Da Alemanha, Matheus Gotto, para os Jornalistas Livres.
Neste ano, uma das maiores preocupações na Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP23) são as ilhas insulares. A Conferência está sendo presidida pelas ilhas Fiji, que é gravemente afetada pelo aumento no nível dos oceanos.
Elas são as primeiras a sentirem o efeito do aquecimento global com a perda de terra, para o mar e para a ação inconsequente de países grandes, o que gera diversos fenômenos prejudiciais à população, como a perda total de plantações, desmatamentos, extinção de biomas e deterioração da fauna e flora. Hoje, 332 ilhas estão ameaçadas pela elevação das águas.
Embora, Fenômenos naturais sejam agravados pela ação humana e pelo aquecimento global, as ilhas Fiji sofreram nos últimos anos com ciclones, como o Winston, o maior já registrado no hemisfério sul, que deixou 20 mortos, além de terremotos, que já alcançaram 7.2 graus na escala Ritcher.
Em depoimento, a fijiana Tokase Igatolo Laku explica que consegue o sustento para pagar a educação dos filhos através da “TAPA”, artesanato feito inteiramente com casca de árvores. Mas tudo está prester a acabar.
Então a COP tem como objetivo chamar a atenção do mundo para as regiões insulares, as mais vulneráveis e primeiras a sofrer as consequências do aquecimento global. Se a temperatura continuar a subir nas proporções atuais, as ilhas podem desaparecer até o final do século.
É importante refletir sobre o assunto quando não se tem a percepção que o que fazemos pode ter um impacto muito maior do outro lado do globo.
Na COP, entre vários pavilhões, o de Fiji destaca-se por trazer uma programação cultural completa do país, com danças, música e artesanato.
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