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Evangélicos veem engano em messianismo anti-cristão

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Por Isac Machado, evangélico e professor de Letras e teologia

Eu quero começar o domingo fazendo alguns esclarecimentos sobre umas coisinhas que ando percebendo que não estão ainda muito claras, especialmente, para minhas irmãs e meus irmãos de fé. Eu só quero ajudar mesmo. Vamos lá:

  1. Quando uma pessoa é homossexual e fala uma verdade, essa verdade continua sendo verdade. Da mesma forma, quando uma pessoa hetero e cristã fala, cria, compartilha uma mentira, ela continua sendo mentira.

RESUMO DO TÓPICO 1: Religião e sexualidade não canonizam nem demonizam. Caráter sim.

  1. Glenn Greenwald NÃO é um hacker. Ele é um jornalista conceituadíssimo em diversos países. Como jornalista, ele tem suas fontes. E assim como um padre precisa, a todo custo, proteger os segredos de confessionário, os jornalistas precisam, a todo custo, proteger suas fontes. Se a fonte é um hacker, não é função dele revelá-la, e sim da polícia. Aquela mesma polícia que ainda “não sabe” quem mandou matar Marielle e que preferiu não se aprofundar sobre a morte de Teori e que não conseguiu explicar o dinheiro do esfakeador desempregado de Juiz de Fora.

RESUMO DO TÓPICO: Jornalista e hacker não é a mesma coisa. Muitos “pastores” pouco sabem sobre segredo de “confessionário”, pois costumam utilizá-los como exemplos nos sermões de domingo.

  1. Pessoas cometem erros, inclusive nós, religiosos. Logo, decepcionamos e somos decepcionados. Mas quando religiosos se aliam a alguém que se autodeclara “especialista em matar”; a alguém que deseja, a todo custo, esmagar os já oprimidos, os empobrecidos, para beneficiar banqueiros e os mais ricos empresários, em troca de uma vaga no STF, de não taxação das igrejas, de conluio, de concessão de canais de rádio e tv, esses religiosos já não têm relação com Deus faz tempo.

RESUMO DO TÓPICO: Nem todo aquele que se diz pastor, bispo, apóstolo, semideus tem qualquer nível de aproximação com Deus e servem a Satanás. No domingo fingem adorar a Deus; de segunda a sábado prestam serviço público a Satanás com suas declarações e ações.

RESUMO DO RESUMO DO TÓPICO: Poucos pastores são do bem. Para identificá-los é bem simples. Se ele é Cristocêntrico, é PASTOR do povo de Deus. Se ele é dinheirocêntrico, bolsonarocêntrico, jumentocêntrico, ele tem vínculos diretos com Satanás, a quem representa, inserido entre o povo de Deus.

  1. A bancada evangélica NÃO está do lado da verdade. Confio na “bancada” LGBT. Embora lamente pelo autoexílio de Jean Willys, e embora tenha clareza de que o mesmo fez em um mandato muito mais que Bolsonaro em sete, considero-o um extremista e acho que o parlamento ganhou muito mais com David Miranda, seu substituto. Meu nível de confiança na bancada evangélica é zero. A bancada LGBT que não se declara “bancada LGBT” não está lutando apenas pela causa LGBT, e isso já faria deles e delas bons e boas parlamentares. A bancada evangélica que se declara “bancada evangélica” sequer luta pela causa evangélica. Limitam-se a “lutar” por si mesmos, pelo enriquecimento deles próprios; e para fazer uma cortina de fumaça, fazem uns monumentos à Bíblia por aí e uma marcha para Jesus da qual Jesus jamais participaria.

RESUMO DO TÓPICO: A bancada evangélica é hipócrita, corrupta, extremista, e seus membros, sem exceção que eu conheça, mantêm contato direto com o trono de Satã, a quem servem em tempo integral.

  1. Evangélicos, assim como todos os outros brasileiros, podemos ser de esquerda ou de direita. Não é essa a discussão. O que não podem é trocar Deus por Baalsonaro e adorá-lo descaradamente nos “templos de Deus”. Podem sim criar uma nova religião, e se o fizerem terão meu respeito. A maioria “evangélica”, que já não se identifica com os evangelhos, não deveria mais usar a “marca” do Cristo da cruz. Que se mudem para “bolsonélicos”, seguidores do evangelho segundo ustra; ou para “lucifélicos”, seguidores do evangelho segundo São Tanás, um evangelho mais brando que o de ustra. Mas que assumam o desvínculo com o evangelho de Jesus, que já não vivem faz tempo.

RESUMO DO TÓPICO: A maioria dos evangélicos não têm vínculo com os evangelhos de Jesus, mas também não têm coragem nem caráter para assumirem isso. Os poucos evangélicos que continuam vivendo os evangelhos sempre serão meus irmãos. Muitos deles nem fazem parte de uma igreja evangélica.

RESUMO DO RESUMO DO TÓPICO: Se alguém tem ódio no coração e sangue nos olhos não tem vínculo com Jesus.

Queridas e queridos irmãos, hoje é domingo, dia de orar por mim. Eu tenho corpo fechado, mas preciso renovar esse fechamento todos os dias. Obrigado.

Ato de evangélicos contra Bolsonaro | Foto: Fernando Martins/Ponte Jornalismo

 

Para a matéria original de onde foram reproduzidas as fotos acima, acesse https://ponte.org/o-amor-vai-vencer-o-odio-gritam-frentes-evangelicas-contra-bolsonaro/

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7 Comments

7 Comments

  1. Geraldo de Sá Leite

    16/06/19 at 18:48

    Parabéns, falou tudo que eu penso desse povo que diz acreditar em Deus, mas que o extermínio de pessoas e aprecia torturador!

  2. Geraldo de Sá Leite

    16/06/19 at 18:53

    “Acredita em Deus, más quer o extermínio de pessoas e adora torturador Ustra!

  3. Gardene marques

    16/06/19 at 21:28

    A palavra de Deus, alerta! Meus filhos perecem por falta de conhecimento, e o povo continua a acreditar que o falso profeta é o diabo. Ô povo burro.

  4. jackie goulart

    16/06/19 at 21:42

    Corrigindo: *sobre MORO
    Ato falho! 😀

  5. Nielsen

    16/06/19 at 23:25

    O senhor como professor de teologia esta muito ruim pra passar seu conhecimento pra alguém. A partir do momento que claramente o senhor chama o presidente de BAALsonaro esta tentando influenciar as pessoas que seu modo de se posicionar contra ou a favor (no seu caso contra) do presidente é o correto.

  6. Joao candido

    17/06/19 at 11:09

    Parabéns aos verdadeiros evangélicos!

  7. José Santos

    19/06/19 at 6:52

    Infelizmente fica difícil acreditar. Porque aparentemente qualquer evangélico que não idolatre as armas, o bolsonarismo, a violência contra lgbt, ou seja a favor dos mais pobres e marginalizados ,imediatamente é chamado de “comunista”, “fariseu”, “bandido”, “satanista” etc

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Nota da ABI – Bolsonaro mente na ONU e envergonha o Brasil

No seu discurso na manhã desta terça-feira na Assembléia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro contribuiu para que o Brasil caminhe para se tornar um pária internacional.

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No seu discurso na manhã desta terça-feira na Assembléia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro contribuiu para que o Brasil caminhe para se tornar um pária internacional.
Sem qualquer compromisso com a verdade, o presidente afirmou que seu governo pagou um auxílio emergencial no valor de mil dólares para 65 milhões de brasileiros carentes, durante a pandemia. O auxílio foi de 600 reais.
Bolsonaro mentiu
O presidente responsabilizou, ainda, índios e caboclos pelos incêndios na Amazônia e no Pantanal, que alcançam níveis nunca antes vistos no País. Todas as investigações, inclusive de órgãos oficiais, indicam que fazendeiros estão na origem das queimadas.
Como se vê, de novo Bolsonaro mentiu.
O presidente transferiu a responsabilidade para governadores e prefeitos pelos quase 140 mil mortos vítimas do coronavírus. Todo o país é testemunha de sua leviandade, ao classificar a pandemia de “gripezinha” e ir na contramão dos procedimentos defendidos pelas autoridades de Saúde.
Assim, mais uma vez Bolsonaro mentiu.
A ABI, com a autoridade de seus 112 anos de existência em defesa da democracia, dos direitos humanos e da soberania nacional, repudia esse comportamento que vem se tornando recorrente e conclama o povo brasileiro a não aceitar o verdadeiro retrocesso civilizatório que o governo está impondo ao País.
Paulo Jeronimo – Presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

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Sem papas na língua. Juliano Medeiros no Dialogando de hoje

Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? Tudo isso e um pouco mais, sem papas na língua, como diz o Pastor Fábio. Vem!

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Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? No Programa Dialogando desse domingo (26/07), 18h, o Pastor Fábio recebe Juliano Medeiros, presidente do PSOL para um papo sobre eleições e aprendizados da pandemia que passa por uma das fases mais críticas do momento, onde prefeituras e governos de vários Estados do país programam reabertura de mais uma parcela considerável de setores, enquanto isso, a mídia normaliza as curvas ascendentes do número de infectados pelo Coronavírus.

Outra pergunta que precisa ser respondida é qual é o sentido das eleições serem realizadas ainda neste ano? Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? Tudo isso e um pouco mais, sem papas na língua, como diz o Pastor Fábio. Vem!

Assista, compartilhe. comente e mande perguntas no Facebook.

Juliano Medeiros é um jovem dirigente político da esquerda brasileira e desde janeiro de 2018 ocupa a presidência do Partido Socialismo e Liberdade. Historiador e Mestre em História pela Universidade de Brasília, é Doutor em Ciências Políticas pela mesma instituição.

Co-autor e organizador de Um Mundo a Ganhar e Outros Ensaios (Multifoco, 2013), Um Partido Necessário – 10 anos do PSOL (Fundação Lauro Campos, 2015) e Cinco Mil Dias: o Brasil na era do lulismo (Boitempo, 2017), colabora com sites, jornais e revistas no Brasil e exterior.[2]

Em 2018 coordenou a campanha de Guilherme Boulos à Presidência da República pelo PSOL[3] e, no segundo turno, após decisão do partido, passou a integrar a coordenação da campanha de Fernando Haddad[4]. Desde a vitória de Jair Bolsonaro, participa do Fórum dos Presidentes de Partidos de Oposição[5].

Durante mais de uma década Juliano Medeiros foi dirigente da corrente interna Ação Popular Socialista – Corrente Comunista do PSOL. Em Junho de 2019, a APS-CC se fundiu com o Coletivo Rosa Zumbi e mais oito coletivos regionais para fundar a Primavera Socialista, atualmente maior tendência do PSOL, da qual Juliano também é dirigente.[6]

Fábio Bezerril Cardoso é Pastor, cientista social, ativista social e Cofundador & Coordenador da Escola Comum e atualmente apresenta o Programa Dialogando, todos os domingos, às 18h. É um dos pastores progressistas que têm lutado pela defesa dos povos periféricos e costuma não ter papas na língua para falar sobre a realidade desses lugares. A produção é de Katia Passos, com arte de Sato do Brasil.

Conheça mais sobre a atuação do Pastor Fábio https://www.facebook.com/fabio.bezerrilhttps://www.facebook.com/fabio.bezerril

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Hilário Ab Reta Awe Predzaw e a história de um povo, historicamente, moído pelo ódio ou indiferença

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Por Diane Valdez, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, militante do Movimento de Meninos(as) de Rua e Comitê de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno

 

 

Hilário Ab Reta Awe Predzaw, 43 anos, morador da Aldeia Xavante N. S. de Guadalupe, em Barra do Garças, Mato Grosso, morreu na madrugada de 18 de junho de 2020, vítima do descaso governamental que permitiu a chegada do Coronavírus em sua comunidade. Era aluno do 5º período do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. Sua tia morreu há pouco mais de uma semana vítima do mesmo descaso, a mãe e seus dois irmãos, seguem contaminado pelo vírus, assim como outros Xavantes e outras pessoas de etnias indígenas de todo o Brasil.

Hilário entrou na UFG, pelo sistema de cota para indígenas, no ano de 2018. Chegou com o já conhecido atraso histórico de acesso dos povos originários no ensino superior, ainda que a UFG seja uma das universidades públicas que tem buscado cumprir com o direito de povos indígenas ao ensino universal, o acesso e a permanência ainda sofrem de fragilidade.

A trajetória de Hilário, na UFG, não se limitou às dificuldades ocasionadas pela pobreza, como muitos de nossas/os alunas/os enfrentam. A academia era um outro mundo, distante de sua comunidade, não só em quilômetros, como também em movimentos culturais, sociais e políticos. Talvez essa distância, o fazia um aluno reservado e observador, sem abrir mão da seriedade e interesse pelo conhecimento.

Era umas das lideranças de seu povo, portanto, sabia da responsabilidade que assumia frente a comunidade, ele seria um professor, um educador de seu chão, de sua gente. Hilário trabalhava em uma escola, com o formato de um Tatu Bola, na sua aldeia, trabalhava na área de serviços gerais, em breve voltaria como Professor!

No primeiro ano de curso, Hilário, na desconfiança de seu silêncio indígena, que não significava submissão, tentava se inserir no mundo acadêmico. Veio um tempo, que largou tudo e voltou para a aldeia, não por opção dele, mas por opção deste desgoverno que é incansável na destruição de direitos dos povos originários.

O Ministério da Educação e Cultura, suspendeu todas as bolsas de permanência para a população indígena e quilombola. Um grupo de alunas e professoras se juntaram, arrecadaram dinheiro e o trouxeram de volta para a Faculdade. Foi feita uma mobilização de docentes e discentes sensibilizados e a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFG, cumprindo seu importante papel, disponibilizou uma bolsa e outros auxílios emergenciais.

Nessa ocasião, quando perguntado sobre o porquê de não falar nada dos problemas para colegas, e voltar para sua comunidade, Hilário disse que achava que ninguém sentiria falta dele.

No segundo ano, trouxe seu curumim para estudar em Goiânia, começou a trabalhar como intérprete na escola, acompanhando seu filho na dificuldade com a lingua. Era visível seu orgulho de exercer a função de intérprete. Lutou e enfrentou as diferenças que separavam as culturas e, como muitos, guerreou como seus ancestrais, para não perder seu lugar de legítima conquista.

No início da Pandemia, que começou junto com o semestre letivo, Hilário resistiu em voltar para sua comunidade, tinha medo das aulas retornarem e ele não estar presente na Faculdade, isso aponta o lugar que a UFG ocupava em sua vida. Quando percebeu que seu povo não estava acreditando na letalidade do vírus, retornou para alertar todos sobre o perigo. A UFG, cumprindo seu papel de instituição pública, providenciou o transporte para seu retorno no Mato Grosso.

Em maio, informou para duas amigas, que sua comunidade precisava de cobertores, pois fazia muito frio, e seu povo estava adoecendo. Elas mobilizaram, imediatamente, uma Vakinha On Line, onde arrecadou-se pouco mais de três mil reais, no entanto, como o total da arrecadação demora para ser liberado, emprestaram dinheiro e compraram os cobertores de forma mais hábil, enviando-os dia seguinte.

Os sintomas que atingia a comunidade, febre, falta de ar etc. já indicavam que era Coronavírus, no entanto, isso não foi motivo de interesse governamental, que poderia ter evitado o alastramento do vírus.

Ao apresentar os sintomas da doença, Hilário mostrou-se resistente em ir para o hospital, tinha dificuldade de aceitar o tratamento “dos brancos”. Acreditava nos rituais de seu povo, no tratamento natural que conhecia há tempos. Por outro lado, a histórica resistência dele, fazia todo sentido, pois sabemos como os povos indígenas são tratados neste país tão indígena que não se reconhece como indígena. Foi convencido a ir para o hospital e, na última conversa com as amigas em chamada por vídeo, estava muito escuro, e a família arrumou uma lanterna para as meninas verem o rosto dele, que disse para elas, em lágrimas, que estava somente suado, quando perguntado se estava com medo, disse que sim, que estava com muito medo…

A ida para o hospital foi acompanhado de longe pelas amigas, falavam sempre com a Assistente Social que afirmava que Hilário estava se recuperando, que receberia alta a qualquer momento. Nessa madrugada, ao pedirem informações sobre o amigo no hospital, alguém disse que alguém havia morrido, mas não sabia o nome. O nome de mais um número morto é Hilário Ab Reta Awe Predzaw, que deixou a mulher, filhos e todo seu povo Xavante.

O acesso dos povos indígenas ao ensino superior é recente, no entanto, é marcado por extrema coragem e resistência, pois o mundo acadêmico não é de todo um espaço acolhedor. Ainda que a dureza prevaleça na universidade, Hilário encontrou solidariedade e amizade na Faculdade de Educação, ainda que não seja uma solidariedade coletiva, foi construído uma rede de apoio, tanto de alunas/os, como também de docentes, isso pode ter aliviado sua dura estrada longe de seu chão.

Hilário não morreu porque “chegou a hora dele”, morreu por não ter o direito de ser mais um indígena, digno de necessários cuidados. Hilário, era um homem parte do “povo indígena”, um povo invisibilizado, injustiçado, espezinhado, humilhado e, odiado por este desgoverno.

Um povo com suas terras ameaçadas e roubadas pelo latifúndio, mortos por pistoleiros do agronegócio, ironizado e menosprezado por representantes deste desgoverno, ignorado por gente nativa que se acha descendente de europeus, machucados por todos que acham que universidade não é lugar de indígenas.

Não sei falar de fé, nem de ‘destino’, nem de coragem para aliviar o cansaço de um tempo incansavelmente dolorido. Ironicamente, para não dizer, funestamente, o tal ministro da educação, que afirmou odiar a expressão “povos indígenas”, ampliando seu descaso com a educação, revogou hoje [H OJ E], (19/06) a portaria assinada pelo ex-ministro de educação, Aluísio Mercadante, que estabelecia a política de cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação. Hilário, estaria fora da pós-graduação, se dependesse deste ser desumano.

Quando lanternas começaram a iluminar caminhos de direitos para esta população, no interior de nossas universidades públicas, ainda que timidamente, um furacão de perversidade em formato de governo, dá pontapés e pisa, moendo, as possibilidades de justiça. Feito bandeirantes, grupos genocidas a frente das decisões da nação, estimulam a morte em todos os formatos. Deixar que o coronavírus atue, sem controle, é a proposta de morte atual para os povos originários.

Como Hilário, temos medo, muito medo, mas agarremos as lanternas, e assumimos nosso lugar na defesa dos povos indígenas, não os condenando a escuridão, como muitos fazem.

Hilário Ab Reta Awe Predzaw presente!

Este texto foi escrito com informações coletadas com as alunas, companheiras de Hilário, da turma do quinto período de Pedagogia da Faculdade de Educação/UFG, Dorany Mendes Rosa e Raysa Carvalho.

A elas e a toda turma, meu carinho e solidariedade.

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