiz das graves acusações de interferência no julgamento do ex-presidente Lula reveladas pelas mensagens trocadas entre ele e procuradores da operação Lava Jato.
Moro se esquivou da maioria das perguntas e voltou a tentar criminalizar o site The Intercept Brasil, que vem divulgando a conta gotas as mensagens. Acuado, o ex-juiz deixou a sala da comissão sob os gritos de “ladrão” e “fujão”. A sessão foi encerrada após um tumulto generalizado:
– “A história não absolverá o senhor, da história o senhor não pode se esconder. E o senhor vai estar no livro de história como juiz que se corrompeu, como um juiz ladrão. A população brasileira não vai aceitar como fato consumado um juiz ladrão e corrompido que ganhou uma recompensa pra fazer com que a democracia brasileira fosse atingida. É o que o senhor é: um juiz que se corrompeu, um juiz ladrão”, disse já sob os gritos da tropa bolsonarista.
Após o discurso, as redes sociais do deputado foram inundadas de xingamentos e mensagens de apoio. Ele agradeceu a solidariedade e voltou a provocar tanto Sérgio Moro como a militância que o defende:
– Obrigado pelas inúmeras mensagens de apoio ! E pra turma da extrema-direira que veio aqui desabafar, infelizmente não posso me desculpar. O herói de vocês feriu a democracia brasileira e recebeu a recompensa de Bolsonaro. E em linguagem bem popular, juiz vendido é juiz ladrão ! Boa noite. Fiquem bem!”, escreveu.
Esse não é o primeiro discurso de Glauber Braga que repercute no Congresso e na imprensa. Em 2016, durante a votação para a abertura do processo de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, o voto do deputado do PSOL também foi um dos mais comentados. Na ocasião, ele chamou de “gângster” o então presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, atualmente preso, em Curitiba. E evocou figuras históricas da democracia brasileira:
– Eduardo cunha, você é um gangster e o que dá sustentação à sua cadeira cheira a enxofre. Eu voto por aqueles que nunca esconderam o lado fácil da história. Voto por Marighella, voto por Plinio de Arruda Sampaio, voto por Evandro Lins e Silva, voto por Arraes, voto por Luís Carlos Prestes, voto por Olga Benário, voto por Brizola e Darcy Ribeiro, voto por Zumbi dos Palmares, voto não.
Perfil
Glauber Braga é advogado, natural de Nova Friburgo (RJ), tem 37 anos e está filiado ao PSOL desde 2015. Ele exerce o quarto mandato na Câmara Federal. O primeiro assumiu como suplente, em 2007, quando ainda militava no PSB, e os demais foram exercidos como titular da vaga.
Braga ocupou a liderança da bancada do PSOL em janeiro de 2017. No ano anterior, disputou a eleição para prefeito de Nova Friburgo e ficou em 2º lugar.
Progressista, Glauber Braga realiza um mandato participativo defendendo bandeiras em defesa da democracia e direitos humanos. Está na linha de frente da luta no parlamento contra a reforma da Previdência.
O parlamentar do PSOL foi relator da Comissão Especial de Medidas Preventivas Diante das Catástrofes Climáticas, que gerou a primeira Lei Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres Naturais (12.608): o Estatuto de Proteção e Defesa Civil. O estatuto foi sancionado pela Presidência em abril de 2012.
Em 2018, Glauber Braga foi escolhido pelo júri especializado do portal Congresso em Foco como o melhor parlamentar do Brasil.
Inácio da Silva
16/04/19 at 8:13
Como soy a acontecer…apresenta apenas a versão de um dos lados …todo o relato é segundo a professora…como ser dessa profissão conferisse um grau de honestidade maior que a das outras…
Certamente os policiais estavam atrás de “anjinhos” estudantes que nunca se meteram em ações criminosas…eu estudei em escola pública, na época da ditadura militar e nunca a polícia entrou na escola para buscar alguém para interrogar…o que acontecia é que eram todos, na escola, estudantes e não delinquentes…é simples, quando esses garotos pararem de delinqüir, a polícia para de ir atrás deles…
Luiz Sampaio
16/04/19 at 10:32
Inácio da Silva. menores de idade não podem ser presos (o termo técnico é apreendido) e se houvesse um real motivo para se prender quem quer que seja (mulher, homem, ladrão, assassino, mula sem cabeça, o que você possa imaginar) seria DEVER dos policiais dizer de maneira clara e objetiva a razão da prisão para quem quer que seja (isso é uma garantia constitucional no caso das prisões, a nossa constituição que veio depois que a merda da ditadura militar que acabou, dá essa garantia, tem haver com a publicidade e legalidade dos atos administrativos e da vedação a prisão sem justa causa).
Quanto a prisão de alunos na ditadura militar, isso foi amplamente documentado, eles tiravam alunos de dentro da sala de aula, mas você provavelmente não tem idade para saber sobre isso e pelo jeito não gosta de estudar história. Fica uma dica: a merda dos seguidores do Bolsonaro não entendem de história eles acham que o mundo é plano e que o nazismo é de esquerda, não acredite no que eles falam sem ler antes livros de história de verdade.
Há outra coisa, nossa polícia é uma das mais violentas do MUNDO!!! O fato chega a ser corriqueiro.
Danielle Bacelete de Souza
16/04/19 at 16:35
Eu sou da época da Ditadura Militar. Estudei na Escola Estadual Governador Milton Campos, Bairro Santo Antônio, zona nobre de Belo Horizonte, mais conhecida como “Estadual Central”, onde passaram muitos ilustres belorizontinos e mineiros. Lá a polícia, tanto a Militar quanto a Civil, dava batida todos os santos dias. Entravam com camburão e tudo. Presenciei inúmeras “batidas” nos alunos, sem qualquer motivação. Simplesmente chegavam, entravam e punham os jovens na parede, dizendo que era pra “verificar se havia maconha”. Mas aproveitavam para tirar uma lasquinha dos meninos, principalmente porque eram todos de classe média-alta e os gambés morriam de inveja, pois eram, na maioria, um bando de policiais burros, ignorantes e sem boas condições financeiras. Aqueles com quem encontravam maconha, sempre rolava um suborno. Recebiam a graninha que queriam e sartavam fora. Do outro lado da Avenida do Contorno, morava um mega traficante. Era o fornecedor. Todos sabiam, a cidade inteira sabia. Não existia tráfico em favelas. Era na rua mesmo. A polícia NUNCA, NUNCA, NUNCA se deu ao trabalho de prender o cara, pois no final de cada mês, ele deixava uma grana num envelope pardo escondido entre as gretas do muro. A polícia era de bem, mesmo, nessa época!
Sergio
16/04/19 at 17:07
ELA DO PSOL, PT, PCDOB, PDT OU ALGO PARECIDO.
Ricardo
16/04/19 at 17:15
Hummmm, já imagino essa professora defendendo os alunos!!!!
Só pelo currículo, camisa para dar aula ou frequentar a escola, coordenadora de sindicato deve ter sido de uma histeria que contaminou o ambiente, imagino!!!!!
Ana Dorotéia Magalhães
16/04/19 at 22:36
É verdade que neste pais as pessoas, infelizmente, não optsm pela direita ou esquerda, mas sim peli ódio e ignorância. Impressionante como ainda existe ser humano pra defender ações absolutamente estupidas, que em nada justifica a truculência, o despreparo e o abuso de autoridade por parte da polícia. Tive um aluno adolescente que foi preso injustamente. A polícia recebeu a denuncia do roubo de um carro, as caracteristicas do meliante, que era negro, correspondia ao biotipo de meu sluno. A policia ao ve-lo, no momento que estava ssi do da escola, o imobilizou, algemou e levou à delegacia, lá a vítima não o reconheu como assaltante, posto que era. Bom, pediram desculpas e o liberam. O consttangimento e trauma pelo qual o adolescente passou, não foi considetado. Isso sim, é CRIMINOSO!!!