Enquanto no ano de 2016 todo, 17 pessoas foram mortas em decorrência de operações policiais realizadas no Complexo da Maré; só nos 5 primeiros meses de 2017 já chega a 13 o número de moradores que perderam suas vidas durante essas operações brutais e ineficazes. Além disso, até o momento as crianças e jovens da Maré ficaram 11 dias sem aula e os moradores já contabilizam 17 dias de postos de saúde fechados, inclusive no dia da campanha de vacinação.
Em reação a essa situação inaceitável moradores, comerciantes, lideranças comunitárias e religiosas, organizações não-governamentais, representantes de órgãos públicos e artistas realizam na quarta-feira, dia 24 de maio, a Marcha Contra a Violência na Maré. O objetivo da marcha é exigir que o governo estadual apresente uma nova estratégia para garantir a segurança pública nesse território tendo em vista que a estratégia atual baseada em operações policiais violentas só tem trazido mortes, ferimentos graves e privação de direitos fundamentais como saúde e educação.
A marcha é organizada pelo Fórum “Basta de Violência! Uma outra Maré é possível” que contesta a falta de transparência, por parte do Governo do Estado, sobre os motivos desta atuação violenta nas favelas do Rio de Janeiro, em uma estratégia que se repete há anos sem resultados efetivos. Para se ter uma ideia, durante os quinze meses em que as Forças Armadas ocuparam o conjunto de favelas da Maré, foram gastos R$ 1,6 milhões por dia (R$ 600 milhões no total). Em contrapartida, entre 2009 e 2015, o investimento da prefeitura em programas sociais na região foi de R$ 303,63 milhões – metade do investimento realizado com a Força de Pacificação em um ano e três meses.
Diversos artistas como Maria Flor, Patrícia Pillar, Bruno Gagliasso, Rico Dalasam, Adriana Varejão, Camila Pitanga e Lázaro Ramos apoiam a marcha e muitos deles gravaram depoimentos que foram publicados na página do Fórum no Facebook.
Programação da Marcha:
SERVIÇO:
Marcha Contra a Violência na Maré
QUANDO: dia 24 de maio, a partir das 13h
ONDE: Concentração na Praça do Parque União e em frente à Associação de Moradores do Conjunto Esperança
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