No último dia 30, a cidade de Osasco contou com o protesto Diretas Já, que reuniu cerca de 5 mil pessoas, segundo os organizadores. O ato centralizado em frente ao Osasco Plaza Shopping, contou com várias bandas, entre elas, Teatro Mágico e Planta e Raíz. Embora esta seja uma das primeiras manifestações de grande porte em Osasco após esses dois anos de crise institucional, o papel da cidade e da Grande São Paulo em si é um fator essencial para barrar as políticas implantadas pelo Governo atual.
O movimento sindical dos metalúrgicos de Osasco foi essencial para a luta contra a Ditadura Militar em 1968, logo após a implantação do AÍ-5 (Ato Institucional 5). A cidade que no início possuía apenas a articulação do movimento estudantil, através da inspiração da greve dos Sindicatos de Minas Gerias tomaram a mesma decisão, após diversas reuniões, a cidade de Osasco parou por meio da greve realizada pelos sindicatos, greve histórica, onde muitos foram presos e torturados.
Mais uma vez, a cidade de Osasco, mostra-se vanguarda em situações de crise. Em meio a tantos golpes sofridos e as reformas realizadas nestes últimos dois anos, Osasco levantou-se para mostrar não só a sua indignação, mas a força da população. 5 mil manifestantes, todos exigindo a mesma coisa: Eleições Gerais e o fim do genocídio negro.
Desde 2015, a Polícia Militar e a GCM vem executando chacinas dentro da cidade, saindo impunes de todos os crimes. No dia 8 de agosto, duas pessoas ficaram mortas e um ferido, no dia 13, saldo de 14 mortos e 6 feridos. Já em abril deste ano, quatro pessoas foram mortas. Porém nada foi feito para a proteção das famílias, pelo contrário, muitas ficaram refugiadas com medo de represálias da PM. A Prefeitura e o Estado que teriam a obrigação de fazer o julgamento do caso calou-se, junto com a grande mídia.
Osasco não se cala. Osasco luta. Luta contra a violência, luta contra os direitos que vem sendo tirados desde a última gestão do ex-prefeito Lapas e dando continuidade à retirada com o prefeito Rogério Lins.