impunidade
PM mata criança: “Pode comprar um caixão pequeno para o seu filho”
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6 anos atrásem

Por Claudinho Silva, do SOS Racismo, e Laura Capriglione, dos Jornalistas Livres

Miguel Gustavo Lucena de Souza, de 12 anos: sonhador e bom aluno
O policial militar cabo Thiago Santos Sudré, de São José dos Campos (94 km de São Paulo), matou no dia 6 de setembro o menino Miguel Gustavo Lucena de Souza, de 12 anos, dentro de um parque de diversões da cidade. Segundo vizinhos, duas semanas antes, o mesmo cabo invadiu, sem mandado judicial, o apartamento familiar para ameaçar o menino e sua mãe, dizendo a ela: “Se eu pegar o Miguel na rua, pode comprar um caixão pequeno, porque ele não vai voltar mais”. Andréia, a mãe, ainda tentou explicar ao policial que o filho era “dependente químico”, ao que o PM respondeu: “Ele é uma sementinha do mal”. O diminutivo se explica: Miguel tinha apenas 1 metro e 33 centímetros de altura. Era um menininho negro, inteligente e sonhador.
A história do homicídio, contada pelo PM conhecido naquela quebrada como “Carioca” e na corporação como “Cabo T. Santos”, foi a seguinte: o menino, em companhia de dois outros garotos, teria roubado um automóvel VW Fox vermelho por volta das 18 horas. Localizado o veículo, os policiais iniciaram uma perseguição pelas ruas da zona sul de São José dos Campos, que terminou quando os meninos entraram com o carro em um terreno descampado em que estava instalado um parquinho de diversões. Foi quando o carro colidiu com a grade do carrossel, pondo fim à aventura.
Do veículo saiu correndo o motorista, um adolescente de 17 anos. Dois meninos, de 13 e 14 anos também saíram do carro e jogaram-se no chão. Por fim, saiu Miguel, que estava no banco de trás do Fox. E aí a história contada pelo PM vira a mesma de sempre _“resistência seguida de morte”: Miguel teria tentado resistir à prisão, apontou uma arma para os policiais, ao que Carioca respondeu com dois disparos letais. Diz o boletim de ocorrência: “O óbito foi constatado pelo SAMU, viatura 11103, Dr. Leandro CRM 121002. Nada mais.”
O coronel PM José Eduardo Stanelis, comandante da tropa militar na região do Vale do Paraíba, disse que o garoto morto estava com um revólver INA calibre 32 nas mãos e escondia debaixo do tapete do veículo um simulacro de pistola da marca Smith & Wesson. “Então, provavelmente, eles estavam efetuando roubos na cidade”, raciocinou.
Trata-se de versão bem diferente da apresentada à reportagem dos Jornalistas Livres e do SOS Racismo por pessoas que estavam no parque de diversões na hora em que o garoto foi alvejado pelos tiros do PM. Nada menos do que 100 pessoas lotavam o local nos derradeiros minutos de vida do menino:
“É mentira que Miguel andasse armado. Ele nunca pegou num revólver. Nem de brinquedo”, disseram vizinhos que pediram para não serem identificados por temerem retaliações do Carioca.
“Ele saiu com as mãos para cima, dizendo ‘Perdi, perdi’. Mas o Carioca atirou mesmo assim. O primeiro tiro pegou debaixo do braço [na região da axila]. Depois teve outro. E mais outro.”
“Foi uma correria desesperada no parque, mas logo depois as pessoas começaram a voltar e deu tempo de ver que Miguel estava jogado no chão, de costas, com as pernas dobradas. Ele ainda estava vivo quando o Carioca o pegou pelo pescoço –ficaram marcas de sua mão no pescoço fininho. Miguel morreu com os olhos esbugalhados e a boca aberta, tentando respirar”.
A versão dos PMs começou a desabar no descrédito já na delegacia onde foi lavrado o boletim de ocorrência. “Em sede policial, a vítima do crime de roubo, após olhar os conduzidos (adolescentes que estavam no Fox), não reconheceu nenhum deles como sendo os autores do crime de roubo que sofreu”.
Miguel era um dos seis filhos da cuidadora Andréia Gonçalves Pena, mulher negra, evangélica da Assembléia de Deus e chefe de família. O filho mais velho dela é estagiário na Embraer, cargo que obteve graças às notas excelentes no ensino médio. Uma filha, pelo mesmo motivo, conseguiu estágio em outra gigante da engenharia nacional, o CTA, o Centro Técnico Aeroespacial, jóia tecnológica mantida pela Aeronáutica. Miguel não fazia feio nos estudos e era seguidamente elogiado pelos professores da Escola Estadual José Frederico Marques. Mas o menino era sonhador demais.
“Aviãozinho”

“Dia feliz”: Residencial Colônia Paraíso
Quando a família mudou-se em 2015 para um dos 528 apartamentos de 48 metros quadrados do “Minha Casa, Minha Vida” encrustado no Campo dos Alemães, foi felicidade total. Ali, bem perto, ficava a ocupação do Pinheirinho, que se tornou tristemente famosa por causa da violenta ação de despejo de 6.000 moradores, ocorrida em 2012. O bairro parecia ter uma sina ruim, mas a inauguração do Residencial Colônia Paraíso deu uma grande esperança de dias melhores para aquele povo, apesar de o nome do conjunto habitacional ter sido tomado emprestado do cemitério vizinho, que se chama Cemitério Colônia Paraíso, ou Cemitério do Morumbi.
“Foi o dia mais feliz da minha vida”, diz a mãe de Miguel, Andréia. “Nunca eu iria imaginar que a gente ia sofrer naquele lugar tudo o que estamos sofrendo”.
Com apenas 10 anos, já no novo endereço, o menino começou a fumar maconha. Logo, o tráfico o recrutou como “aviãozinho” –no organograma da criminalidade, são vendedores de drogas que atuam nas biqueiras. Os traficantes preferem usar crianças com menos de 12 anos nessa função, porque o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990, diz que menores de 12 anos são considerados crianças e, por isso, inimputáveis penalmente, ou seja, não podem sofrer nenhum tipo de penalidade. As medidas socioeducativas, como a internação na Fundação Casa, podem ser aplicadas apenas para adolescentes, na faixa etária entre 12 e 18 anos. Para Miguel, trabalhar como aviãozinho era uma forma de custear as “viagens” com a maconha.

Receita psiquiátria de Miguel
A mãe, Andréia, nunca aceitou esse caminho para o filho. Ela deu uma surra nele no meio da rua, ao flagrá-lo vendendo drogas –e, por isso, foi chamada às falas pelo Conselho Tutelar. Internou-o durante 27 dias em uma clínica de recuperação para adictos em álcool e drogas, mas teve de tirá-lo porque a tenra idade dele não aconselhava a medida. Procurou ajuda no SAMA (Serviço Ambulatorial Especializado no Tratamento da Dependência Química em Mulheres e Adolescentes), onde uma psiquiatra receitou Carbamazepina, uma droga de tipo “faz tudo”, “indicada para o tratamento de afecções tão diferentes quanto crises convulsivas, doenças neurológicas tipo neuralgia do trigêmeo e para o tratamento do humor bipolar e da depressão, em adultos e crianças”. Implorou no altar e, por fim, pediu ao traficante para que não vendesse mais nada para o filho e nem o empregasse para passar drogas. Nada funcionou.

Janela do quarto: Miguel empinava pipas e sonhava com carrões
Sonhador
Miguel era conhecido no bairro porque estava sempre de costas para o vento, empinando pipa, ou correndo atrás de uma que tivesse sido cortada por cerol. Em seu quarto no Residencial Colônia Paraíso, ainda se vêem duas pipas penduradas na janela. Um tio deu ao irmão de Miguel um automóvel Escort velhíssimo, branco. Com os pneus murchos e sem motor, o veículo está estacionado há anos na área comum do prédio. Miguel gostava de passar horas e horas dentro da lata velha, imaginando que dirigia um possante esportivo. E dormia dentro, muitas vezes com outras crianças. O menino amava carros.
A ameaça do PM Carioca, aquela que foi feita no apartamento da família, calou fundo no menino. Ele parou de vender drogas e migrou para o comércio de doces e balas nos semáforos.
A mãe, assustada, levou-o para passar uns dias em Minas Gerais, para acalmar a tensão. Voltaram no dia 5 de setembro e, logo, o menino saiu para a rua. No dia 6, ele estava com a incrível quantia de R$ 75 no bolso, quando deu de cara com um “nóia” que acabara de roubar um Fox Vermelho. Fissurado demais para consumir crack, o ladrão topou “vender” o carro por R$ 150 para Miguel e um amigo, que juntou outros R$ 75. O carro ficaria por isso mesmo (R$ 150) e mais algumas prestações que nunca seriam pagas.
Então, entraram mais dois meninos na brincadeira e os quatro saíram dando rolezinho pela cidade. Foi por isso que a proprietária do carro não reconheceu nenhum dos adolescentes capturados no parque de diversões, como sendo os ladrões que lhe levaram o Fox. Não eram eles mesmo.
As lágrimas das duas mães
Por volta das 22h50, Andréia foi avisada da morte de seu filho. Ela correu ao Distrito Policial e tinha acabado de perguntar para o delegado de plantão quem havia matado Miguel, quando entrou no recinto o policial que até ali Andréia só conhecia pelo nome de “Carioca”. Ao vê-lo, ela foi até ele, dizendo: “Parabéns, você conseguiu. Estou indo comprar um caixão pequeno para o meu filho. Tá satisfeito?” O PM respondeu-lhe: “Sua louca! Se seu filho fosse bom, não estaria dentro de um carro roubado!”
A proprietária do carro, mãe de um menino da mesma idade de Miguel, ao saber da morte dele, fez questão de comparecer ao velório, realizado no dia seguinte no Cemitério Colônia Paraíso, bem perto do condomínio homônimo. “Eu trocaria mil carros para ter a vida do seu filho de volta”, ela disse a Andréia, os rostos das duas mulheres devastados pelas lágrimas.

Miguel morto: camisa do Corinthians no caixão
“Cabo Bruno”
O PM Carioca, ou Cabo Thiago Santos Sudré, do 46º Batalhão de Polícia Militar do Interior, é um sujeito temido no bairro. Sob a condição de se manterem no anonimato, cinco moradores disseram quem é o Carioca:
“Ele vem sempre, a pretexto de fazer a ronda. Entra nos prédios, bate nas portas dos apartamentos. Invade. Vem sem mandado. Entra de qualquer jeito, sem autorização mesmo.”
“Ele é capaz de tudo, senhora. Contrariado, é capaz de enfiar um monte de drogas no primeiro que encontrar, só para acusar de tráfico. Destrói a vida da pessoa e da família, sem dó.”
“É um policial safado. Não é toda a polícia que é assim, mas esse é. Eu não sei o que está acontecendo com os órgãos públicos. Ele mata, forja o confronto e não dá nada contra ele.”
“Se ele não vai com a cara de uma pessoa, ele joga a sacolinha ali cheia de droga e forja um flagrante por tráfico. Ele tentou fazer isso com um amigo e se não fosse a mulher dele chorar e implorar…”
“É um bandido de farda, como aquele cara de São Paulo, chamado Cabo Bruno [refere-se ao ex-PM Florisvaldo de Oliveira, acusado por mais de cinquenta assassinatos na periferia de São Paulo durante os anos 1980]. Eu não sei como esse cara ainda está na polícia.”
PM mata mais
Desde a morte do filho, Andréia tomou para si a missão de retirar Carioca das ruas:
“Ele não pode mais continuar matando crianças. Meu filho eu sei que não volta, mas se eu puder ajudar alguma mãe a nunca sentir a dor que eu estou sentindo agora, minha vida já terá valido a pena.”
Na quarta (18), Andréia foi à Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo, que instaurou procedimento para investigar a ação do PM que matou Miguel. O ouvidor Benedito Domingos Mariano encaminhou ofício ao corregedor geral da PM, pedindo que avocasse o inquérito policial militar para apuração das circunstâncias da morte de Miguel, em vez de deixar a incumbência a cargo da polícia de São José dos Campos. No mesmo dia, Andréia compareceu à corregedoria e lá fez a identificação fotográfica do policial de codinome “Carioca”.
Segundo a Ouvidoria, pelo menos 14 pessoas morreram em confronto com policiais na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, apenas nos seis primeiros meses do ano. O número é 75% maior do que os oito mortos registrados em igual período do ano passado. Os dados certamente estão aquém da realidade, porque não são todos os casos de mortes causadas pela ação policial que são acompanhados pela Ouvidoria.
Depressão, aborto e perda de chance terapêutica

Parque vazio: tudo acabou no dia seguinte à morte de Miguel
O parquinho de diversões instalado no Campo dos Alemães, e que foi cenário da tragédia, encerrou suas atividades no dia seguinte à morte de Miguel. Andréia pediu aos responsáveis pelo parque cópia das gravações das câmeras de segurança, mas não obteve. O terreno agora está vazio, embora a programação previsse o uso daquele terreno como parque de diversões até o Dia das Crianças, comemorado em outubro. O parque foi embora às pressas.
Dezenas de ameaças foram postadas no facebook de Andréia e de toda a família. Uma delas, de autor desconhecido, referia-se a Miguel da mesma forma que o PM Carioca, quando ameaçou o menino: “Sementinha do Mal”. A família foi obrigada a se mudar do Residencial Colônia Paraíso.
No apartamento da família, que foi invadido no domingo (15), por volta das 20h30, a porta foi quebrada, provavelmente por um pontapé. Os armários estão revirados. Documentos e receitas médicas espalham-se pelas camas. Nas paredes, alguém resolveu gravar com um instrumento cortante os nomes de cada um dos filhos de Andréia. Mas o nome de Miguel, todas as vezes que aparecia, recebeu um risco profundo. A mensagem é clara: “Eliminado”.
Uma irmã de Miguel, a mais próxima dele, aquela que várias vezes foi buscá-lo na biqueira para levá-lo de volta para casa, mesmo que à custa de ser injustamente chamada de “nóia”, está deprimida. Ela chora de saudades do irmão enquanto se corta –silenciosamente.
Andréia, que estava com três meses de uma gravidez planejada para gerar uma criança que pudesse se tornar doadora de medula para o filho mais velho dela, sofreu um aborto. O jovem de 20 anos, que sofre de leucemia, perdeu assim uma valiosa chance de cura.
Neste domingo, em contato com a reportagem dos Jornalistas Livres e do SOS Racismo, da Assembléia Legislativa de São Paulo, Andréia disse o que a mantém firme e destemida: “Eu vou conseguir provar que Carioca matou meu filho sem merecer. Eu vou até o fim e Deus vai comigo por Justiça.”
Posição oficial da Secretaria da Segurança Pública
Jornalistas Livres procuraram a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo para saber quais providências adotará em relação às graves denúncias feitas pela mãe do menino Miguel e pelos vizinhos de São José dos Campos. Eis a nota emitida pela Secretaria:
“Todas as circunstâncias relativas aos fatos são apuradas pelo 3º DP de São José dos Campos e pela Polícia Militar por meio de IPM, que é acompanhado pela corregedoria da corporação. As armas dos policiais foram encaminhadas para perícia, assim como o revólver calibre 32 e um simulacro utilizado pelos suspeitos. Os envolvidos seguem afastados da atividade operacional, cumprindo expediente administrativo, enquanto durarem as investigações.”
LEIA TAMBÉM: https://jornalistaslivres.org/atira-se-muito-atira-se-mal/
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impunidade
Bolsonaro e cúmplices tucanos fazem do Brasil a terra do vale tudo
STF protege Serra, acusado de roubo milionário; Bozo sem máscara; Lava-Jato espiona 38 mil sem autorização. Nem a novela iguala o vale tudo da vida real
Publicadoo
5 anos atrásem
31/07/20
Os exemplos são inúmeros. O país não está mais sob o império de leis, mas daqueles que acham que podem mais por causa da farda, da toga, do cargo ou de um revólver no coldre. Principalmente, por causa do dinheiro que roubaram do povo. O facínora Jair Bolsonaro faz a festa. Nem sei se o vírus o aceitou de fato como hospedeiro, tal o volume de mentiras que ele produz. Seja como for, ele insiste em fazer troça de quem procura alertar para os efeitos da pandemia. Mais de mil mortes por dia! Tido como curado, a primeira coisa que Bolsonaro fez foi desafiar normas que impedem pessoas de circular sem proteção. Foi ao Piauí desfilar sem máscara e distribuir abraços em aglomerações, algo proibido no estado. O governador do PT finge que não viu. Em vez de multá-lo, acoelha-se. Essa é a “oposição” oferecida ao povo.
Por Ricardo Melo*
Ainda outro dia, um dito desembargador humilhou fiscais no litoral de São Paulo. É reincidente. Em vez de ser afastado imediatamente, conta com a complacência da justiça apodrecida.
Aí vem a briga da Lava-Jato. O procurador Aras não é flor que se cheire –recomendo distância se o seu olfato ainda não foi fulminado pela covid-19. Mas brigas entre os de cima são sempre assim. Bandido que luta contra bandido não economiza segredos. E a verdade vem à tona.
Na disputa contra Sergio Moro, Aras revela que a Lava-Jato virou um poder paralelo. Tem um dossiê com mais de 38 mil nomes –o seu pode estar entre eles— guardados a sete chaves. Uma SS aos moldes nazistas montada com dinheiro do povo. E o conselho nacional de justiça ou do ministério público ainda hesita em afastar Dallagnol dessa operação cujo objetivo sempre foi claro: tirar Lula das eleições.
Chega? Nada disso. O Supremo Tribunal Federal virou a casa da mãe Joana –com todas as desculpas devidas a ela. Dependendo do juiz, a sentença varia. José Serra, um ladrão conhecido –embora muy amigo de juízes e jornalistas de quem foi fonte em priscas eras–, conta com a blindagem deste pessoal e de ministros do Supremo para descansar em paz. O presidente do STF encabeça a fila.
Os tucanos vêm saqueando o país há décadas. A semelhança não é acidental: assim como os Bolsonaros, usam a família para surrupiar dinheiro público. Serra elegeu a filha como laranja de estimação. Já Alckmin pinçou um cunhado para praticar as malfeitorias agora escancaradas. Tudo encoberto pela imprensa servil durante anos, a mesma que agora tenta abafar o caso e dedica ao assunto espaço menor do que às seções de horóscopos e meteorologia em suas páginas e telejornais. Vale a pena lembrar: um barco de alumínio da família Lula, que não custa mais de R$ 3 mil, foi manchete de jornal como “prova” de roubalheira. Já os milhões roubados pelos tucanos desaparecem do noticiário. Precisa falar mais?
Os advogados dos larápios nem sequer tentam provar a inocência de seus clientes cheirosos regados a vinhos de safras celebradas. As bancas milionárias contratadas pela quadrilha emplumada se calam diante dos crimes cometidos. Agarram-se a “prescrição dos crimes”, seja pelo tempo decorrido, seja pela idade dos acusados. Ou se apegam ao “foro privilegiado” para impedir investigações. Na verdade, uma confissão de culpa.
O povo assiste a tudo isto estarrecido. Aparentemente indefeso, mas só aparentemente. As iniciativas em lugares como Paraisópolis, Heliópolis, movimentos de ocupações e de outras comunidades pelo Brasil afora mostram que a defesa da vida suplanta o descaso cruel das elites endinheiradas. Germinam aquilo que deve ser o futuro de um mundo melhor.
*Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.
Leia mais Ricardo Melo em:
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Censura
Militares fazem o que sabem de melhor: esconder os mortos
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5 anos atrásem
09/06/20
Imagine uma epidemia que se alastra rapidamente e mata entre 10% e 20% dos infectados. Imagine que essa epidemia mata principalmente crianças e em especial as da periferia, com menor acesso ao saneamento básico e à saúde. Agora, imagine que por três anos os meios de comunicação sejam censurados nas reportagens sobre a epidemia, que os médicos sejam proibidos de dar entrevistas e que o Ministério da Saúde, controlado por militares, não divulgue os números corretos sobre a doença e as mortes. Isso já aconteceu no Brasil, e não faz tanto tempo assim.
Entre 1971 e 1974, pelo menos 60 mil pessoas de sete estados brasileiros (40 mil só em São Paulo, o epicentro da epidemia) foram infectadas pela bactéria causadora da meningite. Até hoje é impossível precisar quantos morreram. Mas para impedir o que achavam ser uma histeria dos médicos, os militares decidiram esconder esses fatos, e os mortos, da população. Centenas, talvez milhares de crianças, aliás, foram enterradas na mesma vala comum clandestina do cemitério de Perus, na capital paulista, onde eram jogados os corpos de dissidentes políticos torturados e mortos pelo Doi Codi.
Um ótimo vídeo curto sobre a epidemia de meningite e a maquiagem de dados da ditadura militar está disponível no canal Meteoro.doc. Ontem, o canal publicou um novo vídeo, tratando especificamente da atual maquiagem de dados e da disputa de narrativas entre o novo governo militar, que teoricamente ainda não é uma ditadura, e os meios de comunicação para se informar ou desinformar a população.
O tratamento governamental da epidemia de meningite dos anos 1970 só vai mudar em 1974, com um novo general no poder e a aquisição pelo governo de 80 milhões de doses da vacina. Sim, já havia vacina para a meningite e o governo sabia que se tivesse feito uma campanha de vacinação anos antes, teria poupado milhares de vidas. Mas pra que admitir um genocídio se podia dizer que havia um “milagre econômico”? É como disse a ex-secretária da Cultura, Regina SemArte: é muito peso carregar essa fileira de mortos.

Telegrama da Polícia Federal ordenando a censura nos dados sobre a epidemia de meningite. Fonte: Twitter do historiador Lucas Pedretti @lpedret. Como os telegramas não tinham pontuação, usavam a sigla VG para vírgula e PT para ponto final.
Assim, em julho de 1974, com a admissão oficial de que havia uma epidemia, o jornalista Clovis Rossi, então trabalhando no jornal O Estado de São Paulo, preparou uma grande reportagem de capa, intitulada Epidemia de Silêncio, na qual dizia: “Desde que, há dois anos aproximadamente, começaram a aumentar em ritmo alarmante os casos de meningite em São Paulo, as autoridades cuidaram de ocultar fatos, negar informações, reduzir os números referentes à doença a proporções incompatíveis com a realidade — ou seja, levando, deliberadamente, a desinformação à população e abrindo caminho para que boatos ocupassem rapidamente o lugar que deveria ser preenchido per fatos. Fatos que as autoridades tinham a obrigação, por todos os títulos de esclarecer ampla e totalmente”. Leia a matéria completa aqui.
Mas, claro, militares não gostam que digam quais são suas obrigações e publiquem que estão desinformando a população. Assim, a matéria de Rossi foi censurada e em seu lugar o Estadão publicou um trecho do poema Os Lusíadas, de Luís de Camões.
Por causa da Lei da Anistia, de 1979, os militares jamais foram responsabilizados criminalmente pelas mortes na pandemia e nem pelas torturas, mortes, desaparecimentos e ocultação de cadáveres de dissidentes políticos. Mas talvez a história não se repita com a pandemia de coronavírus. Ontem, o Supremo Tribunal Federal, atendendo a uma ação dos partidos Psol, PCdoB e Rede Sustentabilidade, determinou a divulgação diária das informações sobre os dados de Covid-19 até às 19h30, pelo Ministério da Saúde. E também ontem, o Tribunal Penal Internacional de Haia, na Holanda, decidiu analisar a denúncia do PDT de genocídio promovido pelo Governo Bolsonaro. Esse é um caso raro, já que normalmente o TPI só julga ex-governantes acusados de crimes contra a humanidade.



É notório que as polícias no Brasil têm tradição em policiar eficazmente o entretenimento lucrativo dos blocos de carnaval, shows e aglomerações em campeonatos de futebol. Nesses casos, sua atuação se dá na manutenção do status quo dos públicos, constituída a partir das atividades de contenção e dispersão das multidões. Já para o controle de pessoas que ocupam o espaço público sob a forma de protestos de todos os matizes políticos, apesar de ser um fenômeno relativamente recente e não haver protocolos policiais escritos e validados, sabemos que esses eventos se tornam encenações, nas quais janelas são abertas para oportunistas de todas as ordens, para acertos de contas da polícia dos bens com a polícia do bem, incluindo os ‘caroneiros’ de manifestação que comparecem por motivos completamente alheios às pautas dos protestos.



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Le Cassia
23/09/19 at 20:39
Triste realidade. Mas, um preto e pobre morto que viraria estatística se não fosse a coragem da mãe em enfrentar o sistema. Parabenizo também a coragem dos repórteres e do Jornalistas Livres em contar uma história bem diferente a passada na TV. Miguel é e sempre será uma vítima, pois quando uma criança de 12 anos tem sua vida encerrada tão cedo isso demonstra que todos nós falhamos. É preciso reagir. Basta de violência, basta de extermínio! #VidasNegrasImportam #VidssImportam
FILIPE MONZATO MACHADO
23/09/19 at 22:17
Deve ser horrível perder um filho. Ainda mais um filho criança. Mas essa mãe já havia perdido o seu filho. Não pela arma de um PM e sim pelas drogas, para o tráfico e para a falta de educação dele. Pois analisando a própria matéria, como ele adiquiriu os 75 reais ??? Ele não sabia que 150 reais é um valor muito baixo para a compra de um carro ?? Eu não defendo quem mata, mas o Brasil precisa parar de vitimizar quem comete crime. Se houvesse uma correção desde o primeiro delito essa morte tinha sido evitada. Se for provado que ele foi assassinado sou totalmente a favor da condenação do assassino. Mas paremos de vitimizar e vamos começar a assumir a nossa culpa nos erros tudo isso tem como maior culpado a impunidade das leis brasileiras.
Omar
23/09/19 at 22:17
Nada justifica simular um confronto e executar uma pessoa. Mesmo diante de tanta impunidade e hipotéticas leis falhas, nada legitima construir falsas provas – a chamada fraude processual com flagrante forjado. Ainda que seja um indivíduo, apesar da terna idade, contumaz no crime, apesar de, como explora o texto, bons exemplos aparentemente o garoto teve/têm.
Agora, interessante também perceber a parcialidade do autor: sempre tentando contextualizar a vida do garoto, que supostamente deixou boa família e tinha boas notas etc, como forma de induzir a um pré-julgamento dos fatos. Se tem todas essas respostas e já chegou a essa conclusão poderia bem repassar essas provas concretas à Corregedoria, PCSP, Ministério Público. Enfim, pelo visto a investigação já foi feita e concluída. Os culpados já foram encontrados. Está no emprego errado, deveria ser policial. Mas policial de verdade, não desses que forjam e executam os cidadãos sumariamente e maculam os demais e suas respectivas corporações.
CELSO MAXIMINO JOSE
23/09/19 at 22:20
Tudo isso é consequência de uma ideologia defendida e alimentada pelas mais altas autoridades do país. É preciso estancar essa barbárie.
Gerson
24/09/19 at 0:33
Vamos esta acompanhando esse caso ……..se acontecer qualwuer coisa de mal contra a familia desse garoto iremos denuciar esse policial
Angela Maria Lopes Kerber
24/09/19 at 1:42
Ele obteve os 75 reais vendendo balas. Está no texto da matéria. Basta fazer a leitura.
Antônio Vale
24/09/19 at 2:37
Até quando o Estado vai assassinar inocentes, através de sua Polícia????
Su
24/09/19 at 2:53
Li uma reportagem estarrrecedora. Esse assassinato não pode ficar impune. Se as testemunhas disseram que o menino na estava armado eu acredito. Também acredito que não sabia que o valor de150 era pouco para aquisição do carro. Crianças que não tem referência se engana fácil. Ele era um menino muito arteiro isso sim. Fácil falarem corrIgir quando na se vive a realidade de uma mãe que cria cinco filhos sozinha. Teve vários sucessos, pelo que li. A questão é que Miguel tinha outra personalidade mais difícil. Ela não conseguiu em suas várias testátivas reverter o quadro absurdo e anunciado. Sou solidária a essa mae.
Artes de uma criança Especial- Ane
24/09/19 at 3:18
Concordo com as falas do Sr. Filipe e Omar. Se o polical errou que pague por isso, porém vitimizar o menino da forma como foi feita é um pouco demais! Sinto muito pela família, mesmo tendo 12 anos ele sabia que estava fazendo coisas erradas, infelizmente.
Tiko
24/09/19 at 3:34
Esses trastes estão em todos os lugares,se acham acima da lei, se não forem com sua cara vc corre um grande risco.
Alessandra
24/09/19 at 3:37
É muita coisa encoberta.mas DEUS está anotando tudo é vai querer troca viu. Meu DEUS quanta maldade nesse mundo.DEUS está irado com essa terra.
Otoaugustooliveira
24/09/19 at 5:23
Polícia Bandida….acobertada por uma justiça falha.
Regivaldo
24/09/19 at 6:06
Em 100 polícia 10 são honesto essa é a realidade do nosso Brasil. Infelizmente nós estamos no mundo sem lei
CAL Soares
24/09/19 at 6:48
Lamentável! Existem policiais em todos os estados que agem dessa forma, presenciei isso, e a justiça é omissa em muitos casos. Se tivesse que culpar alguém, culparia nossos governos. Miguel e até mesmo o próprio “carioca” são vítimas desse sistema falido. O policial deve responder sim pela covardia. Mesmo se Miguel fosse adulto, não justifica tamanha crueldade. Parabenizo os jornalistas livres pela reportagem profunda e contextualizada. Não depender da mídia tradicional é importante, pois hoje estão defendendo e justificam toda morte desse nível em todo o país.
Carla Aparecida
24/09/19 at 8:04
matar é a maior tolice pois a morte/ressurreição vem milagrosamente assim como a vida
Luana
24/09/19 at 8:37
Polícias que deveriam fazer diferença no mundo infelizmente fazem aos contrario de suas obrigações e deveres … A justiça tem que ser feita porque essa criança era um ser humano e tinha tudo para a sua vida seguir um novo rumo mais um caso para ser bem analisado e punidos como merecem pq policiais podem ficar dez anos para pagar o que fez a vida do menininho nao volta mais…
Marcos Costa Ramos
24/09/19 at 8:52
A carne mais barata e a carne preta.
Não devemos cair na vitimização,mas o estado tem de punir todo e qualquer tipo de crime,desde os praticados pelo garoto ao bandido disfarçado de polícia.
Somoel cândido padilha
24/09/19 at 13:02
E o corpo volta ao pó e o espirito volta a deus que o deu e o MP tem que investigar esse caso com todo cuidado e somente punir os culpados e que Deus console o coração dessa grande mae
Marcia baroni
24/09/19 at 13:42
Sempre assim….atiram porque revidaram…..essa é velha…..policial do mal….
jose wellington araujo de souza
24/09/19 at 14:32
Esse cara é maluco, não entendo como ele tá na corporação militar, ele é demente, joga na prisão pra ele pensar que não é só ele que tem família, sentimentos
Sérgio
24/09/19 at 15:12
O carioca aborda possível suspeito até mesmo aqueles que traficam pedem revólver em troca da liberdade é assim que arruma arma para forjar aqueles que matam não é só ele não a maioria dos policiais que fazem ronda na zona sul principalmente Campos alemães fazer isso perdem arma e droga para poder soltar aqueles possíveis suspeitos pra depois forjar aqueles que eles acham que devem.
Só tou falando por já aconteceu comigo.
Sol Nascente
24/09/19 at 15:59
Infelizmente, a barbárie tem tomado conta do Brasil.
O Mundo inteiro está comentando que a violência contra seres humanos e animais tem prevalecido, ao invés do apoio, de cuidados, de atenção, principalmente ao Povo mais necessitado, que busca ter um lugar ao Sol. Infelizmente, a desigualdade gritante, impede esse sonho se tornar realidade.
O Brasil já voltou a constar no Mapa da Fome do Mundo, fato esse que havia deixado de constar, durante os Governos do ex-presidente Lula e da ex-presidenta Dilma, devido aos projetos sociais e econômicos implantados que sempre foram elogiados no Mundo inteiro e até mesmo copiados por países Mundo afora.
Infelizmente, a ex-presidenta Dilma mal pôde governar, haja vista a oposição ter estado tramando, conspirando, juntamente com o “grupo” que age nos bastidores, para tirá-la da Presidência e colocarem um Presidente-Fantoche no lugar dela, bem como impedirem o ex-presidente Lula de se candidatar à Presidência, certos de que o ex-presidente Lula venceria as eleições, já no Primeiro Turno e isso, esse “grupo” não queria que acontecesse.
Com o Brasil voltando a constar no Mapa da Fome do Mundo, segundo a ONU, a criminalidade, bem como a violência tendem a aumentar, como já têm acontecido.
lilian alves
24/09/19 at 16:06
Vitimizar??
Era uma criança pobre aprendendo as maldades….
Mas ainda era uma criança porque ameaçar e não tentar ajudar….
Pm safado igual a muitos por aí……se fosse filho dele será que ele tinha matado..
Que a justiça seja ….seja cedo ou tarde..
Mário paixão Pereira
24/09/19 at 16:56
nossa fico horrorizada como ainda existe pessoas que criticam e questionam o fato da criação do Miguel, e em nenhum momento lembraram que essa criação não foi gerada só pela mãe, com certeza ela teve um pai , a qual ninguém atribuiu nenhuma responsabilidade.Essa mãe criou até onde eu lir cinco filhos sozinha, acredito que não seja fácil de forma alguma, ainda mais morando em um lugar, onde as crianças que já sofrem com . a necessidade de faltar tudo, acabam se tornando presa fácil para o mundo do crime, onde os traficantes se aproveitam dessas crianças. A mãe coitada precisa trabalhar para trazer alimentos para os demais, e ainda assim é criticada. Vamos reconhecer os fatos, nada justifica tanta crueldade, essa mãe precisava de ajuda e não de criticas, não vamos ser alheios a problemas que não conhecemos e nem vivenciamos , vamos ser solidários. Que Deus continue dando forças a essa mãe, pra que ela possa seguir nessa jornada que está apenas começando, e que os culpados possa realmente pagar pelo o que fez, essa criança, poderia está seguindo um caminho errado , mas ela merecia uma segunda chance, era apenas uma criança…
Fernanda Oliveira
24/09/19 at 17:21
Apaguem a última foto dele. Ele é mais um menino negro, infelizmente morto por um Estado que não protege e extermina suas crianças por serem negras e pobres… e ele não merece ser exposto assim, lembrado a partir dessa foto. A reportagem é importante e a situação é lamentável, não vamos contribuir para a dor daqueles que dormem e acordam todos os dias diante de uma perda como essa.
Laura Capriglione
24/09/19 at 23:08
Fernanda,
A foto foi cedida aos Jornalistas Livres pela mãe de Miguel, senhora Andréia. Ela quer expor a injustiça sofrida por seu filho. Achamos que ela e seu sofrimento são a medida editorial mais justa e não a opinião de quem quer que seja. Abraço!
Dias
24/09/19 at 18:11
A justiça tem que ser feita, mais eu sinto que a impunidade no nosso país e grande e principalmente pra policiais que se acham acima da lei e cometem barbaridades como essa isso tem que mudar e esses bandidos tem que pagar pelos seus crimes com muito muito rigor.
Fernando kwiecinski
24/09/19 at 18:34
Esse bandido de farda não pode ficar impune. que a justiça seja feita. meus sentimentos aos familiares do menino
Ricardo
24/09/19 at 20:48
Infelizmente mais um ser humano morre prematuramente. Também concordo com o comentário de que ele ja esta predeterminado a morte devido ao envolvimento com as drogas. Mas ate ai um policial executar… Isso so mostra que tudo o que deveria ser feito la atrás falhou, pois a policia é o ultimo recurso. Mas ate a policia está prostituida, ja vi policiais desmotivados, policiais incrédulos, mas tb polícias honestos e que se colocam a frente para nos proteger. Mas a propria lei protege os criminosos. Uma vez fui fazer um BO por furto de veiculo e tive que aguardar por mais de 2hs o escrivão fazer a papelada de uma apreensão de traficante…. Resumo, o traficante saiu primeiro q o policial e ainda tirou saro! Ja policial ficou na plantao preenchendo os formulario, e para que? O bandido ja estava solto. Infelizmente sofremos com o reflexo de leis absurdas, desatualizadas e manipuladas. E tb achei a história induzindo a acharmos o menino totalmente inocente, mas ok, eh dificil achar jornalismo serio hoje em dia. Mas esperemos que seja apurado, pois uma criança sem arma como aparenta a história jamais deveria ser alvejada, independente do seu histórico o estado eh responsável.
Luciana fonscesa
24/09/19 at 21:09
Revoltante!
Como sempre tem PM que se acham os donos do mundo. Brasil sem lei para policiais corruptos e assassinos.
Piores que bandidos!
Triste realidade.
xxx
24/09/19 at 21:29
triste realidade do povo da periferia
Cecília
24/09/19 at 21:48
Com esse governo que está aí, com esse ministro da justiça, a coisa tende a piorar.
Rafaela Martins da Silva Ra
24/09/19 at 22:53
Covarde queria vê se fosse um filho seu


Thales Henrique
25/09/19 at 10:03
Deus Sabe De Todas As coisas , Miguel não trocou tiro não , tô falando pq eu vi , estava no brinquedo perto de onde tudo aconteceu , escutei até a última palavra dele “perdi senhor perdi ” que a justiça seja feita e não é o primeiro que ele mata falando que foi legítima defesa … Meus sentimentos tia Andréia
MARILENE GOMES ALMEIDA
25/09/19 at 11:13
Este menino não não mereceu morrer como ninguém merece mas tornar ele uma vítima já é demais. Ele precisava ser recuperado mas tornar – ló santo Já é demais. Quanto ao policial se errou deve ser punido sim
Carlos Dantas
25/09/19 at 11:27
Não consigo nem sentir pena do moleque
SILVIO ANTONIO CARDOSO FRANCISCO
25/09/19 at 18:51
Triste, a situação de uma criança chegar a este ponto. De se envolver com tráfico e outros delitos. Mas provavelmente aos 12 ele já sabia mais da vida do que muitos de 30 anos. Execução não é certo. Mas bandido perigoso solto e vivo também não. Um já pagou com a vida e se o outro (policial) for mesmo bandido, que pague também.