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Goiás

Minhas primeiras impressões sobre o novo Governo de Goiás

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Por Kátia Maria

Desejo sucesso ao empossado, mas é preciso descer do palanque e deixar de ser o legislador que fez oposição uma vida inteira, inclusive aos governos que participou. Caiado agora é o executor e será avaliado por todos, diferentemente da atuação no legislativo. O Governo 2019/2022 começou. Ainda não temos claro as primeiras ações concretas do governo.

Poderia ter começado a devolver Goiás para os goianos, slogan propagado na campanha, mas trouxe uma legião de secretários de fora. Não valorizou a prata da casa. Nosso estado é rico em potencial humano dentro e fora dos partidos. Muita gente competente nas universidades. Temos muitos técnicos apartidários que poderiam ter cumprido a função.

Por uma opção, começa o ano sem orçamento aprovado, o que pode comprometer serviços essenciais ao atendimento da população. Afinal, até a agulha no hospital passa pela questão orçamentária. O Estado não pode ter nenhuma emergência nos próximos dias, pois está inviabilizado até que a LOA-Lei Orçamentária Anual de 2019 seja aprovada e sancionada.

Mais um grande equívoco é fazer a folha de pagamento dos servidores de dezembro um instrumento de luta política. Todos sabiam do déficit das contas do estado. Foi um dos temas mais abordado nos debates. Agora é hora de dar solução. Zé Eliton errou ao não pagar a folha. Mas isso não tira a responsabilidade do Caiado em dar sequência e acertar os salários ainda em Janeiro. Primeiro porque os servidores não podem pagar pelo erro da gestão que sai e que entra. Segundo que o estado tem arrecadações previstas que podem cumprir com a responsabilidade do pagamento da folha, é uma questão de escolha do que quitar primeiro. Terceiro que a alegação de que vai priorizar o pagamento da folha de janeiro é frágil. Essa obrigação vence só em fevereiro. As pessoas comem, bebem, pagam aluguel, etc em Janeiro também. Manter a sequência da folha é o melhor para o estado e para os servidores. Afinal, dizia que os servidores seriam prioridade.

O Governo começou e nós vamos acompanhar!

Kátia Maria foi candidata ao governo de Goiás pelo PT, professora universitária e consultora em planejamento.

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#EleNão

Hilário Ab Reta Awe Predzaw e a história de um povo, historicamente, moído pelo ódio ou indiferença

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Por Diane Valdez, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, militante do Movimento de Meninos(as) de Rua e Comitê de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno

 

 

Hilário Ab Reta Awe Predzaw, 43 anos, morador da Aldeia Xavante N. S. de Guadalupe, em Barra do Garças, Mato Grosso, morreu na madrugada de 18 de junho de 2020, vítima do descaso governamental que permitiu a chegada do Coronavírus em sua comunidade. Era aluno do 5º período do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. Sua tia morreu há pouco mais de uma semana vítima do mesmo descaso, a mãe e seus dois irmãos, seguem contaminado pelo vírus, assim como outros Xavantes e outras pessoas de etnias indígenas de todo o Brasil.

Hilário entrou na UFG, pelo sistema de cota para indígenas, no ano de 2018. Chegou com o já conhecido atraso histórico de acesso dos povos originários no ensino superior, ainda que a UFG seja uma das universidades públicas que tem buscado cumprir com o direito de povos indígenas ao ensino universal, o acesso e a permanência ainda sofrem de fragilidade.

A trajetória de Hilário, na UFG, não se limitou às dificuldades ocasionadas pela pobreza, como muitos de nossas/os alunas/os enfrentam. A academia era um outro mundo, distante de sua comunidade, não só em quilômetros, como também em movimentos culturais, sociais e políticos. Talvez essa distância, o fazia um aluno reservado e observador, sem abrir mão da seriedade e interesse pelo conhecimento.

Era umas das lideranças de seu povo, portanto, sabia da responsabilidade que assumia frente a comunidade, ele seria um professor, um educador de seu chão, de sua gente. Hilário trabalhava em uma escola, com o formato de um Tatu Bola, na sua aldeia, trabalhava na área de serviços gerais, em breve voltaria como Professor!

No primeiro ano de curso, Hilário, na desconfiança de seu silêncio indígena, que não significava submissão, tentava se inserir no mundo acadêmico. Veio um tempo, que largou tudo e voltou para a aldeia, não por opção dele, mas por opção deste desgoverno que é incansável na destruição de direitos dos povos originários.

O Ministério da Educação e Cultura, suspendeu todas as bolsas de permanência para a população indígena e quilombola. Um grupo de alunas e professoras se juntaram, arrecadaram dinheiro e o trouxeram de volta para a Faculdade. Foi feita uma mobilização de docentes e discentes sensibilizados e a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFG, cumprindo seu importante papel, disponibilizou uma bolsa e outros auxílios emergenciais.

Nessa ocasião, quando perguntado sobre o porquê de não falar nada dos problemas para colegas, e voltar para sua comunidade, Hilário disse que achava que ninguém sentiria falta dele.

No segundo ano, trouxe seu curumim para estudar em Goiânia, começou a trabalhar como intérprete na escola, acompanhando seu filho na dificuldade com a lingua. Era visível seu orgulho de exercer a função de intérprete. Lutou e enfrentou as diferenças que separavam as culturas e, como muitos, guerreou como seus ancestrais, para não perder seu lugar de legítima conquista.

No início da Pandemia, que começou junto com o semestre letivo, Hilário resistiu em voltar para sua comunidade, tinha medo das aulas retornarem e ele não estar presente na Faculdade, isso aponta o lugar que a UFG ocupava em sua vida. Quando percebeu que seu povo não estava acreditando na letalidade do vírus, retornou para alertar todos sobre o perigo. A UFG, cumprindo seu papel de instituição pública, providenciou o transporte para seu retorno no Mato Grosso.

Em maio, informou para duas amigas, que sua comunidade precisava de cobertores, pois fazia muito frio, e seu povo estava adoecendo. Elas mobilizaram, imediatamente, uma Vakinha On Line, onde arrecadou-se pouco mais de três mil reais, no entanto, como o total da arrecadação demora para ser liberado, emprestaram dinheiro e compraram os cobertores de forma mais hábil, enviando-os dia seguinte.

Os sintomas que atingia a comunidade, febre, falta de ar etc. já indicavam que era Coronavírus, no entanto, isso não foi motivo de interesse governamental, que poderia ter evitado o alastramento do vírus.

Ao apresentar os sintomas da doença, Hilário mostrou-se resistente em ir para o hospital, tinha dificuldade de aceitar o tratamento “dos brancos”. Acreditava nos rituais de seu povo, no tratamento natural que conhecia há tempos. Por outro lado, a histórica resistência dele, fazia todo sentido, pois sabemos como os povos indígenas são tratados neste país tão indígena que não se reconhece como indígena. Foi convencido a ir para o hospital e, na última conversa com as amigas em chamada por vídeo, estava muito escuro, e a família arrumou uma lanterna para as meninas verem o rosto dele, que disse para elas, em lágrimas, que estava somente suado, quando perguntado se estava com medo, disse que sim, que estava com muito medo…

A ida para o hospital foi acompanhado de longe pelas amigas, falavam sempre com a Assistente Social que afirmava que Hilário estava se recuperando, que receberia alta a qualquer momento. Nessa madrugada, ao pedirem informações sobre o amigo no hospital, alguém disse que alguém havia morrido, mas não sabia o nome. O nome de mais um número morto é Hilário Ab Reta Awe Predzaw, que deixou a mulher, filhos e todo seu povo Xavante.

O acesso dos povos indígenas ao ensino superior é recente, no entanto, é marcado por extrema coragem e resistência, pois o mundo acadêmico não é de todo um espaço acolhedor. Ainda que a dureza prevaleça na universidade, Hilário encontrou solidariedade e amizade na Faculdade de Educação, ainda que não seja uma solidariedade coletiva, foi construído uma rede de apoio, tanto de alunas/os, como também de docentes, isso pode ter aliviado sua dura estrada longe de seu chão.

Hilário não morreu porque “chegou a hora dele”, morreu por não ter o direito de ser mais um indígena, digno de necessários cuidados. Hilário, era um homem parte do “povo indígena”, um povo invisibilizado, injustiçado, espezinhado, humilhado e, odiado por este desgoverno.

Um povo com suas terras ameaçadas e roubadas pelo latifúndio, mortos por pistoleiros do agronegócio, ironizado e menosprezado por representantes deste desgoverno, ignorado por gente nativa que se acha descendente de europeus, machucados por todos que acham que universidade não é lugar de indígenas.

Não sei falar de fé, nem de ‘destino’, nem de coragem para aliviar o cansaço de um tempo incansavelmente dolorido. Ironicamente, para não dizer, funestamente, o tal ministro da educação, que afirmou odiar a expressão “povos indígenas”, ampliando seu descaso com a educação, revogou hoje [H OJ E], (19/06) a portaria assinada pelo ex-ministro de educação, Aluísio Mercadante, que estabelecia a política de cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação. Hilário, estaria fora da pós-graduação, se dependesse deste ser desumano.

Quando lanternas começaram a iluminar caminhos de direitos para esta população, no interior de nossas universidades públicas, ainda que timidamente, um furacão de perversidade em formato de governo, dá pontapés e pisa, moendo, as possibilidades de justiça. Feito bandeirantes, grupos genocidas a frente das decisões da nação, estimulam a morte em todos os formatos. Deixar que o coronavírus atue, sem controle, é a proposta de morte atual para os povos originários.

Como Hilário, temos medo, muito medo, mas agarremos as lanternas, e assumimos nosso lugar na defesa dos povos indígenas, não os condenando a escuridão, como muitos fazem.

Hilário Ab Reta Awe Predzaw presente!

Este texto foi escrito com informações coletadas com as alunas, companheiras de Hilário, da turma do quinto período de Pedagogia da Faculdade de Educação/UFG, Dorany Mendes Rosa e Raysa Carvalho.

A elas e a toda turma, meu carinho e solidariedade.

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Economia

Kátia Maria (PT) cobra de Caiado (DEM) implementação de políticas públicas para combater a pandemia

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O governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), teve um vídeo viralizado ao dar um sermão nos seguidores goianos de Bolsonaro, que seguiram a sugestão do próprio presidente de ir às ruas protestar contra o congresso e o STF no último dia 19 de março, quando começara a valer o decreto de isolamento em Goiás. O governador disse que honraria seu juramento de médico e não permitiria que aquela manifestação ignorante acontecesse, tendo em vista que a saúde pública está a beira de um colapso. Mas a presidenta do Partido dos Trabalhadores de Goiás, Kátia Maria – candidata a governadora do estado pelo partido em 2018 – lembra que repreender a atitude de Bolsonaro sem implantar políticas públicas não levará a lugar nenhum.

A ex-candidata a governadora pelo PT, Kátia Maria exige que o governador aja com firmeza no combate à crise que já matou mais de 44 mil pessoas e com quase um milhão de infectados em todo mundo. Katia diz ser imprescidivel que o  Estado faça políticas públicas no combate a covid-19.

Kátia, que é, professora universitária, enviou uma mensagem ao povo e a Caiado, com propostas de soluções para amenizar os danos econômicos da pandemia do coronavírus em Goiás e garantir condições aos trabalhadores de ficarem em casa e profissionais de saúde de cumprir seus ofícios em segurança, fornecendo o equipamento de proteção individual necessário.

“A pneumologista da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, alerta que quebrar o isolamento social agora pode levar a mortes que poderiam ser evitadas. Nosso sistema de saúde pode colapsar e muitas vidas serão ceifadas. Governador Caiado, seja firme e não ceda às pressões da sua base e do mercado, mantenha o isolamento. Se precisar prolongar depois do dia 04, o faça. Sou dona de uma pequena empresa, que pelo decreto poderia estar aberta. Mas decidimos ficar em casa, porque essa é a medida mais responsável e eficiente no momento”.

Kátia enfatiza que o isolamento social, fundamental para o combate à crise do coronavírus, precisa vir acompanhado de outras medidas urgentes, como por exemplo a revogação da EC 54, que congela os investimentos em saúde em Goiás, além de remanejar recursos de áreas secundárias a fim investir 15% a mais na saúde. A presidenta do PT afirma que essas medidas são indispensáveis para salvar vidas daqui para frente.

A professora explica que reorganizar o orçamento é necessário para certificar condições de trabalho aos profissionais da saúde do estado e dos municípios e dos colaboradores administrativos, estes que apesar de conviverem no ambiente hospitalar, denunciam não receberem  máscaras, óculos e outros equipamentos de proteção individual. 

“É preciso ter kits em quantidade suficiente para testar o coronavírus no início, agir na prevenção, e além do isolamento, indicar o tratamento adequado, poupando vidas e o SUS. A saúde adquiriu 300 mil kits de teste rápido, mas é muito pouco, não atende nem 5% da população goiana”, afirma Kátia.

“Será mais barato e eficiente que manter uma pessoa por 10 dias na UTI e ainda ver aumentar o número de mortos”, avalia.

Apoio aos municípios

Para a liderança do Partido dos Trabalhadores, nesta crise que se acentua diariamente tanto do ponto de vista da saúde pública, quanto financeiro, é fundamental que o governo do estado apoie as prefeituras a estruturar a rede de atenção básica nos municípios, dando condição para o tratamento e a prevenção, principalmente. 

“E mesmo com o hospital de campanha em Goiânia, sabemos que faltará leitos, principalmente se a população seguir a orientação irresponsável do Bolsonaro. Além de mais vagas em Goiânia, é preciso ter um hospital de campanha no Entorno do Distrito Federal urgente, é a segunda maior região do Estado e a população já sofre os impactos da contaminação por Brasília”, lembra a ex-candidata a governadora pelo PT em Goiás.

O programa de transferência de renda do Governo Estadual de Goiás, o Renda Cidadã, também foi outro ponto destacado por Kátia Maria. Ela afirma que ampliar o programa é o caminho para que os trabalhadores possam ficar em casa com dignidade em quarentena. 

A professora ainda alerta que Caiado piora a situação das micro e pequenas empresas ao substituir o programa Crédito Produtivo pelo Créd Fomento. “Aloque os 500 milhões, que você disse destinar às linhas de crédito no programa crédito produtivo, que tem uma alíquota de 0,5% ao mês, ao invés de criar o Créd Fomento, com juro triplicado, como foi feito, de 1,44%”, defende Kátia.

“O programa de renda básica apresentado pelo PT e partidos de oposição no Congresso Nacional já ajuda a melhorar a economia, mas é preciso que o estado crie programas para auxiliar na manutenção dos empregos, pagamento dos salários e no apoio para as micro e pequenas empresas. Conte com o nosso apoio para manter o isolamento social, mas estaremos ao lado da nossa gente para cobrar do governo as medidas para proteger e salvar a vida do povo goiano”, finaliza a líder petista. 

Entrevista

Kátia Maria concedeu uma entrevista ao jornalista Emilio Rodrigues, do Jornalistas Livres, na qual explica detalhadamente a situação do estado de Goiás, onde o atual governador democrata Ronaldo Caiado, decidiu ir contra as medidas irresponsáveis adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro frente ao combate à pandemia do coronavírus. Assista:

 

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Democracia

Professora presa ao defender seus alunos

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Na manhã de ontem (15) a professora Camila Marques foi detida na escola em que leciona, o campus de Águas Lindas do Instituto Federal de Goiás, por gravar um vídeo de seus alunos sendo presos pela polícia.

A professora, que ensina sociologia, afirmou no vídeo abaixo que perguntou aos policiais o que estava acontecendo para que eles prendessem seus alunos: ‘é sigilo, é sigilo.’- Eles responderam, e por isso ela começou a filmar com seu celular.

Os policiais não permitiram que ela continuasse com a gravação, pediram incessantemente que ela parasse, que não filmasse seus rostos. A professora, que também é coordenadora geral do seu sindicato (SINASEFE), disse que como agente público ele deveria permitir que ela o filmasse, mas mesmo assim a resposta foi negativa.

O policial responsável pela ação foi com a professora para trás da escola, e afirmou que ela estava ‘tumultuando, o diretor chamou a gente aqui porque tem uma denúncia de que pode ocorrer um atentado como de Suzano, agora que a senhora estava tumultuando vai ter que ser levada como testemunha, e seu celular vai ser apreendido.’

A professora não achou que havia problema algum até ali, mas mesmo assim ligou para o advogado do sindicato, apenas para acompanhar.  A viatura que chegou para levá-los, no entanto, não estava caracterizada, e ia ligar para o advogado quando foi impedida pelo policial de forma agressiva: ele gritou que ela não ia ligar, pegou o celular dela, apertou a mão dela, a algemaram na frente dos alunos, a colocaram na viatura e a trouxeram para o posto policial.

Ela relatou que no caminho não parou de falar que iria ligar para o seu advogado, e com isso os policiais não pararam de gritar para ela calar a boca, que seria tratada da forma com que merecia.

Mesmo na delegacia não permitiram que ela ligasse para seu advogado, ‘só quando terminar a qualificação.’ Neste momento, abriram a bolsa dela para encontrar os documentos, além de não permitirem que tivesse acesso aos estudantes.

Apesar do término da “qualificação” ainda não foi permitido que ela ligasse para o advogado, ‘cala a boca, você não manda aqui.’ A levaram para o hospital, onde somente então  retiraram a algema. O médico perguntou se ela foi agredida, todavia  os policiais não deixaram que ela conversasse com o médico, falaram que o machucado era da algema, gritaram com ela durante toda a consulta.

O médico havia pedido que fizesse um raio x, mas quando saiu do consultório a algemaram novamente com os dizeres de ‘agora sim você vai ser tratada do jeitinho que merece, agora sim você vai ver.’ Quando voltou à delegacia ainda não conseguiu o acesso ao advogado, apenas depois que o delegado chegou, também agressivo e machista, ‘você procurou por isso, você quis ser presa.’

Até a noite do dia 15 a professora se encontrava no hospital, concluindo os exames que os policiais não permitiram que fizesse. O celular não foi devolvido.  A professora, no vídeo abaixo, denunciou a violência com que os jovens periféricos no Goiás são tratados:

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