Jornalistas Livres

Moro precisa parar de se “borrar” de medo do Lula

Desde o início de abril e quanto mais se aproximava o dia 7 pessoas do Brasil e do mundo levantaram de suas camas sem acreditar que a prisão de Lula estaria completando 1 ano no domingo passado.

Como assim? O cara está preso há um ano por “atos indeterminados”? Como assim? O juiz que o condenou, inventando que se pode condenar sem provas, rompendo os limites da lei e da Constituição, virou ministro de Bolsonaro? Como assim? Os que fizeram delações premiadas contra o Lula, e que não mostraram uma ínfima prova dos atos de que o acusam, estão aí, na boa, curtindo a vida e os milhões amealhados ilicitamente, enquanto o metalúrgico apodrece na solitária? Como assim? Já se provou que o triplex do Guarujá era um muquifo e que nunca foi do Lula, mas prevalece a versão fantástica da mansão que aquele imóvel nunca foi?Os fatos que sucederam e antecederam a prisão são quase inacreditáveis. O Brasil é um país cheio de absurdos dentro da política, mas muito mais fantasmagórico fora dela, no cotidiano da vida, nas ruas, em espaços onde mulheres, negros, indígenas e tantas outras maiorias têm que lutar por Direitos por que, de maneira atroz, são sempre vistos como instrusos.

Vivemos hoje num Brasil da mais pura e descarada discriminação. Ricos, homens e brancos podem tudo, das coisas mais fúteis até as mais ilícitas e corruptas. Já o tal sistema chega e arrasa a terra para matar os pobres, os pretos, as mulheres, os LGBTs. É o Poder em ação. “Aqui manda quem pode, obedece quem tem juízo”, ele parecem dizer isso todo o tempo.

Mas esse Poder fede o mais fétido dos dores porque se constrói sobre o assassinato dos indesejados, dos matáveis, dos descartáveis.

“Lula Livre” é como o próprio Luís Inácio falou: “Na verdade, o que eles temem é a organização do povo que se identifica com nosso projeto de país. Temem ter de reconhecer as arbitrariedades que cometeram para eleger um presidente incapaz e que nos enche de vergonha.”

Moro e toda a sua corja de Dalagnóis são como aqueles mentirosos que mentem tanto que precisam mentir para sempre… Ou a máscara lhes cairá do rosto, revelando os monstros que eles são. É por isso que eles mantêm Lula sequestrado há um ano —-sem crimes, sem provas, por convicção. Sim, isso é um sequestro.

Quando usamos a palavra sequestro para descrever o caso de Lula, não nos referimos ao crime previsto no Código Penal. Falamos aqui do sofrimento e do simbolismo que esse cárcere, que hoje completa 365 dias, impõe ao país.

Moro pratica o sequestro dos sonhos de milhões de brasileiros que só queriam o direito de votar no presidente mais querido de todos os tempos. Todos sabem (Bolsonaro principalmente) que o capitão incompetente só ganhou a eleição porque Lula foi impedido pelo juiz ladrão.

Mas Moro já está derrotado moralmente pela força de mulheres e homens que caminham diariamente defendendo a Democracia, a liberdade do ex-presidente e colocando a nu a roubalheira que foi o seu julgamento.
Neste dia 7 de abril de 2019, estávamos ali na Vigília Lula Livre, em Curitiba. Vimos o sofrimento e a solidariedade de um povo que defende a Democracia porque é plasmado na generosidade, compaixão e amor.

Esses são sentimentos que o sequestrador de sonhos não conhece. Ele é movido a despeito, vaidade, inveja e cobiça, além daquela “forcinha” da CIA. Ele será por isso julgado pela História.

Infelizmente para Moro, a ideia que Lula representa continua firme e altiva. O Brasil precisa parar de passar vergonha. Precisa parar de enaltecer a morte e a violência. Precisa parar de passar o pano para Bolsonaro quando ele defende teses estapafúrdias e imorais, que constrangem até seus parceiros de extrema direita. Precisa voltar a ter esperança e alegria. Precisa retomar o orgulho de ser brasileiro. A prisão do ex-presidente precisa parar de matar de desgosto tanta gente que só quer ser feliz, trabalhar, colocar comida na mesa de seus filhos, ter saúde, educação e o direito a envelhecer com dignidade.

 

Por tudo isso, Lula Livre! E tem que ser pra já!

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