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Direitos Sociais

Lula Livre: reafirmar o compromisso, multiplicar a resistência

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Munida de uma mochilinha com material de trabalho e 15 Flores pela Democracia e por Lula Livre, saí com destino à Brasília, para participar do Ato político de apoio ao registro da candidatura de Lula. Levar estas flores fazia parte de uma estratégia de divulgação do motivo de minha viagem, desde o taxi que peguei rumo ao aeroporto. Em Congonhas vi pessoas que sorriam em sinal de identidade com a causa, distribuí algumas Flores para funcionários da faxina que solicitaram, reconheci no avião companheiros. Pairava no ar a cumplicidade que nos movia: a luta por Lula Livre e pelo direito dele se candidatar a Presidente da República, a indignação quanto ao julgamento de processo sem provas que o levou à prisão política e às irregularidades jurídicas que vigoram em todo o processo. Mais uma vez, a determinação de lutar e a esperança!

Com o golpe de 2016 que destituiu Dilma Roussef, Presidente legitimamente eleita, a capital e o Governo Federal se transformaram em centro de articulação de poderes, em palco de impunidades, arbitrariedades e hostilidades com objetivos e metas muito claras:

  • destruição de direitos sociais e trabalhistas do povo brasileiro; – corte de investimentos em políticas sociais como educação, saúde, moradia popular, Bolsa Família e outros; – destruição da indústria nacional e da pesquisa científica; – dilapidação de nosso patrimônio e de nossas riquezas  para multinacionais estrangeiras, tudo de acordo com a cartilha do neoliberalismo, imposto pelo capital financeiro internacional.

Brasília que nestes tempos virou terra arrasada, nestes últimos dias estava transformada. Desde 13 de agosto, movimentos sociais foram se chegando de todos os cantos do país.

“Viemos de Marília, interior de São Paulo e passamos por Bauru e por São José do Rio Preto. Nós viemos por Lula Livre porque queremos oportunidade para todos. A viagem foi bem puxada, 15 horas, mas vale a pena. Nós não vamos descansar por Lula Livre e por Lula presidente” (Lurdinha, 63 anos).

“Depois de 2 dias de viagem passando dores e todo tipo de dificuldades, eu sinto que vale a pena, a gente se sente muito feliz pelo Lula… Ele já fez muito por nós e a gente agora precisa fazer por ele”. “Sou advogada e professora de história e eu não precisaria estar aqui neste momento mas. como nós somos um grupo que lutamos contra a fome, contra a desigualdade social, o Lula nos representa como o homem que tirou o Brasil da miséria., que tirou milhões da fome. eu não posso ter comida na minha mesa e o meu vizinho  não ter, por isso eu quero Lula Livre” (Grupo Elas por Elas, do Maranhão).

As proximidades do Estádio Mané Garrincha e do Nilson Nelson, do Eixo Monumental, da Esplanada dos Ministérios, da Câmara Federal e de todo o trajeto para o Tribunal Superior Eleitoral – TSE foram se modificando.

Foto de Celso Maldos

Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz de 83 anos, se somou a este movimento, Leonardo Boff, lideranças políticas comprometidas com a luta e construção de um país mais justo e digno, grupos organizados, MST, jornalistas independentes, movimentos de mulheres e de juventude, intelectuais, artistas, sindicalistas, pessoas individualmente.

Antes mesmo da caminhada para o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, no Distrito Federal, ainda que de maneira um pouco velada, comecei a perceber um deixar de lado o descrédito e um respirar novo clima de esperança: trabalhadores do comércio, jornaleiros, vendedores ambulantes, funcionários públicos.

“O que temos percebido é que tem melhorado a percepção da classe trabalhadora de que Lula é um preso político. Eu tenho um adesivo no carro, antes me agrediam e sinto hoje que as coisas estão melhorando…” (Iolanda Rocha, da periferia de Brasília).

A identidade do vermelho, a quantidade de faixas, bonés e broches, a chegada das caravanas e marchas,

Foto de Adriana Matta de Castro

as mais diferentes iniciativas independentes (Resistência da Cultura, Quarteirão da Saúde, Flores Pela Democracia, Linhas de Bordado, Elas por Elas) e gestos, de forma organizada e pacífica começaram a tomar corpo e voz.

Foto de Ângela Maria Andreolli

Passos firmes e determinados, comunhão de ideais, compromisso de luta por justiça social, dignidade do povo, soberania do país e luta pela liberdade de Lula, não se intimidaram com o grande aparato policial montado para nos desarmar.

Foto de Celso Maldos

Éramos 50.000 junto ao TSE. Muita energia e emoção neste momento histórico: testemunhamos o registro da candidatura do Lula para concorrer à Presidência da República.

As garras do poder e o arbítrio não darão sossego e tentarão massacrar nossos sonhos e nossa liberdade. Tentarão manter nosso povo e nosso país de joelhos.

Nossos atos políticos, nossos gestos, nossa união, determinação e nossa garra e coragem irão fortalecer a resistência, respirar novos ares e liberar o grito calado do povo oprimido, atônito diante de tanto retrocesso.  Juntos nesta caminhada, seremos sujeitos da construção de nossa história. A batalha com grande parte do Judiciário de nosso país, sujeito e articulador do golpe e, com os poderes instituídos em nosso país, será incansável.

Foto de Dora Sugimoto

Sigamos o exemplo das mulheres do Elas por Elas – Maranhão:

“Eu saio aqui cansada porque a gente fez um percurso muito extenso mas com essa multidão, esse povo reunido, a gente sai daqui renovada. Porque a gente vê esse povo todo junto,  a gente sente que são as pessoas mais necessitadas, pobres, do MST, dos movimentos sociais. Foi a primeira viagem de uma extensão muito grande que a gente sai do acampamento Lula Livre em São Luís. foi uma experiência ímpar . A gente veio com o grupo Elas por Elas, trabalhadores,também uma parte da juventude. É um exemplo que eu vou levar para o resto da minha vida. Um evento tão gigante e tão bem organizado, com um só objetivo que é Lula Presidente e o Brasil voltar a ser feliz”.

“O Elas por Elas é um projeto para empoderar as mulheres na política. Como a companheira já falou, o Lula fez muito pela gente e a partir de amanhã seremos mais de milhões de Lula, lutando e fazendo campanha por Lula Livre e é isso aí, conto com vocês nesta campanha bonita também”. “Sou do Maranhão e vou levando muita esperança de ver o povo feliz novamente, com Lula Presidente”. “A gente veio aqui representar o povo de Presidente Médici, a gente acredita que lá o Lula tem 90% de voto nas urnas. O Lula mudou a vida das pessoas, não só da gente. O Lula mudou a vida de muita gente, o povo é apaixonado pelo Lula, eu acredito que muita gente foi afetada pelo Lula, para melhor. Sou vereadora e a gente que trabalha no dia a dia por isso está levando vários registros prá mostrar prá eles e a gente se sente feliz por isso. A gente está aqui representando o povo não só do Maranhão mas do povo brasileiro. O Lula mudou a vida de muita gente, não tem ninguém que não foi afetado por isso e a gente se sente feliz de estar levando isso”.

 

Vamos à luta e ser multiplicadores por um novo momento em nosso país e por Lula Livre!

 

 

Direitos Sociais

ZELADORIA ILEGAL DE BRUNO COVAS “varre” pertences de moradores em situação de rua

Denúncias mostram que a ação foi ilegal, e fere o decreto Nº 59.246 de 2020, que dispõe
sobre os procedimentos e o tratamento à população em situação de rua.

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Mais uma vez, ação truculenta de agentes da prefeitura acontece na Praça Princesa Isabel, centro de São Paulo, e desobedece o DECRETO nº 59.246/2020 que dispões sobre o tratamento à população em situação de rua. Um problema que requer ações de assistência social, de saúde e de humanidade, é substituído por violência e descaso com os mais necessitados. Além do sequestro dos poucos bens dessas pessoas, incluindo documentos, e material doado para que a sua subsistência na condição de rua seja menos caótica.

A Ação ilegal se deu na manhã de, dia 13/10, entre 8 e 9 horas.  Uma grande equipe de limpeza urbana e vários Guardas Civil Metropolitanos estiveram na Praça Princesa Isabel e retiraram das pessoas seus bens, tais como barracas, documentos, roupas, cobertores e ameaçaram as pessoas, conforme os primeiros depoimentos.

Moradora idosa desabafa: “Que prefeito é esse?” … ” Fazendo a gente de cachorro…” 
“A gente não tá aqui por que a gente quer” desabafa moradora
“Essa prefeitura está destruindo nós” declaração da moradora em situação de rua
“Levaram até roupa, até a ração do meu cachorro” moradores desabafam
Recebemos doações e a GCM vem todo dia e tira as barracas da gente, desabafa Bruna moradora
Morador em situação de rua faz denúncia de truculência em ação de zeladoria ilegal, centro de SP.
“Nem pegar as coisas que tem dentro da barraca, roupa de vestir, coberta, eles deixaram” diz morador
“Mais um dia de caos na praça…. chegaram arrebentando” desabafa morador
PLAYLIST COM TODOS OS DEPOIMENTOS
Imagine se a gente tivesse roubando? A gente é gente de bem, procurando a reciclagem fala morador



Os depoimento foram colhidos pela A Craco Resiste, coletivo de ativista que atua na região com projetos de redução de danos, e proteção da população, entre outros.

Uma rotina de truculência ilegal

Segundo o decreto e portaria isto não poderia ser realizado. Conforme obriga o DECRETO Nº 59.246 de 2020 que dispõe sobre os procedimentos e o tratamento à população em situação de rua durante a realização de ações de zeladoria urbana.

A conduta, ainda, é vedada pela mesma normativa:

Art. 10. As equipes de zeladoria urbana deverão respeitar os bens das

>pessoas em situação de rua.

§ 1º É vedada a subtração, inutilização, destruição ou a apreensão dos

seguintes pertences da população em situação de rua:

I – bens pessoais, tais como documentos de qualquer natureza, cartões

bancários, sacolas, medicamentos e receitas médicas, livros, malas,

mochilas, roupas, sapatos, cadeiras de rodas, muletas, panelas, fogareiros,

utensílios de cozinhar e comer, alimentos, colchonetes, travesseiros,

tapetes, carpetes, cobertores, mantas, lençóis, toalhas e barracas

desmontáveis;

II – instrumentos de trabalho, tais como ferramentas, malabares,

instrumentos musicais, carroças e material de reciclagem, desde que dentro da carroça.

Ao ser questionado sobre a irregularidade da ação, funcionário presente ao local, que não se identifica, pede que o repórter procure a assessoria de imprensa da subprefeitura.

Fizemos contato por email, com a da assessoria de imprensa das Sub-Prefeituras do Município de São Paulo, até as 15h30 (horário de publicação deste vídeo no youtube), e fechamento desta matéria, não haviamos recebido resposta sobre o por que da ação ilegal. ABAIXO a nota da Prefeitura enviada às 17h30 do dia de hoje (13.10.2020).

Funcionário não se identifica, e pede que se procure a assessoria de imprensa da subprefeitura

Nota da Secretaria de Segurança Pública da Prefeitura

Boa tarde

Seguem informações

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Sé, esclarece que a ação citada aconteceu em 09/10 e que realiza diariamente operações de zeladoria urbana em áreas aonde vivem pessoas em situação de vulnerabilidade, como a Praça Princesa Isabel. As ações ocorrem em conjunto com as equipes de zeladoria e limpeza, e a Guarda Civil Metropolitana (GCM).

A administração regional cumpre o Decreto Nº 59.246/20, que dispõe sobre os procedimentos e o tratamento dado à população em situação de rua durante as ações de zeladoria urbana na cidade de São Paulo.

É vedada a retirada de pertences pessoais, como documentos, bolsas, mochilas, roupas, muletas e cadeiras de rodas. Podem ser recolhidos objetos que caracterizem estabelecimento permanente em local público, principalmente quando impedirem a livre circulação de pedestres e veículos, tais como camas, sofás, colchões e barracas montadas ou outros bens duráveis que não se caracterizem como de uso pessoal.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana informa que Guarda Civil Metropolitana apoia os agentes da Subprefeitura nas ações de zeladoria urbana e limpeza, bem como os agentes de Saúde e Assistência Social, sempre que solicitada. A GCM está orientada a não retirar nenhum pertence dos moradores de rua.


Enviamos os vídeos com as denúncias dos moradores, como resposta.

Com Informações da A Craco Resiste

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Campinas

A Vila Paula se reconstrói após a tragédia

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Solidariedade, resistência e as doações têm sido fundamentais para reerguer a comunidade

Um incêndio que iniciou na madrugada de segunda-feira (28)  desalojou 24 famílias na Comunidade Vila Paula na região da CDHU do bairro San Martin, em Campinas .  

Segundo informações da Prefeitura de Campinas, entre as pessoas atingidas  estão 36 adultos, 27 crianças,  dois adolescentes e dois idosos. Essas pessoas foram acolhidas na Escola Estadual Maria de Lourdes Bordini e em duas instituições religiosas nas proximidades.

A maioria dos moradores deixou suas casas só com a roupa do corpo. Todos os seus pertences  foram destruídos pelo fogo.

Na terça-feira, a reconstrução dos barracos foi iniciada no mesmo local em que as habitações de madeiras foram destruídas pelas chamas.   Paulo César Santos, uma das lideranças da comunidade,  relembra o drama  desastre que consumiu os barracos e as dificuldades  das famílias.


“ Foi uma tragédia muito grande na nossa vila. Foi duro para construir,  foi duro para assentar as famílias . Foi difícil  construir os barracos de madeira, estamos aqui faz um bom tempo.  No início era só lona e o incêndio devorador acabou com tudo.”

Paulo Cesar é uma das lideranças da Comunidade Vila Paula e trabalha na reconstrução da vila

A comunidade existe há cerca de cinco anos e abriga aproximadamente 176 famílias que moram no local e outras 70 suplentes, que não moram ali. No total, segundo Paulo, são ao menos 700 pessoas, entre crianças, idosos e adultos.

Elas perderam tudo

As 24 famílias perderam tudo e ficaram apenas com a roupa do corpo.

Lourrane , mãe de Abdias e grávida de sete meses conta que ficou muita assustada. A vizinha tentou  alertá-la  sobre o incêndio mas o fogo estava intenso.

“ Foi desesperador. Eu tenho um sono pesado e não ouvi as batidas em minha porta. Quando eu  me atentei  e abri a porta, um calor intenso e fumaça invadiram  minha casa. Eu peguei meu filho e  minha bolsa com documentos e saí correndo. Assim que eu saí algo que me pareceu  como um botijão de gás estourou e  a chama do fogo  começou a incendiar o meu barraco. Perdi tudo. Tinha acabado de chegar cesta básica e verduras. Estava tudo abastecido.”

Mãe e filho tem a esperança de reconstruir o barraco

“ É desanimador olhar para tudo aquilo que a gente construiu com tanto sacrifício e ver tudo em cinzas , mas eu também agradeço por estar viva com meu filho e bem.”

Do mesmo modo,  Isadora também relembra com pesar . Casada, mãe de dois filhos  morava  com eles e seu marido no barraco que também foi destruído.

A família de Isadora perdeu tudo e ficou apenas com a roupa que estava no corpo

“ Ficamos só com a roupa do corpo. Tentamos até tirar algo da nossa casa mas não deu certo. Não deu tempo. Salvamos os nossos filhos.”

O casal trabalha  e tiveram que faltar esses dias no trabalho mas pretendem retornar o mais breve possível.

Paulo Cesar segurando uma cavadeira fala de peito aberto esperançoso

“ Estamos começando a fase de reconstrução. A nossa casa está sendo reconstruída. Nosso povo está aí trabalhando para isso.  A prefeitura está com equipes no trabalho de reconstrução. Os barracos serão de madeira. Recebemos muitas doações Campinas se mobilizou e algumas cidades da região também como  Paulínia e Valinhos. Temos que agradecer muito a solidariedade”

As doações vindas de Campinas e algumas cidades da região

A futura mamãe também se sente esperançosa.

“ Sei que posso ter meu bebê e voltar para a casa e terei uma casa”

Ela havia sido presenteada com um berço e uma cômoda para o bebê, os  móveis foram consumidos pelas chamas durante incêndio.

Abdias, um garoto esperto de cinco anos, vivenciou a experiência da tragédia.

Abdias perdeu todas as suas roupas e brinquedos no incêndio.

“ Todos os meus brinquedos  foram queimados. Perdi todos os meus brinquedos e roupas. Quero voltar para a minha casa”.

 A mãe do garoto agradece as pessoas que se solidarizaram  com as famílias da Vila Paula e fizeram doações.

Isadora  diz se sentir aliviada  pelas doações e também pela reconstrução.

“ As doações dão um ânimo da gente. Também já vai começar a reconstruir. Isso  também  já ajuda muito. Porque tudo que passamos  é muito triste”

Crianças brincam entre as madeiras “kits barracos” – como está sendo chamado – providenciados pela Secretaria de Habitação , em um total de 35 , para a construção de moradias de 20 metros quadrados com banheiro

“As doações são importantes para a Comunidade da Vila Paula sobretudo quando os barracos estiverem prontos novamente. Vamos precisar montar morada. Móveis. geladeiras. Comida.” segundo Paulo Cesar

Onde entregar as doações :

1-Comunidade Frei Galvão da Paróquia São Marcos, O Evangelista – Rua Valentino Biff, s/n – em frente ao CDHU San Martin

2- Escola Maria de Lourdes Bondine no CDHU San Martin, entre as quadras R e U.

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Campinas

Famílias da Comunidade Mandela fazem ato em frente à Prefeitura de Campinas

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Comunidade Mandela Luta por Moradia

Em busca de uma solução, mais uma vez, moradores tentam ser atendidos

Os Moradores da Comunidade Mandela  fizeram nesta quinta-feira (17), um ato de protesto em frente à Prefeitura  de Campinas. O motivo da manifestação  é o   impasse  para o  problema da moradia das famílias que se arrasta desde 2016. E mais uma vez,  as famílias sem-teto  estão ameaçadas pela reintegração de posse, de acordo com despacho  do juiz  Cássio Modenesi Barbosa, responsável pelo processo a  sua decisão  só será tomada após a manifestação do proprietário.
Entretanto, o juiz  não considerou as petições as Ministério Público, da Defensoria Pública que solicitam o adiamento de qualquer reintegração de posse por conta da pandemia da Covid-19, e das especificidades do caso concreto.
O prazo  final   para a  saída das famílias de forma espontânea  foi encerrado no dia 31 de agosto, no dia  10 de setembro, dez dias depois de esgotado o a data  limite.

As 104 famílias da Comunidade ” Nelson Mandela II” ocupam uma área de de 5 mil metros quadrados do terreno – que possui 300 mil no total – e fica  localizado na região do Ouro Verde, em Campinas . A Comunidade  Mandela se estabeleceu  nessa área em abril de 2017,  após sofrer  uma violenta reintegração de posse no bairro Capivari.

Negociação entre o proprietário do terreno e a municipalidade

A área de 300 mil metros quadrados é de propriedade de Celso Aparecido Fidélis. A propriedade não cumpre função social e  possui diversas irregularidades com a municipalidade.

 As famílias da Comunidade Mandela já demonstraram interesse em negociar a área, com o proprietário para adquirir em forma de cooperativa popular ou programa habitacional. Fidélis ora manifesta desejo de negociação, ora rejeita qualquer acordo de negócio.

Mas o proprietário  e a municipalidade  – por intermédio da COAB (Cia de Habitação Popular de Campinas) – estão negociando diretamente, sem a participação das famílias da Comunidade Mandela que ficam na incerteza do destino.

As famílias querem ser ouvidas

Durante o ato, uma comissão de moradores  da Ocupação conseguiu ser liberada  pelo contingente de Guardas Municipais que fazia  pressão sobre os manifestantes , em sua grande maioria formada pelas mulheres  da Comunidade com seus filhos e filhas. Uma das características da ocupação é a liderança da Comunidade ser ocupada por mulheres,  são as mães que  lideram a luta por moradia.

A reunião com o presidente da COAB de Campinas  e  Secretário de  Habitação  – Vinícius Riverete foi marcada para o dia 28 de setembro.

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